Terça-feira 29 de Abril de 5473

Jina Mahsa Amina e movimento de protesto das mulheres iranianas vencem Prémio Sakharov 2023

Prémio Sakharov 2023 Liberdade Jina Mahsa Amini

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Os eurodeputados atribuíram o Prémio Sakharov 2023 para a Liberdade de Pensamento a Jina Mahsa Amini e ao Movimento Mulher, Vida, Liberdade no Irão.

A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, anunciou os laureados de 2023, esta manhã de quinta-feira, durante a sessão plenária de Estrasburgo, após a decisão da Conferência dos Presidentes do Parlamento (presidente Metsola e líderes dos grupos políticos).

A presidente Roberta Metsola declarou: «No dia 16 de setembro assinalámos um ano sobre a morte de Jina Mahsa Amini no Irão. O Parlamento Europeu está orgulhosamente ao lado dos corajosos e desafiadores, que continuam a lutar pela igualdade, dignidade e liberdade no Irão. Estamos ao lado daqueles que, mesmo a partir da prisão, continuam a manter vivo o Mulheres, Vida, Liberade. Ao escolhê-los como laureados do Prémio Sakharov 2023 para a Liberdade de Pensamento, esta Assembleia evoca a sua luta e continua a honrar todos os que pagaram o preço final pela liberdade.»

Mahsa Amini era uma jovem curda iraniana, de 22 anos. No dia 13 de setembro de 2022, foi presa pela polícia em Teerão, por alegadamente infringir as rigorosas leis do uso de véu no Irão. Morreu num hospital da capital iraniana três dias depois, após abusos físicos enquanto estava sob custódia.

A sua morte provocou uma onda de protestos liderados por mulheres no Irão. Sob o mote «Mulher, Vida, Liberdade», milhares de pessoas têm protestado contra a lei sobre o uso do hijab e contra outras leis discriminatórias.

Na sequência da brutal repressão destes protestos pelo regime iraniano, o Parlamento Europeu condenou repetidamente a terrível situação dos direitos humanos no país.

Em outubro de 2022, os eurodeputados apelaram à aplicação de sanções contra os funcionários iranianos envolvidos na morte de Mahsa Amini e na repressão do regime, tendo ainda manifestado o seu forte apoio ao movimento pacífico de protesto no Irão. Em janeiro de 2023, os eurodeputados exigiram mais sanções contra o regime iraniano e que a UE incluísse o Corpo dos Guardas da Revolução Islâmica na sua lista de terroristas.

Fonte: PE

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