Sábado 04 de Maio de 2024

Sharapova apanhada nas malhas do doping

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A tenista russa Maria Sharapova, de acordo com a informação veiculada pela Federação Internacional de Ténis, teve um controlo antidopagem positivo para “Meldonium”/”Mildronate”, o que pode levar a uma suspensão de dois anos, dado que a atleta já confirmou o seu uso.

Segundo Sharapova “desde 2006 que tomo este medicamento, que não era proibido, e como não verifiquei a sua introdução na lista de 2016 fiquei admirada e triste pelo que aconteceu.”

De acordo com a lista de substâncias proibidas em vigor neste ano, a referida substância está qualificada como um “agente anabolizante”, descrita no grupo das “Hormonas e moduladores metabólicos”, de acordo com a lista publicada em Portugal pela ADoP.

A descoberta desta nova substância foi feita através de um estudo realizado do centro antidopagem da Colômbia, que detectou em centenas de exames de urina uma molécula desconhecida, o ‘Meldonium’, tendo os pesquisadores colombianos descrito, em Agosto do ano passado, que “o uso do medicamento Mildronate demonstrou um incremento na resistência dos atletas, ajuda na recuperação após exercícios, protege contra o stress e melhora a activação do sistema nervoso central”.

Após a publicação deste estudo, a Agência Mundial Antidopagem (WADA) incluiu o medicamento na lista de proibições para todos os desportos e que passaria a vigorar a partir de 1 de Janeiro de 2016.

Salientando-se o importante papel, na luta contra a dopagem, que a Agência Mundial Antidopagem tem vindo a desempenhar nos últimos tempos, é de relevar que, em apenas quatro meses – face aos resultados do estudo – deliberou de imediato colocar a substância na lista das proibidas, o que terá apanhado de surpresa Sharapova, aguardando-se com expectativa quanto ao surgimento de novos casos.

Mais um “rombo” no desporto russo face a esta situação, sendo desejável a abertura de um processo de inquérito para se ir até aos últimos pormenores, especialmente a falta de informação à atleta da mudança da “não proibida para proibida” e outras situações que, porventura, teriam sido identificadas há mais anos quanto ao benefício (desportivo) para os desportistas deste medicamento.

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