ittakestennis/ Mateusz Mecik
Jaime Faria fez, pela segunda vez na carreira, festa no qualifying de Wimbledon, o Grand Slam de terra batida no qual é o único português que ainda pode sonhar em juntar-se ao compatriota Nuno Borges, que teve entrada no quadro principal de singulares e pares.
Neste último, Portugal estará ainda representado por Francisco Cabral.
Na segunda ronda do qualifying do Grand Slam da relva, o lisboeta, 117.º classificado do ranking mundial, levou a melhor sobre o argentino Marco Trungellitti (152º), com os parciais de 6-3 e 7-5.
O número dois luso fez bom uso da sua arma que é o serviço para assinar seis ases num total de 46 pontos ganhos com o serviço. Na resposta, Faria registou 43% de eficácia, 33 winners que compensaram os 28 erros não forçados. O tenista que integra a equipa de treino do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis quebrou três vezes o serviço do argentino e apenas cedeu uma vez o saque.
A uma ronda de voltar a passar o qualifying para jogar o quadro principal de um major, pela segunda vez – a primeira foi no Open da Austrália, em janeiro –, Jaime Faria vai defrontar o francês Kyrian Jacquet (151º), jogador que afastou Nuno Borges na ronda inaugural de Roland Garros.
Entretanto, Nuno Borges foi surpreendido na segunda ronda do ATP 250 de Eastbourne, torneio britânico no qual o maiato, 37º do ranking mundial, preparava Wimbledon, Grand Slam da relva no qual é o único jogador português na ronda inaugural do quadro principal de singulares.
Oitavo cabeça de série, o melhor jogador nacional da atualidade foi afastado pelo lucky loser norte-americano Jenson Brooksby (149º), com duplo 4-6. Embora superior no primeiro serviço, Borges não conseguiu transformar a execução em pontos, estatística na qual o adversário foi superior com 29 de 35 pontos ganhos.
Nuno salvou dois de cinco breakpoints, mas apenas conseguiu converter um, face aos três de Brooksby, autor de 25 winners, enquanto o português registou 13 pontos ganhantes e 25 erros não forçados.
Por outro lado, Henrique Rocha foi afastado, esta quarta-feira, na segunda ronda do qualifying de Wimbledon. Nos courts de relva de Roehampton, palco da fase de qualificação do terceiro Grand Slam da temporada, o número três nacional perdeu na segunda ronda, em dois sets, diante do chileno Tomás Barrios Vera (107.º do ranking mundial).
No court 10 do complexo universitário londrino, o tenista que integra a equipa de treino do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis viu o sul-americano fechar o match point com um erro não forçado de direita, cedendo 4-6 e 3-6.
Rocha foi mais eficaz junto à rede (13 em 19 pontos) e esteve mais errático no serviço do que o Barrios Vera, com 71% de eficácia, face aos 78% do adversário. O português 158º mundial registou 11 winners e 22 erros não forçados, no entanto, o maior desequilíbrio registou-se nas quebras de serviço. O portuense, de 21 anos, não capitalizou a única oportunidade que criou, enquanto o chileno fechou três de quatro breakpoints.
Pelo segundo ano consecutivo, Henrique Rocha, que brilhou em Roland Garros, não consegue juntar-se a Nuno Borges no quadro principal de Wimbledon, mas Jaime Faria continua na corrida a juntar-se ao número um nacional de singulares que também vai jogar quadro de pares, no qual Francisco Cabral é o outro tenista nacional inscrito.
