José Pedro Gonçalves / CN
Os comandados de Sérgio Conceição voltaram a sentir o “fel” do Famalicão para os levar de vencidos, o que só se verificou após o prolongamento, no encontro esta quinta-feira disputado no Estádio do Dragão.
Nos primeiros noventa minutos de jogo, os portistas encontraram grandes dificuldades para se afirmarem e mostrarem os seus pergaminhos de uma forma mais lesta, porquanto os famalicenses continuam a “cobrar” caro qualquer jogo – não é por acaso que se encontram no 7º lugar na Liga Bwin e com hipóteses de chegarem à Europa – seja qual for o adversário.
Num livre batido por Ivo Rodrigues (21’), o Famalicão chegou ao 1-0 depois do Jhonder cabecear fora do alcance do guardião portista, o que foi sol de pouca dura porquanto os portistas empataram (28’) por intermédio de Galeno, através de uma grande penalidade assinalada por falta de Dobre sobre Uribe na grande área, empate que durou até ao intervalo.
No segundo tempo e mantendo uma maior clarividência no futebol produzido, o Famalicão colocou-se na frente do marcador (75’) depois de Ivan Jaime ser lançado pela esquerda do ataque da sua equipa, na sequência da marcação de um livre, tendo o avançado derivado para o centro do terreno e disparado forte e rasteiro, fazendo a bola entrar na baliza portista.
Com este resultado, o Famalicão igualou a eliminatória (2-2) e tentou resolver a partida até aos 90’ regulamentares, o que não conseguiu.
No prolongamento, acusando o enorme esforço (era o jogo da vida de cada um dos jogadores famalicenses, porquanto dava acesso à final da Taça de Portugal) os homens do Famalicão acabaram por cair, com honra, nos minutos finais, em tempo de compensação, quando Otávio (121’) e Evanilson (124’) marcaram os dois golos que salvaram os portistas a caminho da final.
O forte querer de vencer traiu os homens do Minho, porquanto os dois golos foram conseguidos no seguimento de lançamentos de bola pela linha lateral, numa altura em que o discernimento “baixou” de nível psicológico, que o FC Porto teve a felicidade de aproveitar.
Encontrado o outro finalista, o Estádio Nacional (Jamor) vai vestir-se de azul e vermelho num FC Porto-Sporting de Braga que se antevê de “alta voltagem”.
