Sexta-feira 03 de Maio de 2024

Golos para todos os gostos com Estoril de “rastos”

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© 2016 Central Noticias / JCMYRO

Liga NOS – Sporting, 4 – Estoril, 2

Com a forte pressão que o Sporting “montou” desde o início, a verdade é que isso não foi concretizado um pouco por falta de articulação e pontaria e também pela equipa do Estoril, que lutou até onde conseguiu, vindo a “morrer” aos bocadinhos na última meia hora, em que o Sporting fez o que quis, marcou três mas sofreu dois, o que não deve ser permitido a uma equipa que luta pela Champions.

Mas como os golos são o “ópio” do povo, acabou por ser um jogo com meia dúzia deles e alegrou os adeptos, em especial os sportinguistas, que encheram a barriga, aguardando-se que, na terça-feira, o sucesso seja idêntico.

Na primeira parte, em que o Sporting entrou rápido, chegando rapidamente junto às linhas atrasadas dos estorilistas, se bem que sem perigo de maior para a baliza de Moreira.

Por sua vez, o Estoril logo que “safava” a zona mais recuada, avançada com muita força e rapidez, ao ponto de (5’) ter estado perto do golo, depois de uma arrancada pela esquerda e por Paulo Henrique, que chegou até à linha de cabeceira e bem perto do poste direito da baliza de Patrício e centrou, tendo Semedo aliviado dentro da pequena área.

O Sporting tentava manter a pressão, Gelson fazia a diferença na dianteira, com força e habilidade, mas a verdade é que se verificou como que uma “desagregação” nas linhas de passe, que permitiu aos canarinhos travar os remates à baliza de Moreira.

Mantendo-se o jogo vivo, Alan Ruiz rematou de muito longe e à figura de Moreira, nos poucos que foram feitos.

Mas o Sporting acabou por abrir o activo (13’) com Bas Dost a voar que nem um pássaro alado e cabecear, no seguimento de um excelente passe de Gelson – o homem do jogo – para o fundo da baliza de Moreira, que nada conseguiu fazer. No que foi a primeira oportunidade dos leões.

Apesar do golo, o Sporting não foi capaz de manter a cadência no rumo da baliza de Moreira, o que se traduziu apenas em remates que ou foram para fora ou Moreira defendeu sem prolemas

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No segundo tempo, o Sporting entrou disposto a definir o triunfo relativamente cedo, verificando-se o 2-0 (59’) com Coates a aproveitar a sua envergadura, no seguimento de um pontapé de canto, e aproveitar a saída em falso de Moreira para cabecear a bola para a baliza desguarnecida.

Quebrando nitidamente – pelo bom desempenho tido na primeira parte – o Estoril deu o sinal, que foi sentido no lado sportinguista, que pressionou um pouco e mais e três minutos depois (62’’) chegou ao 3-0, de novo por Bas Dost que, lançado por William, correu praticamente sozinho até à grande área onde, aproveitando a saída de Moreira para cobrir o ângulo de remate, rematou sesgado para o poste mais longe e a bola entrou paulatinamente na baliza.

A partir daqui, também os leões baixaram o “nível” competitivo e Bruno Gomes, que tinha entrado há poucos minutos, rematou ao lado do poste da baliza de Patrício, no que foi o sinal de que os canarinhos ainda estavam “vivos”.

O Sporting continuou a pressionar, gizou algumas jogadas que podiam dar perigo mas não houve efeitos práticos, o que o Estoril aproveitou para, em contra-ataque, reduzir a diferença para 3-1, com num golo precisamente de Bruno Gomes (84’), a passe de Tokantis, no que foi um bom tónico para os visitantes, face à apatia da defesa sportinguista.

No primeiro minuto do tempo regulamentar, o Sporting chegou ao 4-1, por André Filipe, que deu o melhor caminho a um passe de Bryan Ruiz na esquerda do ataque sportinguista.

Parecia que o resultado estava feito. Mas não foi assim. Mais uma “paragem” na defesa sportinguista e o Estoril reduziu para 4-2, pelo mesmo Bruno Gomes (90+3’), que aproveitou uma saída extemporânea de Patrício.

Um triunfo que não merece dúvidas mas deixa alguns “tremores” com vista ao jogo da Liga dos Campeões de terça-feira, em Alvalade.

Sob a direcção do lisboeta João Capela, que deixou jogar, não complicou e que também errou pouco, num trabalho positivo, ainda com a vantagem de não ter atribuído qualquer cartão. Os assistentes Ricardo Santos e Tiago Rocha também estiveram bem.

Destaque para Gelson, que foi o homem do jogo pelo que trabalhou, seguindo-se Bas Dost (mais dois golos), Coates, Adrien, Semedo, William, João Pereira, Bryan Ruiz, enquanto no Estoril o guardião Moreira fez o que pode, bem acompanhado por Paulo Henrique, Matheus Oliveira, Diego Amado, João Afonso e Dankler.

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; João Pereira, Coates, Rúben Semedo e Jefferson; Gelson, William Carvalho, Adrien (Elias, 76’) e Alan Ruiz (André Filipe, 45’); Bas Dost (Markovic, 73’) e Bryan Ruiz.

Estoril – Moreira; Lucas Farias, Dankler, João Afonso e Joel Ferreira; Diogo Amado e Afonso Taira (Eduardo, 70’); Matheus Índio, Allison (Tocatins, 60’) e Matheus Oliveira; Paulo Henrique (Bruno Gomes, 64’).

Disciplina: zero. Um jogo pleno de ética.

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