Cinco de julho de 2025, dia que se iniciou radiante para a despedida de dois jovens, lusos, irmãos, que viram a vida escoar-se ainda antes dos 30 anos de idade, em plena juventude ascendente numa carreira onde Diogo era já uma estrela cintilante e a brilhar a todo o vapor.
Com 28 primaveras, três crianças de colo e uma esposa que conheceu durante a infância, Diogo Jota saiu da “cena” da vida humana, deixando um lar desfeito “num minuto” de infelicidade, que levou a uma das maiores – senão a maior, pela amplitude mundial que tomou – manifestações de pesar alguma vez verificado neste belo país (que é o nosso), banhado por um oceano que ajudou Portugal a ser conhecido em todo o lado graças às descobertas dos navegadores da era de Vasco da Gama e muitos outros.
Tudo o que se possa dizer sobre este duplo “desaparecimento” dos irmãos Diogo e André Silva (25 anos), tendo a cidade de Gondomar como epicentro mundial, tem todo o cabimento, consoante as vertentes tangentes à dimensão que o irmão mais velho tem tido desde que foi representar os britânicos do Liverpool, clube que demonstrou uma solidariedade incomensurável perante toda a sociedade, não só a mais ligada ao desporto (em especial ao Futebol) mas de uma forma global perante milhões de seres humanos que, em toda a parte do mundo, choraram pelo desenlace, precisamente pela humildade, humanidade, simplicidade, que Diogo sempre demonstrou.
Sem vaidades, sem querer ser mais do que qualquer outro, sabendo estar quase sempre no caminho certo, Diogo Jota criou empatia tal que levou milhões de cidadãos inseridos neste planeta que amam e animam-se para ver jogar estas estrelas candentes da modalidade.
Poder-se-á estar – e por certo se irá verificar – a escrever durante dias e dias, anos e anos, mas este acidente de percurso (fatal), por certo, será tema para durar muito tempo, porquanto o assunto é pertinente, há que retirar do que aconteceu a mensagem específica para alertar todos para os perigos que, constantemente, surgem nas estradas, seja onde for.
Para além dos pêsames apresentados, oriundos de toda a parte, há a realçar que o Liverpool vai cumprir o contrato na integra (até 2027), o que assume uma sublime forma altruísta de estar na vida de cada um dos ora órfãos de pai e, em especial, de marido, recordando-se que tinham selado, finalmente, o matrimónio há poucas semanas.
Nem tudo o que reluz é ouro, mas por certo que os pensamentos de todos os que representam o Liverpool são de enaltecer pela decisão tomada neste momento tão difícil, como o será também no futuro, porquanto se pretende que os jovens singrem na vida e possam seguir os sonhos que o pai ora sonhou e estava a cumpria a alto nível.
Cadeias de televisão de múltiplos países que integram este mundo global do desporto – e não só – tiveram emissões especiais, em direto e deferido, de Portugal, o que colocou o país alguns furos acima do que tem sido o normal, ainda que por um mal perfeitamente desnecessário.
Nas grandes tormentas, que haja espírito de sacrifício!
Que se saúdem os que, ontem e no amanhã, se proponham ajudar uma família que precisa de muito apoio, de carinho e, acima de tudo, saúde e sorte para reencontrar a alegria de viver e continuar a sonhar.
Viva a Vida!