Quinta-feira 28 de Março de 2024

Empate aumenta ansiedade semana a semana!

BenficaPorto_H0P8500O empate entre os dois principais candidatos ao título de campeão faz aumentar a ansiedade ou a angústia para as sete jornadas que ainda faltam para terminar o campeonato.Na verdade, Benfica e Porto não conseguiram os seus intentos – ganhar – não que não houvesse oportunidades para isso (também não muitas) mas porque a sorte não sorriu tanto aos benfiquistas em ocasiões importantes.

Mas, no outro lado, a sorte acabou por surgir também mais por desconcentração da defesa benfiquista na altura do golo portista, que foi obtido após o terceiro ou quarto remate que a defesa de Rui Vitória rechaçou até que … a bola entrou.

Numa grande defesa (59’) aos pés de Soares (de onde Ederson tirou a bola de forma limpa), refira-se que o atacante tinha sofrido falta, que não foi marcada na perspectiva de Soares ficar isolado, o que não se verificou.

Como lhe competia, o Benfica entrou de rompante e nos primeiros minutos concentrou-se no meio campo portista, se bem que sem poder de remate, porque não foi permitido pela defesa portista.

Mas um rasgo de Jonas levou-o a isolar-se, entrar na área e ser tocado por Felipe que, atrasado e sem poder, provocou a queda do atacante benfiquista, que levou Carlos Xistra a assinalar a grande penalidade sem dúvida nenhuma.

BenficaPorto_H0P8167Chamado a marcar, Jonas fê-lo da pior maneira (remate à figura) mas que Casillas não previu e mandou-se para o lado direito, passando a bola pelo meio da baliza. Com cinco minutos de jogo o Benfica ganhou vantagem quer no marcador quer através ada forma pressionante que estava a fazer.

No entanto, pressionar não é conquistar vantagens – apesar de alguns erros cometidos pela linha média portista – e a verdade é que, cerca dos vinte minutos, o começou a recuperar o terreno perdido e a chegar perto da baliza de Ederson, tornando o jogo mais equilibrado, culminando com um remate de Óliver ao lado do poste.

Mitroglou esteve perto ede marcar (29’) quando, à meia volta, depois de uma triangulação onde também entraram Pizzi e Rafa, rematou mas à figura de Casillas, seguindo-se (32’) um momento de perigo para a baliza benfiquista, quando Corona lança André André e este centrou rasteiro para a pequena área, onde Ederson deixou passar a bola à sua frente, não estando, por sorte, nenhum ponta de lança portista no local.

O Porto estava na mó de cima e Brahimi (35’ e 38’) criou perigo, primeiro ao rematar para fora mas, depois, na marcação de um livre, obrigar Ederson a um voo, qual águia, para desviar a bola para canto.

Luisão (40’) teve o golo na cabeça, no seguimento da marcação de um livre por Pizzi, mas a bola saiu a rasar o poste, situação que voltou a verificar-se (44’) depois de Mitroglou cabecear para fora no seguimento de um livre batido por Sálvio.

No segundo tempo, o Porto entrou a “matar” e cinco minutos depois chegou ao empate.

No primeiro ataque, levou a bola até à grande área benfiquista e depois de vários remates que foram rechaçados pela defesa da equipa BenficaPorto_H0P8719de Rui Vitória – defendidos inclusivamente poe Ederson, a verdade é que, do nada, surgiu um Máxi Pereira a rematar pela certa, situação que foi criada por um alivio defeituoso de Lindelof.

Coisas do futebol.

Com o empate, a táctica de cada equipa teve de adaptar-se às circunstâncias, em que o Benfica “sentiu” o impacte do golo, enquanto o Porto tentou aproveitar uma previsível quebra anímica para poder inverter o marcador.

E foram os portistas que (59’) estiveram mais perto do golo, com Soares a surgir isolado na área benfiquista, mas que não foi lesto a despachar a bola para a baliza, depois das falhas de Luisão e Lindelof, que o podia feito antes de Ederson lhe roubar a bola dos pés.

Na resposta, Jonas marcou (61’) um livre com a bola a seguir em arco e obrigar Casillas a uma estirada de bom estilo a mandar a bola para canto, repetindo a situação (65’), desta vez a cabecear a bola a rasar o poste e com Brahimi (o melhor em campo) a rematar forte (67’) para Ederson defender mas deixar cair a bola e voltar a agarrá-la.

Foi ainda o Benfica ter oportunidade para marcar (72’) com Mitroglou a ver a bola a ser afastada por Casillas, enquanto Jonas (73’) viu Felipe salvar o golo, desviando o remate para canto, de que resultou um remate de Pizzi à figura de Casillas, num período de grande intensidade de jogo.

BenficaPorto_H0P9342Depois de se saber que estiveram na Luz 64.036 espectadores – a maior enchente da presente época e uma das melhores de sempre – o último quarto de hora não teve grandes oportunidades porque, como soe dizer-se, o importante era não perder pontos.

Num jogo globalmente equilibrado (51/49% ou 54/46%) conforme o ponto de vista, o Benfica acabou por não conseguir fugir ao Porto que, desta forma, continua com via aberta para, em sete jogos que faltam, tentar chegar ao título. Muita água vai correr debaixo das pontes até ao lavar dos cestos.

Com Ibrahimi a ser considerar o melhor em campo, realce-se que os restantes jogadores estiveram a um bom nível, incluindo os substitutos, pese embora tenham jogado muito menos. Rui Vitória ter-se-á esquecido da terceira substituição, que não fez.

Carlos Xistra (Castelo Branco), embora sem criar grandes polémicas – o que foi positivo – afinou-se por dualidade de critério na marcação de algumas faltas, na falha de marcação de outras, sem que a exibição tenha tido influência no resultado, critério onde também se envolveram os dois assistentes, com uma ou outra falha.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nelson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Rafa (Carrillo, 86’) Sálvio (Cervi, 70’), Pizzi e Samaris; Mitroglou e Jonas.

F. C. Porto – Casillas; Maxi Pereira, Marcano, Felipe e Alex Telles; André André, Danilo (André Silva, 71’) e Brahimi (Otávio, 86’); Corona (Diogo J, 66’), Oliver e Soares.

Disciplina: Amarelo para Felipe (5’), André André (55’), Marcano (71’, que não joga no próximo jogo), Alex Telles (75’) e Maxi (86’).

Artur Madeira

 

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