Sábado 07 de Dezembro de 5078

Jovane foi a estrela que desceu ao relvado e levou o à final da Allianz Cup

Tendo entrado em jogo aos 77’ – precisamente o número que é o seu identificador em campo – Jovane resolveu a partida efectuada entre o Sporting e o F. C. do Porto, na meia-final da Allianz Cup, fazendo em pouco mais de um quarto de hora uma reviravolta que vai perdurar para a história do futebol nacional.

DR / Liga Portugal

DR / Liga Portugal

Num encontro que não teve muito de futebol linear, que culminou com uma posse de bola de cinquenta por cento para cada lado, onde os momentos de perigo foram raros junto às duas balizas, acabou por ser um suplente (com categoria provada) que resolveu o assunto – ao marcar os dois golos do triunfo dos leões – o que pode levar à renovação do contrato que o liga ao Sporting, que tem andado ”enrolado”.

De perigo apenas o remate de Marega (39’) ao poste da baliza de Adán, no que foi um fraco pecúlio de futebol, porque os rematadores não estiveram com pontaria suficiente para alvejar a rede de alguma delas.

Os portistas acabaram por ter mais sorte, quando Marega (79’), se isolou por entre a defesa leonina, chegou à entrada da grande área e, com três defesas por perto, rematou fraco, a bola saiu enrolada e acabou por enganar o guardião sportinguista, que já estava balanceado para o lado contrário ao da bola.

Dois minutos antes (77’) tinha entrado Jovane Cabral que veio a ser o “herói” do jogo, ao chegar ao empate (86’) no seguimento de um remate em arco que fez a bola tabelar no segundo poste da baliza de Diogo Leite e foi beijar a rede, aproveitando uma “abébia” dada pela defesa portista, que alivou mal a bola atirada de um pontapé de canto.

Com este golo, os leões “arrebitaram” e Jovane voltou a fazer das suas, depois de ter dominado a bola enviada da sua linha média, seguiu pela esquerda, entrou na grande área, guinou um pouco mais para o centro, olhou o ângulo que precisava e rematou da mesma forma como o primeiro, sendo que a bola entrou também alguns centímetros mais à frente do poste e fez o 2-1 na maior das facilidades.

É evidente que Jovane teve a felicidade por si, mas também se deve dizer que fez por isso, porque este tipo de jogadas advém de técnicas estudadas em laboratório.

Ainda que os portistas tivessem rematado mais (13-8), a verdade é que foram os leões que “comeram” mais, face à vantagem conseguida, o que foi suficiente para seguirem para a final, que terá lugar no sábado, faltando saber se com o Sporting de Braga ou com o Benfica, cujo jogo se efectua esta quarta-feira (19h45), com transmissão em directo na SIC.

Mas o que aconteceu nos dias anteriores a este jogo, no que se refere aos resultados dos testes – que são realizados antes dos jogos – que são positivos, negativos e falsos-positivos, foi o tema de muita “parra e pouca uva”, mas que acabou por ser ao contrário do que veio a público, segundo os esclarecimentos prestados pelo presidente do Sporting, Frederico Varandas, à CM Tv, sendo admissível que possa haver novos desenvolvimentos no seio da Liga Portugal, face às suspensões de Sporar e Nuno Mendes (e que, por isso, não jogaram frente ao Rio Ave e também contra o F. C. do Porto), porquanto nenhum deles foi testado positivamente, segundo o responsável máximo dos leões.

As questões de falta de transparência e de verdade desportiva surgem amiúde, como que “inquinando” o verdadeiro espirito desportivo e de fair play, sugerindo-se inclusivamente que o governo mande investigar esta situação, já que a Direcção Geral de Saúde e um Laboratório privado (que habitualmente faz os testes) foram referidos na comunicação do Presidente do Sporting, para que a integridade do desporto não seja beliscada e sejam apuradas todas as responsabilidades.

Sendo um sector privilegiado nesta pandemia – ainda que o público não possa estar nos Estádios – o Futebol (Liga Profissional e Federação Portuguesa de Futebol), os seus dirigentes ao mais alto nível, tem de dar o exemplo.

 

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