Segunda-feira 20 de Maio de 2024

Triunfo quase prejudicado por apatia

UEFA Europa League 2013_2014#

© 2014 JCMYRO / JCSERV

EUROPA LEAGUE – Benfica, 2 – Juventus, 1

Sendo uma vitória merecida, dado que quase sempre foi superior aos italianos, o Benfica podia ter seguido para Turim apenas com um empate, o que seria muito pior. Uma apatia geral (por cansaço?) em mais de meia hora – Artur levou amarelo por demora em repor a bola – ia dando para o torto.

Talvez o golo madrugador obtido Garay tivesse sido o culpado, mas a verdade é que, a dada altura, o Benfica não conseguiu “entender-se” dentro de “si” e só não houve mais problemas porque a Juventus “alinhou”, de alguma forma, pelo mesmo diapasão, isto é, não “carregou” o suficiente para tentar recuperar o golo sofrido a frio.

Depois de ter conseguido um canto logo ao minuto e meio – pertenceu-lhe o pontapé de saída – que deu em nada, o Benfica abriu o activo meio minuto depois, com um golo de Garay, respondendo da melhor forma ao pontapé de canto marcado por Sulejmani, a cabecear como mandam as regras (para o chão), obrigando Buffon a uma tentativa de defesa que, afinal, levou a bola para dentro da baliza.

O jogo ganhou então uma maior movimentação, em especial por parte do Benfica, com Sulejmani em plano de pivot “acelerado” mas rematando ao lado da baliza.

A este quarto de hoje de domínio benfiquista, a “Juve” só respondeu aos 14’ com um remate de Carlos Tévez, de longe, mas à figura de Artur., no que foi o sinal mais “agudo” do ataque italiano, que voltou em força cerca dos 17’ quando Luisão foi chamado a “salvar” uma situação junto ao poste esquerdo da baliza defendida por Artur, atirando a bola para canto, do que nada resultou.

À meia hora, Tévez tem outra arrancada forte, chegou praticamente à linha final e obrigou Artur a impor-se e mantendo-se em “pressão” sobre o Benfica levando, aos 39´, a conquistar outro canto mas sem resultados práticos, com que se chegou ao final dos primeiros 45 minutos.

O segundo tempo começou com o Benfica a parecer mostrar que estava satisfeito com a vantagem mínima, surgindo em campo com calma, o que levou a Juve a aproveitar o momento para tentar chegar ao empate. Aos 54’ e 56’, Artur teve que se empregar a sério para, primeiro, para defender uma cabeçada de Pogba que tinha a marca de golo, estirando-se para defender bem, segundo para defender uma bola que caiu a “pingar” na grande área e onde, uma vez mais, estava Pogba a incomodar. Só à segunda vez é que Artur conseguiu ficar com a bola.

Numa jogada de contra-ataque (57’), Enzo Perez, em luta com um defesa italiano, acaba por cair, com toda a gente a pedir grande penalidade mas que o árbitro entendeu que não havia lugar a nada. Ficou a dúvida.

Logo a seguir surgiu como que um impasse, em que pouco futebol se viu, com o Benfica a jogar mais devagar, o que levou a uma subida da Juve que, aos 72’ acabou por empatar o encontro.

Numa jogada de contra-ataque, Asamoah subiu pela esquerda, endossou a Tévez, que rematou forte por entre a defesa e por baixo de Artur, em ultimo lugar, algo surpreendido com o facto.

Caiu como que um balde fria sobre as cabeças dos cerca de 50 mil adeptos do Benfica, que esperavam ver o segundo golo da sua equipa e não o 1-1. Mas aconteceu.

Era claro que o Benfica tinha que “reconverter” a estratégia meio-defensiva para ofensiva, mas levou algum tempo a carburar e a oportunidade só surgiu depois de Lima ter entrado, Como se diz na gíria, o triunfo veio do banco. Com o “pássaro” na mão (mesmo que com só o 1-0), o Benfica esteve à beira de rumar até Turim com um resultado menos positivo, como era o empate.

Outra entrada, a de Ivan Cavaleiro (André Gomes e Cardozo, não estavam a render o que devia) veio a ser importante na manobra da equipa e foi precisamente a passe do jovem Ivan que Lima rematou tão forte que Buffon ficou a “bufar…”O 2-1 foi alcançado aos 84’ e manteve-se até final, se bem que Artur (89’) ainda teve tempo para voltar a brilhar, defendendo um remate “malicioso” de Marchisio.

É um resultado pouco tranquilizante, especialmente pelo golo sofrido, mas acredita-se que o Benfica pode manter a vantagem até final do segundo golo, a 1 de Maio próximo.

Na equipa encarnada, Artur, Luisão, Garay, Sulejmani, Siqueira, Markovic e Lima foram os melhores, enquanto na Juve se salientaram Pogba, Marchiso, Vucinic, Tévez, Pilro e Asamoah.

No outro encontro das meias-finais, o Sevilha bateu o Valência por 2-0 e têm meio caminho andado para a final.

 

A equipa de árbitros da Turquia, chefiada por Cuneyt Cakir (acolitado pelos assistentes Bahattin Duran e Tarik Ongun), não tiveram problemas de maior para resolver, mostraram apenas três cartões amarelos, deixando jogar e apitando pouco quando devia.

As equipas alinharam.

Benfica – Artur; Maxi Pereira, Luisão, Garay e Siqueira; Markovic, Enzo Perez e André Gomes (Ivan Cavaleiro, 81’); Rodrigo, Cardozo (Lima, 62’) e Sulejmani (André Almeida, 60’).

JUVENTUS – Buffon; Cáceres, Bonucci e Chielini; Pirlo; Lichistener, Pogba, Marchisio e Asamboah; Tévez (Oswaldo, 82’) e Vucinic (Giovinco, 65’).

Disciplina: Amarelo para André Gomes (34’), Pogba (45’) e Artur (70’)

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