Quarta-feira 08 de Maio de 2024

Federação de Futebol criou fundo de apoio de quase seis milhões de euros para apoio a associações e clubes

FPF-FernandoGomes-10-04-2020

DR / FPF

De acordo com a notícia veiculada no seu site, a Federação Portuguesa de Futebol deliberou “após um diálogo construtivo com os sócios da FPF, acrescentar ao milhão de euros disponibilizado anteriormente um novo fundo, de 4,7 milhões de euros, para auxiliar associações e clubes”, o que confirma a liderança, no panorama desportivo nacional, da equipa coordenada por Fernando Gomes, que continua a marcar pontos no tempo de crise que o país vive depois que o Covid-19 se abateu sobre a Humanidade, para o caso nacional no que ao futebol sénior (masculino e feminino) não-profissional respeita, incluindo-se ainda o Futsal.

“Fazemo-lo” – continua a informação publicada – “com a clara consciência de que não resolveremos todos os problemas que enfrentamos, mas também dando um claro sinal de que esta é uma batalha que travaremos em conjunto e de que é urgente cumprir os compromissos com treinadores e jogadores.”

De acordo com as regras de acesso, publicadas 24 horas após a decisão, os clubes do Campeonato de Portugal terão direito a um total de 27.940 € (correspondente a dois meses – Maio e Junho – e pagos em duas vezes); aos da Liga Feminina BPI são atribuídos os mesmos valores; aos da Liga Placard (Futsal masculino) um máximo de 19.050 € e aos da Liga feminina também o mesmo montante; aos clubes da II Divisão de Futebol (Feminino) o montante de 6.350 € e aos da competição masculina o valor de 5.000 €.

Valores que serão devolvidos à Federação no prazo de quatro anos, na forma prevista no regulamento, também divulgado no site da FPF.

“A FPF reforçará também a sua participação no Fundo de Garantia Salarial e manterá com o Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol e a Associação Nacional de Treinadores de Futebol a monitorização permanente da situação dos jogadores que competem nas provas nacionais não-profissionais seniores e dos treinadores que exercem actividade nestas competições”, pode ler-se no referido documento.

Fernando Gomes, Presidente da FPF, explicou o alcance da medida ao referir que “desde o início da pandemia que temos procurado ajudar quer a sociedade civil quer a família do futebol. Tendo como primeira prioridade a saúde e a segurança, sabemos que temos o dever e a obrigação estatutárias de ajudar as nossas associações e clubes a encontrarem soluções financeiras para estes tempos tão complicados”.

Para Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato de Jogadores, que se congratulou com a intervenção social da FPF, assinalou que “o Campeonato de Portugal é uma competição que tem vivido acima das suas possibilidades. Há muita precariedade e desresponsabilização. A decisão do cancelamento da competição era inevitável. O que pedimos ao Presidente da Federação é que não deixasse ninguém à sua sorte, dependente dos dirigentes e da situação económica dos clubes, que em muitos casos, é muito grave. A prioridade devem ser os jogadores, as equipas técnicas e os funcionários.”

fpf cidade futebolJosé Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol, aplaudiu a iniciativa da FPF e assinalou tratar-se de “uma diligência que se encaixa no pacote de medidas que a Federação tem vindo a implementar para fazer face às dificuldades que decorrem da situação em que vivemos. A FPF está atenta aos problemas que têm surgido e procura soluções para os resolver, ou pelo menos, atenuar. Este fundo salvaguarda alguns clubes, que terão mais dificuldades em cumprir as suas obrigações e, assim sendo, salvaguarda também todos os seus funcionários, incluindo treinadores”.

A FPF também já tinha tomado a medida de suspender as custas e multas dos processos disciplinares para aliviar a tesouraria dos clubes nesta situação de emergência provocada pela pandemia COVID-19.

Decisões que surgem no seguimento da Direcção da FPF ter decidido, dias antes, dar por concluídas as provas nacionais não-profissionais.

Mais do que lhe compete no âmbito da concessão do Estatuto de Utilidade Pública Desportiva – atribuído pelo Estado – a FPF marca uma posição colectiva de relevo, numa altura em que outros parecem não ver a mesma realidade e actuar, como ora foi concretizado.

 

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