Quinta-feira 09 de Maio de 2024

Mais sombras que … jogadores!

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Liga Campeões – Sporting, 1 – Borússia Dortmund, 2

Com uma primeira parte quase totalmente anémica – excepção apenas para Gelson e Patrício – o Sporting viu-se (melhor, não se viu) a perder dois golos mercê dos erros defensivos tidos, que começaram logo ao minuto nove quando Ruben Semedo (que até estava fora do seu lugar e tentou tapar o buraco criado por Zeegelaar) não teve “pernas” para parar a estrela Aubameyang, que abriu o activo facilmente, já que não tinha ninguém a cobri-lo e marcou com toda a facilidade.

Dir-se-ia que do lado do Sporting só havia “sombras” dos próprios jogadores e que, os reais, não tinham entrado em campo.

Outra coisa que não se percebeu bem, foi o facto de Bruno César, pelo seu porte e experiência, ter ficado no banco e só ter entrado aos 59’, o que podia ter feito a diferença mais cedo.

Aliás, o Sporting foi uma sombra de si próprio, o que justificou o 2-0 ao intervalo, um segundo golo concretizado pelos alemães (43’), quando o médio Weigl começou a arrancada na sua defesa, seguiu em frente sem que ninguém tentasse chegar por perto, surgindo frente a Patrício para concretizar um golo da quase tranquilidade.

Ainda com o resultado em branco, Dost salta com o guarda-redes, meteu a bola na baliza mas o árbitro assinalou uma falta ao avançado sportinguista, quando os adeptos pediram grande penalidade, situação que deixou dúvidas. Mas o árbitro estava bem colocado e entendeu que não foi.

Com Gelson a correr o campo todo – demasiado de mais e sem jogar com os colegas – o Sporting resumiu-se a algumas tentativas de criar perigo, mas sem ligação entre os sectores não havia nada a fazer. Um único jogador (Gelson) pode fazer a diferença mas não acertou em nada.

Mal que também se “incrustou” na pele de Markovic, em Dost e em Elias, que não acertavam na estratégia.

E foi ainda Patrício que (35’) safou um provável segundo golo, de novo pelo avançado que tinha marcado o primeiro, ao esticar-se e desviar a bola, situação idêntica verificada (39’) mas com io atacante alemão a falhar o remate quando tinha apenas Patrício pela frente.

Alemães que dominaram o primeiro tempo e em que, como se referiu, perante a passividade leonina, fizeram o 2-0 pelo jovem Weigl, numa jogada que ele próprio iniciou na sua grande área, subiu campo acima e chegou frente a Patrício para marcar, sem que qualquer adversário fizesse frente.

No segundo tempo, com os alemães mais fatigados – porque jogaram mais e melhor – Gelson começou por obrigar Burki a uma grande defesa, seguindo-se novo “raid” (55´) de Gelson mas a que Dost rematou forte mas muito ao lado.

Neste período de maior ascendência, o Sporting reduziu para 1-2, quando Bruno César (que entrara minutos antes) a marcar de forma soberba um livre indirecto (66’) na grande área dos alemães, a castigar um atraso do defesa para o guarda-redes, o que deu um pouco mais de alento aos leões que, ainda assim, não souberam aproveitar a quebra nítida do Borússica.

Dost (69’) e Schelotto (75’) tiveram o golo na cabeça e nos pés mas não acertaram no alvo, enquanto Pulisic, num arranque fulminante, levou a bola à trava da baliza de Patrício.

Nem com mais cinco minutos de prolongamento o Sporting conseguiu dar a volta ao resultado – a “cabeça” também já “esquentava” – e a segunda derrota aconteceu por culpa própria, depois de uma primeira parte para esquecer, onde os alemães mandaram na possa da bola (52/48%).

Não estando perdida, de todo, a verdade é que a esperança de passar aos oitavos de final ficou um pouco mais afastada. Mas enquanto há vida existe a esperança.

No Sporting, saliente-se a actuação de Gelson e Patrício, sem dúvida os mais influentes na equipa do Sporting, juntando-se Dost, William e Bruno César, enquanto nos alemães o melhor foi o médio Weigl, bem acompanhado por Aubamenyang, Pulisic e Dembélé.

Um jogo em que o Sporting acabou por bater o recorde de espectadores em termos de jogos europeus, ao atingir a cifra de 46.609. Afinal, um doce amargo.

O árbitro esloveno Skomina Damir, soube tornear as situações mais difíceis – em especial a questão da putativa grande penalidade e na questão da falta de Dost sobre o guardião alemão quando a bola entrou na baliza de Burki – bem como os assistentes Jure Praprotnik e Robert Vukan, deixaram jogar e não criaram problemas, apesar de uma outra decisão menos acertada. Constituição das equipas:

Sporting – Patrício; Schelotto, Coates, Ruben Semedo e Zeegelaar; Gelson, Wiiliam, Elias (Bruno César, 59’) e Markovic (Joel Campbell, 65’), Dost e Ruiz (André, 79’).

Borússia Dortmund – Burki; Ginter (Rode, 70’), Papastathopoulos, Bartra (Piszczek, 67’) e Passalack; Weigl; Pulisic, Kagawe, Gotze e Dembélé; Aubameyang.

Disciplina: amarelo para Passalack (48’), Elias (54’), Schelotto (67’), Rose (77’), Joel Campbell (77’), Bruno César (87’) e Burki (88’),

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