Nesta sexta-feira, 18 de julho, assinala-se o Dia Internacional Nelson Mandela, uma data instituída pelas Nações Unidas para homenagear o legado de um dos maiores símbolos da luta pela liberdade, igualdade e justiça.
Celebra-se o Dia Internacional Nelson Mandela para lançar luz sobre o legado de um homem que mudou o século XX e ajudou a moldar o século XXI.
Este é um momento renovar os valores que inspiraram Nelson Mandela: determinação absoluta, um compromisso profundo com a justiça, os direitos humanos e as liberdades fundamentais, uma crença inabalável na igualdade e dignidade de cada mulher e de cada homem, e um envolvimento constante pelo diálogo e solidariedade acima de todas as barreiras.
Como o próprio Mandela afirmou: “abracei o ideal de uma sociedade democrática e livre, em que todas as pessoas possam viver juntas em harmonia e com igualdade de oportunidades. É um ideal pelo qual espero viver e que desejo alcançar. Mas, se necessário for, é um ideal pelo qual estou preparado para morrer.”
Mas na história da sua vida (dos quais 27 foram dentro da prisão) Nelson Mandela foi anotando – para depois mostrar ao mundo, caso conseguisse transformar o poder sul africano da altura – outras frases (entre muitas outras) que devem constar do léxico na atualidade, face a uma descaratização que perpassa pela sociedade portuguesa no âmbito das ciências sociais (ética, transparência, integridade), recordando-se algumas mais, como:
- “A educação é a arma mais poderosa que você pode usar para mudar o mundo”;
- “Aprendi que coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele, homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo;
- “A grandeza da vida não consiste em não cair nunca, mas em nos levantarmos cada vez que caímos”;
- “Não existe revelação mais nítida da alma de uma sociedade do que a forma como esta trata as suas crianças”;
- “Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar”;
- “Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos”;
- “Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram”;
- “Devemos promover a coragem onde há medo, promover o acordo onde existe conflito, e inspirar esperança onde há desespero.”
- “Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de alguém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros”;
- “Tudo parece impossível até que seja feito”;
- “A prioridade é sermos honestos connosco. Nunca poderemos ter um impacte na sociedade se não nos mudarmos primeiro. Os grandes pacificadores são todos gente de grande integridade e honestidade, mas, também, de humildade”.
Trazendo à memória o significado do êxito do filme “INVICTUS”, dirigido por Clint Eastwood, tendo como protagonistas principais os atores Morgan Freeman (negro) e Matt Damon (branco), em 2009, Nelson Mandela (nascido em 18 de julho de 1918 e falecido em 5 de dezembro de 2013) acreditava no poder transformador do desporto, porque via o desporto como uma ferramenta para promover a esperança, unir as pessoas e superar barreiras sociais.
Duas frases marcantes de Mandela sobre o desporto foram (e são): “o desporto pode criar esperança onde outrora só havia desespero” e “o desporto tem o poder de mudar o mundo, o poder de inspirar e de unir um povo de uma forma difícil de conseguir de outra maneira”.
Para marcar esta efeméride, o Panathlon Clube de Lisboa e o seu Clube para a UNESCO Pelos Valores Desportivos, promove uma sessão online, nesta sexta-feira, entre as 20h00 e as 21h00, horas de Lisboa.
A conversa contará com a intervenção de três oradores convidados, que são:
- Maria Céu Batista – Docente Convidada na Universidade Nacional de Timor Lorosa’e
- Alexandre Honrado – Diretor do Núcleo de Investigação Nelson Mandela, Universidade Lusófona
- Carla Chicau Borrego – Professora Coordenadora da ESDRM-IPSantarém, membro do CD do PCL
que trarão perspetivas relevantes sobre o papel do desporto na promoção da inclusão e no combate à discriminação racial, à luz do legado de Nelson Mandela.
