Segunda-feira 20 de Maio de 2024

Troféu Eusébio Cup bem entregue!

BenficaTorino_H0P9612Benfica, 1 – Torino, 1 (5-6 grandes penalidades)

Apesar da maior posse de bola e do maior número de remates, o Benfica não conseguiu bater os italianos do Torino num jogo que decorreu em bom ritmo, com jogadas bem delineadas de parte a parte, podendo afirmar-se que o Torino mereceu levar o troféu.

E isto porque o primeiro golo do desafio, marcado (11’) pelo defesa Vives na sua própria baliza, partiu de um irregular lançamento da linha lateral por parte de Salvio, lançando a bola em “corrida”, já com os dois pés dentro da área de jogo, o que devia ser assinalado pelo auxiliar José Luzia, que estava mais preocupado onde a bola ia cair e não no controlo do lançamento. Por isso, Deus escreveu direito ainda que por linhas tortas.

Numa primeira parte em que uma miscelânea de titulares e reservistas em cada uma das equipas completaram os dois onzes, houve espaços de alguma qualidade no frente a frente que originou perigo junto das duas balizas, sem que se vislumbrasse grande superioridade de um lado e do outro.

Desde o pontapé de saída, os italianos sempre deram mostras de estarem melhor entrosados, com as defesas a superiorizarem-se aos ataques e, por disso, na falta de golos.

O golo do Benfica foi precedido de um lançamento incorrecto, como se referiu, o que “abanou” um pouco a estratégia dos italianos, que depressa se recompuseram e chegaram ao empate (32’) com um magnífico golo obtido, na marcação de um livre directo, por Ljajic, que levou a bola, em jeito de “folha seca”, a entrar pelo canto superior do lado direito de Paulo Lopes, que bem se esticou mas de que nada valeu.

Com o jogo empatado, manteve-se a toada vistosa e rápida de jogo, surgindo mais um caso de arbitragem quando Lisandro, na sua área de baliza, terá desviado a bola com o braço, parecendo não haver dúvidas de que seria grande penalidade, não assinalada pelo árbitro.

O intervalo foi aproveitado para o Benfica prestar homenagem aos “Magriços” do Mundial de 1966, como foram os casos de António Simões, Fernando Cruz e José Augusto, que alinharam no Benfica; Fernando Peres e Hilário, que representaram o Sporting, juntamente com familiares de Eusébio, Jaime Graça, José Torres e Mário Coluna, que receberam um troféu alusivo à EusébioCup. Isto depois de, antes do jogo se iniciar, ter sido feito um minuto de silencia pelo falecimento do antigo defesa do Sporting e Benfica, Artur Correia, que faleceu esta semana.

Na entrada para o segundo tempo o Benfica fez a primeira leva de substituições (45’), fazendo entrar Júlio César, Samaris, Raul, Carrillo e André Almeida (por saída de Paulo Lopes, Fejsa, Mitroglou, Cervi, Salvio e Nelson Semedo), dando um outro cariz mais fluente ao jogo, pese embora tenha sido o guarda-redes “obrigado” a fazer duas ou três defesas para salvador o golo forasteiro. Na segunda leva

Os italianos responderam com duas mudanças (59’), seguindo-se o Benfica com a entrada de Jonas, Lindelof e Junior (63’) e por aí fora, com os italianos a terem feito onze mudanças e o Benfica apenas nove.

Pese embora a diferença de cada unidade na estratégia das respectivas equipas, notaram-se algumas melhorias em certas circunstâncias, mas não de forma radical, até porque Júlio César entrou no momento propício para ajudar (a salvar golos) sem que, na frente, houvesse alguém disponível para tentar marcar, onde Jonas e Luisão (este com um cabeceamento ao poste) criaram perigo nos últimos minutos mas o empate não se alterou.

Na marcação das grandes penalidades, foi o Benfica que falhou a sexta grande penalidade (5-6), entregando ao Torino o troféu em disputa, homenagem que também se justificava aos elementos que então jogavam nesta (superior) equipa italiana e que, depois de estarem em Lisboa num amigável com os encarnados, veio a falecer no regresso a casa, quando o avião se despenhou ao chegar ao aeroporto de Turim.

Em resumo, acabou por ser uma partida com velocidade, com algumas jogadas bem gizadas e que deram, por certo, indicações mais precisas para o que ainda há que fazer até chegarem as competições oficiais.

O jovem Fabiano Veríssimo dirigiu a partida com calma, não arranjou problemas de maior mas os dois erros cometidos (um por ele, na grande penalidade não assinalada contra o Benfica) e outro pelo auxiliar José Luzia (que deu origem ao primeiro golo do Benfica) que não sancionou um lançamento de forma irregular,

Constituição das equipas:

Benfica – Paulo Lopes; Nélson Semedo, Luisão, Lisandro e Grimaldo; Fejsa, André Horta, Salvio e Cervi; Gonçalo Guedes e Mitroglou.

Na segunda parte jogaram ainda Júlio César, Samaris, Raul, Jonas, Lindelof, Carrillo, Pizzi, Junior e André Almeida.

Torino – Gomis; Molinaro, Afriyie, Zappacosta e Belotti; Ljajic, Falque Silva e Maksimovic; Vives, Chukwuma e Moretti.

Entraram ao longo do jogo: Padelli, Baselli, Maxi Lopez, Gazzi, Martinez, Gastón Silva, Barreca, Aramu, Boye, Bruno Peres e Ajeti.

Disciplina: amarelo para André Almeida (67’), Pedro Trigueira (33’), Aderlan (44’), Ofori (68’) e Rabiola (79’)

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