Quarta-feira 04 de Junho de 2025

Henrique Rocha brilhante na estreia em Roland Garros

Tenis-RolandGarros-27-05-2025

FPT/Anastasia Barbosa

Estreia em grande plano de Henrique Rocha no Roland Garros, major em que entrou pela primeira vez pelo crivo do qualifying, o número três nacional mostrou o que vale diante do georgiano Nikoloz Basilashvili, atual 133º do ranking mundial (16.º em 2019).

Os parciais de 7-6 (9/7), 2-6, 7-6 (11/9), 2-6 e 6-2 são a marca da estreia fulgurante do portuense na quinzena de Paris, onde agora vai medir forças com outro dos prodígios da atualidade: o checo Jakub Mensik, 19º ATP.

O momento da consagração de Henrique Rocha (21 anos, 1 mês e 21 dias) de Henrique Rocha na estreia em quadros principais do Grand Slam, foi embalado pelo apoio das bancadas do court 4, entrando a ganhar na partida com um renhido tie-break, repleto de trocas de bola e serviços poderosos, com 28 dos três pontos ganhos e um de dois breaks convertidos nos primeiros 59 minutos passados na catedral da terra batida. No segundo parcial, o georgiano de 33 anos fez valer a experiência e, em pouco mais de meia hora, empatou a contenda, aproveitando dois breaks que deixaram Rocha sem resposta.

Rocha, 200º da hierarquia e 12 anos mais jovem, tinha ainda muito fôlego para mais um set longo, empolgante e com setpoints para cada lado durante os 69 minutos que o tenista treinado no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis necessitou até se colocar em vantagem.

Mesmo sem capitalizar algum dos dois pontos de break de que dispôs, Henrique Rocha soube aproveitar os 29 erros não forçados de Basilashvili, lembrando o adversário de que, há pouco mais de um ano, foi ele quem ganhou a final do Challenger de Múrcia para conquistar o primeiro — único até ao momento — troféu desta segunda divisão.

A montanha-russa estava longe, todavia, de chegar ao fim da volta. Rocha entrou a servir e, de imediato, foi quebrado. Sofreu um segundo break no quinto jogo (1-4) e a decisão estava encaminhada para um set decisivo, ao fim de 34 minutos.

“Henrique, Henrique”, ouvia-se, entre palmas, à medida que Rocha passava para a frente do marcador – quebrou o serviço do adversário ao quarto jogo (3-1) – e agarrava-se à esperança de ver a luz da segunda ronda que parecia cada vez mais próxima. Teve três oportunidades de voltar a fazer o break no sexto jogo, mas o georgiano não admitiu tal atrevimento. Ainda negou um match-point ao português, mas ao segundo, cumpridas 3.54 horas, foi Henrique quem ergueu os braços, batendo com a mão no coração em sinal de gratidão pelo orgulho nacional das bandeiras a esvoaçar.

Henrique Rocha juntou-se, assim, ao compatriota Nuno Borges que, esta quarta-feira, tem encontro marcado com Casper Ruud, duas vezes finalista na Porte d’Auteuil.

 

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