Terça-feira 07 de Maio de 2024

Mundial’2018 começa mal para Portugal

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Tal como se verificou no apuramento para o último mundial, quando se perdeu com a Albânia no primeiro jogo, a situação repetiu-se, desta vez na (e com a) Suíça, com um 2-0 que acabou por premiar uns suíços atrevidos, fortes e com alguma sorte pelo meio – como sempre acontece a quem mais arrisca – ante um Portugal que só durou os primeiros vinte minutos da primeira parte, onde podia ter chegado ao golo mas não aconteceu.

Com um período de desconcentração defensiva que deu origem aos dois golos dos suíços, Portugal começou a perder o jogo nessa altura, dada a proximidade dos referidos golos.

O primeiro, por Embola, surgiu uma defesa para a frente de Patrício que o atacante suíço aproveitou ante a apatia da defesa lusa, que nada fez para cobrir a trajectória da bola e o remate (22’) que deu o 1-0.

Com a abertura do marcador, os da casa sentiram-se animicamente superiores e voltaram ao ataque, bem-sucedido, porque conseguiram chegar ao 2-0 (30’), mais uma vez com a defesa a ver passar a bola e Mehmedi, a passe de Seferovic, a rematar em arco e sem oposição, para enfiar a bola na baliza de Patrício.

Com duas bolas de vantagem, os suíços sentiram-se ainda mais fortes ante o seu público, que quase encheu o estádio, e barraram todas as tentativas feitas pelos jogadores lusos para tentarem o golo.

Com este pano de fundo no final dos primeiros 45’, era de esperar que Fernando Santos fizesse alterações, fazendo entrar André Silva e João Mário e saindo Éder e William.

Quer dizer que, quando se devia entrar com todas as “armas” para tentar resolver a nosso favor o jogo, três das pedras basilares da equipa ficaram no banco. Com Nani, Quaresma e André Silva na frente e com João Mário a manusear os atacantes (fazendo o 4x3x3 e não o defensivo 4x4x2 inicial), por certo a equipa tinha maior potência para poder decidir o jogo ainda nos primeiros 45 minutos.

Assim não foi e as estrelas ficaram todas no banco, já que Quaresma só entrou aos 68’, já em desespero de causa e sem força anímica para mudar fosse o que fosse, como se verificou.

Erro de “interpretação” e de “fraqueza” que deram um menos bom resultado, porquanto ainda estamos no princípio e há nove jogos para jogar, mas este sobressalto poderia ter sido escusado.

É claro que na segunda parte a Suíça se limitou a defender – se bem que ainda teve oportunidades para “chatear” a defesa portuguesa e obrigar Patrício a estar atento – gerindo o menos bom futebol e, em especial, a falta de pontaria dos atacantes e médios, que não acertaram uma única vez na baliza.

A única excepção de golo iminente coube a Nani (81’) que cabeceou por mero acaso (nem sequer viu a bola) ao saltar atrás do defesa suíço e a bola tocar na sua cabeça e rumar para o canto da baliza contrário em relação ao local onde se encontrava.

Um revés que só futuro dirá se foi tão negativo quanto o resultado ora obtido.

Sob a direcção do trio espanhol liderado por Mateu Lahoz e completado com os assistentes Roberto del Palomar e Pau Cébrian Devis – que não teve influência no resultado (apesar de ter ficado em dúvida se haveria grande penalidade ou não contra os suíços quando (7’) um defesa da casa aliviou a bola e esta bateu no braço de um colega, não parecendo ter havido intenção disso – as equipas o seguinte onze inicial:

Suíça – Yann Sommer; Lichtsteiner (Widmer, 69’), Fabian Schär, Johan Djourou e Ricardo Rodríguez; Behrami e Granit Xhaka; Embolo, Dzemaili (Fernandes, 87’) e Admir Mehmedi; Haris Seferovic (Derdiyok, 76’).

 

Portugal – Rui Patrício; Cédric, José Fonte, Pepe e Raphael Guerreiro; William (João Mário, 45’), Moutinho (Quaresma, 67’), Adrien e Bernardo Silva; Éder (André Silva, 45’) e Nani.

Cartões amarelos para Adrien (30’), Mehmedi (41’), Shaka (52’), jogador que foi expulso por um segundo amarelo, em cima dos 90’.

Nos outros jogos deste grupo (B) de apuramento para o mundial de 2018, a Hungria foi empatar às Ilhas Faroé e a Letónia foi a Andorra vencer a formação local por 1-0.

Em termos de pontos, 3 para Suíça e Letónia, 1 para Ilhas Faroé e Hungria, e 0 para Portugal e Andorra.

A próxima ronda (dupla) será, para Portugal, com Andorra (em 7 de Outubro, em Portugal) e com as Ilhas Faroé (em 10 do mesmo mês mas na casa do adversário).

Enquanto houver esperança, há vida! Brindemos ao jogo!

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