Segunda-feira 02 de Junho de 2025

Épica viagem de Borges travada ao fim de 3 horas

Tenis-RolandGarros-Borges-30-05-2025

FP Tenis

Épica viagem de Nuno Borges nos singulares travada ao fim de três horas de jogo no Roland Garros.

Nuno Borges terminou, esta sexta-feira, a épica viagem que o levou, em Roland Garros (França), a tornar-se no primeiro português a ganhar a um top-10 em Grand Slam, após uma maratona de calor e de nervoso miudinho diante do australiano Alexei Popyrin, 25º do ATP, com o rapaz da Maia a ceder (4-6, 6-7 (11/13) e 6-7 (5-7), como que à tangente, em todos os sets.

Os courts da Porte d’Auteuil, onde se situa o complexo de Roland Garros, não se fecharam na totalidade para Nuno Borges, que continua em prova no quadro de pares ao lado do francês Arthur Rinderknech.

Popyrin soube aproveitar alguma inconsistência inicial de Borges a servir e deixou o maiato em desvantagem de imediato. Feito o break, o australiano, a quem Nuno ganhara em 2023 no Challenger de Phoenix, depois de ter perdido em 2017 num future norte-americano, geriu a partida e selou o set em que o português cometeu dez erros não forçados, enquanto o australiano evidenciou segurança no serviço. Basta referir que assinou 13 ases, face aos cinco do maiato.

O segundo set foi decidido em guerra de nervos, com Borges a renascer das cinzas entre breaks e contrabreaks para levar a decisão ao tie-break. Salvou cinco setpoints, não fechou os dois de que dispôs e, ao fim de 77 minutos de intensidade, foi o australiano a assinar o segundo set, não obstante o apoio das bancadas audíveis em bom português.

O chamamento das bancadas continuou a ecoar no court 14 quando Borges mais precisou. Salvou quatro pontos de break no oitavo jogo que, a serem consumados, deixariam o australiano a servir para fechar o encontro. Agressivo na troca de bolas, o jogador luso igualou o set (4-4). A mostrar a verve de campeão, sem deixar que os nervos derretessem com a tensão e o calor que ia contrariando com toalhas geladas no pescoço, Borges salvou um match point antes de fazer o 5-5 no jogo de serviço.

Um erro de esquerda na rede negou-lhe o break point, mas não os nervos de aço que o premiaram com mais uma oportunidade de poder fazer break. Do outro lado estava igualmente um jogador com vontade de ganhar e, apesar dos match-points salvos pelo português no tie-break, ao fim de 3h01 foi Popyrin quem celebrou, após um serviço acima dos 205 km/h ao qual o português correu para responder, mas sem sucesso.

Este sábado, as bandeiras portuguesas voltam ao court 14 do complexo parisiense, desta feita para apoiar Henrique Rocha frente ao cazaque Bublik, em partida da terceira ronda desta caminhada histórica que começou no qualifying.

 

© 2025 Central Noticias. Todos os direitos reservados. XHTML / CSS Valid.