Quinta-feira 25 de Abril de 2024

Benfica mantêm-se em “alerta amarelo” apesar de vencer

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Fernando Correia / CN

Entrando para “despachar” com rapidez o Vitória de Guimarães, o Benfica imprimiu um ritmo de tal ordem que os vimaranenses se sentiram algo “atarantados”, pese embora tentassem imitar a estratégia de Rui Vitória, esquecendo-se que a diferença de “estatuto” ainda tem algum peso, pese embora dentro das quatro linhas tudo possa acontecer.

No seguimento de um canto (5’) em que Cervi centrou para a zona mais perto do poste da baliza dos visitantes, onde surgiu, rápido, um Gedson que não teve “cabeça” para dirigir a bola para a baliza, que poderia levar selo de golo.

Reagiu o Vitória e Tallo isolou-se pela direita, centrou para a área, Teixeira (?) cabeceou para o guardião benfiquista defender em voo, passando o perigo.

De imediato (9’), o Benfica chegou ao 1-0, com um golo apontado por Pizzi, num contra-ataque rápido, onde Rúben Dias subiu pela direita (com os defesas a deslocarem-se devagar), remeteu para Gedson e este abriu para Pizzi, só, sem marcação, que atirou pela certa.

O golo deu mais “gás” ao Benfica, que manteve toda a pressão sobre o último reduto vitoriano, chegando-se ao minuto 13 com o árbitro a assinalar uma grande penalidade sobre Salvio, que seguia embalado pela direita, tentou fugir ao defesa que o acossava e houve um tocar de pé com pé, na disputa da bola, em que não houve falta, levando o próprio Salvio a tocar, de propósito, com o pé na relva, depois de passar pelo defesa e atirando-se para o chão.

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Fernando Correia / CN

Ao que parece – porque houve uma pequena paragem de tempo pelo árbitro – o VAR esteve a analisar e confirmou. Provavelmente deixando escapar um qualquer ângulo “morto”. Fica o registo. Mas como se diz “Deus não dorme” e “que escreve direito por linhas tortas”, chamado à cobrança do livre máximo o benfiquista Ferreyra chutou denunciado e o guarda-redes defendeu a grande penalidade, o que fez numa segunda vez em resposta à recarga de Gedson

O Vitória (17’) teve o empate nos pés de Boyd mas atirou a bola à base do poste com a baliza toda aberta.

Mais duas desatenções da defesa vitoriana – a juntar ao excesso de jogo individual por parte de alguns dos médios e avançados do Vitória – e o Benfica chegou ao 3-0 em apenas sete minutos.

No primeira (30’), Salvio recebe a bola em fora-de-jogo (que o assistente não viu), dá mais uns passos e endossa o esférico a André Almeida, que centra, dentro da área, para trás, onde surgiu, sem marcação, Pizzi a fazer, à vontade, o 2-0.

No segundo (38’), Cervi lançou a bola para a área, Ferreyra tentou rematar mas a bola bateu num defesa sobrando para o “intratável” Pizzi, só, fazer o 3-0.

Resultado que podia ter subido no minuto seguinte, quando Salvio introduziu a bola na rede da baliza do Vitória, que não valeu porquanto estava em posição de fora de jogo, devidamente assinalada pelo assistente. E o intervalo chegou na hora certa: 45 minutos, o que é muito pouco vulgar.

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Fernando Correia / CN

No segundo tempo, o Vitória começou por perder o “gás” mas, mesmo assim, deu boa luta, embora alguns jogadores continuassem a jogar individualmente, indo até ao máximo de fintas possíveis no mesmo local, num abuso que o técnico começou a tentar acabar quando iniciou as substituições.

Ainda assim, Grimaldo (68’) obrigou o guardião vitoriano a uma grande defesa no seguimento da marcação de um livre, retorquindo o Guimarães com uma jogada de belo efeito que levou Boyd (74’) a ficar isolado, perto da área, e rematar forte para Vlachodimos defender sem agarrar a bola, valendo Ruben Dias para aliviar para longe.

Sem que nada o fizesse prever, um minuto depois (75’), o Vitória força mais uma avançada que levou a bola a André-André que, de longe, rematou forte para o poste mais longe, fazendo a bola entrar para um golo pouco festejado, porque inesperado. A defesa benfiquista ficou mal na “fotografia”.

O último quarto de hora acabou por ser penoso para o Benfica, depois de fazer três substituições que não surtiram efeito (a vantagem era de três golos), enquanto o Vitória foi o primeiro a mudar o “xadrez” da equipa e que resultou em pleno porque marcaram mais um golo, reduzindo para 3-2, cinco minutos depois.

O autor foi Celis, na sequência de um contra-ataque rápido que nem os médios nem a linha defensiva do Benfica conseguiram parar, com uma jogada simples, com Celis a surgir no local certo para atirar à baliza e fazer a bola entrar sem que Vlachodimos pudesse fazer algo em contrário.

Entretanto, soube-se que 55.219 espectadores estiveram na Luz (depois dos 57 mil e tal na terça-feira), o que foi uma moldura excelente.

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Fernando Correia / CN

Jogaram-se mais três minutos mas tudo estava resolvido. Um “susto” ou “porque já estavam a pensar no jogo da segunda mão da pré-eliminatória da Liga dos Campeões”, o que leva a manter o “aviso amarelo” sob a formação benfiquista, que precisa vencer na Turquia.

O árbitro João Pinheiro teve algumas falhas de interpretação de alguns lances, do ponto de vista disciplinar não eram necessários tantos amarelos porque foram faltas leves e mais “fitas” do que outra coisa, como foi no caso da grande penalidade. Os assistentes Bruno Rodrigues e Nuno Eiras, mas este último, foram algo “permissivos” ao não assinalarem alguns foras-de-jogo, que pareceram evidentes.

As equipas alinharam do seguinte modo:

Benfica – Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Pizzi, Fejsa (Alfa Semedo, 70’) e Gedson; Salvio (Zivkocic, 77’), Ferreyra e Cervi (Rafa, 64’).

V. Guimarães – Douglas; Dodo, João Afonso, Osorio e Rafa Soares; A. Wakaso e André-André; Boyd, Teixeira (Celis, 62’) e John (Davidson, 45’); Tallo Jr (Guedes, 64’).

Disciplina: Amarelos para Boyd (58’), Rafa Soares (67’), Celis (86’) e Wakaso (90’)

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