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“Mental – A Escola Queniana” é um documentário sobre a paixão e dedicação pelo desporto, por parte dos quenianos, e que teve honras de subir ao écran do Cineteatro Turim no contexto do Lisbon Sport Film Festival, que está a decorrer na cidade capital do país.
Nesta sexta-feira, o filme historiou uma jornada de quadro corredores (fundistas) brasileiros que se deslocaram para a cidade “satélite” – base dos melhores fundistas mundiais de sempre – em Iten, numa altitude acima dos dois mil metros, tornando-se num local “mais que perfeito” para atrair mais e mais atletas interessados em chegar aos primeiros patamares universais do atletismo.
Mais do que retratar uma experiência, o filme investigou os contextos sociais e culturais que ajudaram a transformar esse pequeno vilarejo rural na meca de um dos desportos mais competitivos do planeta.
Um lugar que deixou marcas profundas naqueles que chegam para correr nas estradas de terra vermelha (até parece em Angola, que também tem para mostrar a quem chega de novo precisamente a terra vermelha que cobre o chão), no que são lições de vida que vão muito além da corrida.
O técnico brasileiro que primeiro se deslocou a esta cidade viu as qualidades globais do local e incentivou uma pequena representação brasileira para lá se deslocar, para “ver para crer” – como São Tomé – de tal forma “contagiante” que o número de atletas brasileiros foi aumentando.
O técnico local (queniano), num dos dias de treino, referiu que o “primeiro treino a cumprir terá uma distância de 28 km”, tendo toda a gente ficado pasmada! Mas o técnico adiantou que em “ritmo de caminhada”.
Ao mesmo tempo, as imagens mostraram também a pista de atletismo para a comunidade, sempre aberta, para que cada um trabalhasse da melhor forma, até porque o atletismo é uma modalidade de cariz individual, pelo que só o esforço de cada um pode proporcionar as medalhas que os atletas conquistam.
Uma pequena amostra – das muitas que tem sido presenciada neste tipo de fóruns – para que a história recorde como se fazem “campeões de campeões”!
Outro filme, intitulado “Todas as Ondas”, originário de Portugal, retratou uma história de uma família em que o “ator” principal é Bernardo, de 18 anos de idade, que foi fazer surf – o que era o sonho principal da sua vida – e chegou atrasado ao turno de trabalho, no restaurante da família.
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O pai (50 anos), repreendeu-o por desrespeitar o legado da mãe (que tinha falecido), porque devia ajudar o pai a manter o estabelecimento em funcionamento e, com isso, garantir o sustento não só da família como também, em especial, da funcionária temporária que, por falta de receita, seria despedida.
Entre a sua dor e o amor ao surf, Bernardo teve de decidir o que fazer!
Neste sábado, último dia do Festival – com entrega de prémios no final – lugar ainda a mais dois filmes, que se apresentam:
PAQUITO
Realização: Maria Joana Figueiredo
Categoria: Mostra Desporto e Sociedade
Tipo: Documentário
Duração: 32 min
País: Portugal
Ano: 2021
Sinopse: Paquito foi o nome que deram a João Miguel, quando este começou a jogar boxe por paródia. Nunca foi vaidoso, mas agora olhando para trás, recorda-nos como as bancadas estavam cheias numa altura em que se dizia que só treinava boxe pessoal das barracas.
Tudo começou em Cacilhas, chegou a ser treinado pelo famoso Belarmino. Mas foi no Sporting Clube de Portugal que Paquito cresceu no boxer amador. Em 250 combates, Paquito teve 245 vitórias e foi o primeiro boxer português a representar Portugal nos atribulados jogos olímpicos de Moscovo em 1980.
GIGANTES
Realização: Daniel Marenco
Categoria: CineFoot Portugal
Tipo: Documentário
Tempo: 51 min
País: Brasil
Ano: 2024
Sinopse: A enchente histórica que abalou o Rio Grande do Sul, em maio de 2024, causou também destruição nas instalações do sport club internacional. O documentário GIGANTES traz o relato da reconstrução do estádio.
A sessão de entrega de prémios tem lugar a partir das 20,30 horas, terminando o Lisbon Sport Film Festival’2025 com a apresentação de um filme fora do concurso:
INVISIBLE SUMMIT
(Legendas em Inglês)
Realização: Fan Lixin
Categoria: Desporto e Sociedade
Tipo: Documentário
Duração: 99 min
País: China
Sinopse: Zhang Hong é o primeiro cego da Ásia e o terceiro do mundo a escalar o Monte Qomolangma. Desde a sua determinação em chegar ao cume até às pressões com que se deparou durante o processo de preparação, devido à sua relação familiar, ao dilema económico e à opinião pública externa, enfrentou os desafios duplos do ambiente e das suas próprias condições, tendo finalmente conseguido chegar ao cume.
O Lisbon Sport Film Festival 2025 (7ª edição, a que se juntam mais duas, realizadas nos Açores) foi possível com a colaboração da Junta de Freguesia de Marvila, com a cedência do Cineteatro Turim, bem como o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e Fundação do Desporto.
