Sábado 20 de Abril de 2024

Um VAR “ajudou” F. C. do Porto a perder frente ao Manchester City para a Liga dos Campeões

José Pedro Gonçalves / Central Noticias

José Pedro Gonçalves / Central Noticias

Um 3-1 com que o F. C. do Porto saiu do campo do Manchester City não terá sido o resultado mais curial para o que foi desenvolvido em campo por ambas as equipas, pese embora o City tenha dominado em todos os sectores, visto na forma global.

Por um lado, porque os portistas se podem queixar da actuação “infeliz” do VAR, no que se refere ao primeiro golo do City; por outro porque os homens de Sérgio Conceição não aproveitaram a supremacia do primeiro tempo e, ainda, pelas substituições feitas no segundo tempo, quando a equipa entrou em “debacle”.

Isto tudo considerando ainda que foram os portistas a chegar primeiro ao 1-0 (14’), numa jogada “facilitada” pela defesa dos britânicos mas depois de um “slalom” maravilhoso de ser ver e interpretado por Luis Diaz, em que recebeu a bola no lado esquerdo da defesa do Manchester, torneou o defesa esquerdo e entrou na grande área, voltou a fintar outro defesa e preparou a bola para o pé direito – sem ninguém pela frente – para rematar forte e colocado quase junto ao ângulo do poste mais longe.

Só que, na fase da resposta britânica, surgiu mais um contra-ataque e a bola cirandou pela defesa portista, até que Marchesin, na sua área de baliza, é pisado (como foi nítido) no pé pelo avançado Gudogan, seguindo a jogada e a bola a ir ao poste, que foi para o lado contrário onde o central Pepe teve um acto irreflectido e “encostou-se” a um adversário, com o árbitro (o lituano Andris Treimanis) a assinalar a grande penalidade.

Até aqui, tudo normal.

Restava o veredicto do VAR (constituído por dois holandeses) e aí saiu “borrada”.

Revendo apenas as imagens da hipotética grande penalidade cometida poe Pepe, o VAR não foi ao início da jogada, quando do pisão a Marchesin, o que seria livre e cartão amarelo para o atacante do Manchester, porquanto o acto cometido por Pepe foi posterior mas dentro e na sequência da mesma jogada.

Chamado a rematar, Aguero rematou forte, denunciado, com Marchesin a adividinhar o lado para onda ia a bola, tocou nela mas acabou por entrar ma baliza, fazendo o empate (20’).

Com o jogo em bom movimento, num e noutro lado do campo, o Porto demonstrou que podia ir mais além, mas Luiz Diaz perdeu oportunidades de rematar para fazer mais uma finta e, com isso, foi atrasando a hipótese de os portistas poderem avançar no marcador.

A maior oportunidade surgiu a dois minutos do final do primeiro tempo (que teve mais três minutos de compensação), quando Corona enviou a bola para Marega e este rematou para Rúben Dias desviar para o lado, com Walker a tirar a bola da área.

A confirmar o que foi referido, ainda que a maior posse de bola no primeiro tempo fosse do Manchester (65/35%), coube ao F. C. do Porto o maior número de remates (5-3, dos quais dois para a baliza contra apenas um dos ingleses).

No segundo tempo, o Manchester entrou à “bruta” para modificar o rumo no marcador, mas Marchesin (49’) evitou o que seria o segundo dos britânicos com uma excelente defesa, iniciando uma caminhada para ser o melhor da equipa.

Ao 55º minuto Sérgio Conceição trocou Manafá por Luis Diaz (ao que parece por lesão deste último), e o Manchester chega ao 2-1 (65’). Livre na zona frontal da baliza, fora da grande área, Gundogan levança a bola de forma a passa-la por cima da barreira e a bola foi directamente para o canto contrário onde se encontrava Marchesin que, por um lado, se colocou mais à esquerda e, por outro, ninguém da defesa saltou como o devia ter feito.

De seguida, Pep fez duas substituições para refrescar a equipa, no que deu o 3-1 (73’), por intermédio de Ferran Torres, que fugiu a todos os adversários e rematou pela certa, ante uma passividade da defesa portista. E os erros pagam-se caro.

Com doisd golos de vantagem e com a vitória no horizonte, o Manchester limitou-se a fazer mais três substituições, enquanto o F. C. do Porto também, mas notou-se que a vivacidade portista não era a mesma.

O Manchester ainda teve uma excelente oportunidade para marcar (82’) mas Marchesin voltou a estar em grande plano e defendeu para canto.

No vigésimo primeiro jogo com equipas britânicas, o F. C. do Porto nunca venceu; perdeu 18 jogos e empatou três. A “matança” do carneiro ficou adiada uma vez mais.

No outro encontro do grupo, o Olympiacos venceu (1-0) o Marselha, com um golo marcado por Mahgoub, aos 90+1’.

A ronda número dois realiza-se na próxima terça-feira (20 horas), com os encontros Manchester City-Marselha e F. C. Porto-Olympiacos.

 

© 2024 Central Noticias. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.