Sexta-feira 26 de Abril de 2024

“Hat Trick” de Ronaldo colocou Portugal na final da Liga das Nações

Victor Sousa/ CN

Victor Sousa/ CN

Bem se pode dizer que o “hat trick” de Cristiano Ronaldo foi o principal facto de todo o jogo em que Portugal venceu a Suíça (3-1), com a felicidade de ter sido na data em que se comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente, com as estrelas do céu a cintilar a favor dos portugueses – os que estão no céu e também aos milhares que assistiram ao vivo no Estádio das Antas.

De uma forma genérica, como foi possível observar, a partida foi algo “pobre” para a formação lusa, que só se “iluminou” porque até os Deuses estiveram com Ronaldo ou, visto de outro ângulo, Ronaldo esteve no sítio certo para marcar os três golos.

Isto porque – é da estatística feita pela Federação Portuguesa de Futebol – Portugal fez 10 remates contra 13 dos suíços, em termos globais; nos remates à baliza, Portugal fez 3 e os suíços 4; nas oportunidades de golo, Portugal teve 5 e os suíços 3, o que dá a primazia para os visitantes.

Para contrariar estes números, Ronaldo marcou 3 golos (teve mais dois remates que também podiam ter dado golo mas a bola seguiu outro caminho) e ganhou o jogo, afinal o que todos os portugueses desejavam.

Jogar pouco ou mal, nada interessa porque o importante é sempre marcar mais um golo que o adversário.

Ainda assim, importa também dar um ar da sua graça de campeão europeu, se bem que se saiba que nem todos os jogos podem correr de feição, independentemente de se jogue bem ou não, se seja sofrível ou “sofredor”.

De início, os suíços começaram a demonstrar porque chegaram às meias-finais, com maior posse de bola, passes mais assertivos, criando mais perigo junto da área de Rui Patrício, demonstrando um melhor “afinamento” nas linhas de passe, que acabaram por falhar no último terço do campo (junto à baliza de Patrício).

Ainda assim e mercê de um erro da defesa helvética, Ronaldo (11’) isolou-se mas atirou ao lado, depois de um passe de Bernardo Silva, no que foi imitado por Seferovic (13’) que rematou a rasar o poste da baliza à guarda de Patrício.

Crescendo um pouco – porque os suíços quebraram um pouco o ritmo – Portugal chegou ao 1-0 (25’) na marcação de um livre, de fora da grande área, com um tiraço do capitão português, que levou a bola a sobrevoar uma barreira defensiva algo desalinhada e onde, estrategicamente, estava William, que se baixou e deixou seguir a bola, enganando o guarda-redes, também algo surpreso pelo remate de Ronaldo.

Os suíços regressaram à frente da “batalha”, conquistaram três cantos de seguida, mas nada resultou, numa altura em que se questionava o papel de João Félix e Bruno Fernandes, muito apagados até aí (e até serem substituídos). Se não se questiona a entrada de Fernandes (até foi o melhor jogador da Liga Portugal), ficou-se na dúvida se Félix entrou apenas para servir como “cartaz”. Um e outro não provaram nada.

Seferovic (42’), no seguimento de uma jogada com raiz quadrada, rematou forte na zona frontal da baliza de Patrício mas a bola subiu um pouco mais e foi bater na parte de cima da barra, com o guardião nacional batido.

Antes de se chegar ao intervalo, João Félix ainda surgiu isolado (a passe de Ronaldo) na grande área suíça mas não conseguiu rematar.

No segundo tempo, numa bola disputada na grande área portuguesa, Nélson Semedo (52’) toca num atacante suíço e o árbitro manda seguir o jogo.

Portugal ensaiou um contra-ataque e a bola vai até João Félix que também é tocado por um defesa suíço e o árbitro assinalou grande penalidade a favor de Portugal. Há protestos dos suíços, o árbitro vai ao VAR e volta atrás para assinalar a grande penalidade contra Portugal – ficando sem efeito o castigo máximo sobre Félix – que Ricardo Rodriguez transformou no empate, ao enviar a bola com força, por baixo do corpo do guardião português.

1ª Semifinal  Portugal x Suiça, em Porto, no Estádio do Dragão

Victor Sousa / CN

1ª Semifinal  Portugal x Suiça, em Porto, no Estádio do Dragão

Victor Sousa / CN

1ª Semifinal  Portugal x Suiça, em Porto, no Estádio do Dragão

Victor Sousa / CN

1ª Semifinal  Portugal x Suiça, em Porto, no Estádio do Dragão

Victor Sousa / CN

1ª Semifinal  Portugal x Suiça, em Porto, no Estádio do Dragão

Victor Sousa / CN

1ª Semifinal  Portugal x Suiça, em Porto, no Estádio do Dragão

Victor Sousa / CN

Logo de seguida, ao cair (63’) sem “rede” na relva, dentro da pequena área suíça, Pepe ficou lesionado e foi obrigado a sair, enquanto os suíços começaram a jogar na retenção da bola, quiçá a “preparar-se” para o prolongamento.

Ainda que Portugal continuasse lento de movimentos ofensivos, os suíços remeteram-se a uma defesa quase cerrada a partir dos 70 minutos, o que deu para não acontecer nada.

Sem que se esperasse, Bernardo Silva isolou-se, entrou na pequena área dos suíços e, sem ângulo, atrasou para quem viesse atrás que, quis Deus, fosse Ronaldo, que atirou (88’) para o 2-1 sem hipóteses de defesa por parte do guardião suíço, fazendo entrar a bola pela nesga entre ele e o poste.

Cristiano Ronaldo resolveu, uma vez mais, a presença de Portugal numa final de uma competição europeia, da qual esteve ausente em mais de metade dos jogos. Não importa. O trabalho de equipa foi feito. Era preciso ganhar e ganhou-se!

Dois minutos depois (90’), a bola fica perdida no meio campo suíço, onde surgiu Ronaldo a dominar, fintar um defesa e rematar tenso e cruzado para o segundo poste (o guardião suíço estava junto ao primeiro, a cobrir o ângulo), cobrando o 3-1 final.

Pouco depois, o final do jogo e Portugal na final da primeira edição da Liga das Nações para defrontar, no domingo, o vencedor do jogo a disputar (esta quinta-feira) entre a Holanda e a Inglaterra, no Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães.

Sob a direcção do trio alemão composto pelo árbitro Felix Brynch e dos árbitros assistentes Mark Borsch e Stefan Lupp, as duas formações alinharam, de início, da seguinte forma:

Portugal – Rui Patrício; Nélson Semedo, Pepe, Rúben Dias e Raphael Guerreiro; Rúben Neves, William e Bruno Fernandes; João Félix, Bernardo Silva e Ronaldo.

Pepe (lesionado) foi substituído por Fontes (63’), João Félix saiu por troca com Gonçalo Guedes (70’) e Bruno Fernandes também saiu mais cedo tendo entrado João Moutinho (90+ 1’).

Suiça – Sommer; Mbabu, Akanji, Schar e Rodriguez; Freuler, Shaka e Shaqiri; Fernandez, Seferovic e Zuber.

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