Quinta-feira 02 de Maio de 2024

São Gonçalo iniciou e selou triunfo de Portugal

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® JCMyro / CN

No que foi a primeira e única vitória na fase preparatória que antecede a estreia no Mundial de Futebol (Rússia) – a iniciar de hoje a uma semana – a selecção portuguesa voltou a demonstrar porque é que é campeã da Europa, pese embora a Argélia não tivesse feito um jogo por aí além, mas que foi importante para aumentar os índices da auto-estima.

Bem se pode dizer que a equipa nacional “repetiu o ritual” de acabar em beleza a preparação para o maior evento do futebol mundial, apresentando-se em terras russas com um carisma que não encontrou nos dois jogos anteriores, quando conseguiu apenas dois empates, um deles (Bélgica), depois de ter estado a vencer por 2-0. Mas o mau tempo que vinha de trás (e se instalou no Estádio da Luz porque choveu durante todo o encontro) foi “lavado” por esta chuva abençoada, que desejamos seja um pronúncio positivo para a fase de grupos – para começar – começando com a Espanha no dia 15. Seguindo-se (dia 20) Marrocos) e depois (dia 25) o Irão.

Na Luz só houve, na prática, uma equipa em campo: Portugal. Os argelinos começaram apenas por defender e Rui Patrício, ao longo do jogo, apenas fez duas defesas, a primeira das quais aos 73’. O que demonstra que não “serviu” tão bem a competitividade que se desejaria maior, para obrigar Ronaldo e seus pares a uma maior empenho.

No entanto, a formação lusa que alinhou perante 53.014 espectadores – excelente se considerarmos as condições climatéricas adversas e a qualidade do adversário – desde o apito inicial que sabia o que queria, fez quase tudo bem – com passes rasteiros ou aéreos, ou cruzamentos irrepreensíveis – o que redundou na obtenção de três golos, com um quarto anulado (e bem por braço na bola de Gonçalo Guedes quando dominou a bola para centrar para a baliza) com recurso ao VAR, não valendo o golo que João Mário tinha alcançado.

Antes se cumprir o primeiro minuto de jogo, Bernardo Silva isolou-se pela direita e foi barrado, em falta, quase em cima da linha da grande área. Livre directo para Ronaldo atirar contra a barreira, tenho ganho o canto que não teve efeitos.

O primeiro remate luso à baliza dos argelinos foi aos 6’, com Ronaldo a atirar ao lado mas não tardou para Portugal chegar (16’) ao primeiro golo obtido por Gonçalo Guedes depois de um centro de William, que Bernardo Silva desviou de cabeça para Gonçalo surgir rápido por detrás do defesa e rematar forte e colocado.

Os comandados de Fernando Santos aproveitaram para embalar “mais depressa” na procura do golo de “descanso”, que não conseguiram no imediato porque os argelinos avançaram um pouco no campo, o que não foi impeditivo de (37’) de Bruno Fernandes atingir o objectivo ao fazer um golo de excelente recorte técnico, depois de Ronaldo central para o meio da pequena área e Bruno ter entrado de rompante e cabeceando uma bola que o defesa não conseguiu parar na viagem desde os pés do capitão Ronaldo, chegando ao 2-0 merecido.

No início da segunda parte, Portugal voltou a criar perigo mas a não rematar para a baliza, com Ronaldo a ser o interventor das jogadas de maior perigo, mas que não resultaram em golos.

Gonçalo Guedes – ou o São Gonçalo – resolver a contenda (55’) quando obteve o terceiro golo (segundo da sua autoria) no seguimento de um centro milimétrico, a meia altura, que foi directamente para a cabeça de Guedes que a reenviou para dentro da baliza, cumprindo o segundo golo para a sua conta “pessoal” e descansando os portugueses, que foram uns apoiantes a sério, qualquer que fosse a cor da roupa que vestiam.

Para a estatística fica ainda o facto de Cristiano Ronaldo ter chegado aos 150 jogos pela selecção A e mantendo os 81 golos, porque ficou em branco.

Portugal terminou o jogo sempre com um maior pendor atacante e ante uma enorme salva de palmas, que mereceu inteiramente. Agora é preciso acreditar que é possível chegar ao top dois (final).

O árbitro inglês Craig Pawson não teve problemas de maior, os assistentes estiveram sempre atentos e bem, pelo que foi uma partida bem jogada por Portugal, em especial, ante uma aguerrida formação argelina que podia fazer muito mais face à superioridade lusa.

As equipas alinharam:

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© JCMyro / CN

Portugal – Rui Patrício; Cédric, Pepe, Bruno Alves (José Fonte, 57’) e Raphael Guerreiro; William Carvalho (Quaresma, 64’) e João Moutinho (João Mário, 75’); Bernardo Silva (Adrien, 66’), Bruno Fernandes e Gonçalo Guedes; Cristiano Ronaldo (André Silva, 74’).

Argélia – Salhi; Ferhat, Mandi, Medjani (Bounedjah, 71’), Benmoussa e Bensebaini; Boukhanchouche (Benkhemassa, 57’) e Bentaleb; Mahrez, Slimani (Soudani, 86’) e Brahimi.

Amarelos para Bensebaini (38’) e Boukhandchouche (46’)

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