Domingo 29 de Abril de 1696

Benfica pressionou e “rebentou” com os gregos

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Carlos Palma / CN

Razvan Lucescu tanto referiu – no lançamento do jogo – que “competia ao Benfica pressionar”, que Rui Vitória fez-lhe a vontade e entrou em campo (esta quarta-feira, em Salónica) para vencer e convencer que a formação encarnada sabia pressionar até ao ponto de “esmagar” qualquer tentativa de “revolta” grega ao longo da partida.

Do Paok – que acabou o jogo com uma ligeira vantagem na posse de bola (51/49 %) – apenas se viram os primeiros vinte minutos do jogo, sendo certo que tudo fez para tentar chegar à vantagem que os pudesse “embalar” para um triunfo “tranquilo” apesar de ter apenas obtido um golo fora (na Luz).

Ainda assim, justificou marcar primeiro, numa jogada bem enquadrada, em que, no seguimento da marcação de um livre, o esférico fez uma triangulação por Maurício e foi chegar a Prijovic que (13’) rematou forte sem defesa para o guardião benfiquista, até porque tinha três jogadores no PAOK na sua frente, o que surgiu por uma certa apatia de toda a linha defensiva. Ficou a dúvida se Maurício estava em posição de fora de jogo quando recebeu a bola e, na sequência, idêntica situação se colocou ao marcador do golo, por1quanto pareceu estar à frente da linha da bola quando a recebeu de Maurício.

A equipa de arbitragem nada assinalou – ainda que alguns jogadores do Benfica tivessem levantado o braço em sinal de que um deles estaria em fora de jogo – mas o golo foi validado.

No entanto, mais pareceu uma “jogada com um golo fictício”.

Que o Benfica “aproveitou” para pressionar ainda mais e, com isso, chegar ao empate com um golo marcado (20’) por Jardel que, nas alturas”, aproveitou a marcação perfeita, por parte de Pizzi, dum pontapé de canto do lado direito do ataque, e cabeceou sem defesa para o guardião grego, depois de bater também dois defesas na pequena área.

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O Benfica ganhou outro ânimo e, quatro minutos depois (24’), teve a sorte do guardião grego ter perdido o domínio da bola, falha aproveitada de imediato por Cervi, que fugiu para o centro da pequena área, onde surgiu o citado guarda-redes a puxar as pernas, o que originou uma grande penalidade. Sem espinhas. O que Salvio também não encontrou quando (26’) marcou o castigo máximo, com o guarda-redes a ir para um lado e abola para outro.

A perder (1-2), os gregos reforçaram as “suas armas” para “remediar” o mal mas o Benfica, táctica, física e tecnicamente, foi gorando quaisquer tentativas de oportunidades, se bem que (35’) Fernando Varela cabeceou para a baliza encarnada e obrigou o guardião Vlachodimos a uma grande defesa

Resposta imediata do Benfica que, em dois minutos (35 a 37’) teve três oportunidades para marcar mas nenhum dos atacantes da equipa de Rui Vitória encontrou o caminho da baliza. O que não demorou muito, porquanto (39’), o Benfica chegou a um justo 3-1 numa jogada calma, planeada, que começou em Grimaldo, passou por Cervi e chegou a Pizzi que, na zona frontal e da baliza mas fora da grande área, chutou por uma nesga aberta na defesa e a bola foi anichar-se na baliza, entrando junto ao poste direito do guardião visitado.

Com tudo a sair bem ao Benfica, o intervalo chegou.

E o segundo tempo começou com três oportunidades de golo para o Benfica, que não conseguiu concretizar mais por demérito do que mérito do PAOK – com a defesa às “aranhas” – gregos que voltaram a actuar mal, porquanto o árbitro assinalou nova grande penalidade (50’), desta vez por falta sobre Jardel, impedido de jogar na sequência de um pontapé de canto.

Chamado à cobrança, Sálvio fez pontaria de mais, uma vez que a bola foi bater no poste mais longe e, caprichosamente, ultrapassar, a linha de golo, chegando o Benfica a um 4-1 inesperado para toda a gente.

Tanto que o Benfica, há mais de duas dezenas de anos, não conseguia marcar tantos golos a nível das competições europeias.

O jogo manteve-se “equilibrado” com a bola nos meios campos de cada equipa, com alguns “arranques” mais por parte dos gregos, mas a verdade é que não houve golos.

Com o jogo a caminhar para o fim, foram ainda os gregos que (86 e 87’) tiveram duas oportunidades flagrantes para marcar mas o guardião do Benfica estava atento e, com duas defesas excelentes, afastou o perigo no momento exacto.

Com este resultado, o clube da Luz garantiu 43 milhões de euros para estar na fase de grupos, o que é excelente para equilibrar outras contas.

O árbitro do encontro, o alemão Felix Brych – que mostrou seis cartões amarelos quando o jogo sofreu alguns “aquecimentos” físicos – não teve influência no resultado, teve a coragem de assinalar duas grandes penalidades contra a equipa da casa, que foram nítidas, tendo feito um trabalho positivo, bem acompanhado pelos seus assistentes Bastian Dankert e Marco Fritz.

As equipas alinharam:

PAOK – Paschalakis; Léo Matos, Varela, Crespo e Vieirinha; Maurício, Pelkas e Canas (Shakhov, 64’); Prijovic, Limnios (Warda, 46’) e El Kaddouri (Akpom, 76’).

Benfica – Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Jardel e Grimaldo; Pizzi (Zivkovic, 76’), Fejsa e Gedson; Salvio (Alfa Semedo, 63’), Seferovic (João Félix, 85’) e Cervi.

Cartão amarelo para Léo Matos (duplo, que levou à expulsão), Maurício, Varela, André Almeida e Jardel.

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