Domingo 28 de Abril de 2024

Selecção A de Futebol de Portugal e staff contribui com um milhão de euros para fundo de apoio aos clubes portugueses

fpf cidade futebolOs jogadores da Selecção A, a equipa técnica, os dirigentes de topo da Federação Portuguesa de Futebol e o staff da equipa nacional decidiram ceder metade do prémio de qualificação para o Euro’2020 ao fundo criado para auxiliar o futebol amador, montante que ronda um milhão de euros.

A verba – segundo a notícia veiculada pelo site da FPF – reforçará o Fundo de Apoio às Competições criado pela FPF e que prevê a distribuição de 4,7 milhões de euros às Associações Distritais e clubes de futebol não profissional, para que jogadores e treinadores possam ser apoiados até ao final da época 2019/20, decisão pública anteriormente assumida pelo executivo federativo.

Numa mensagem dirigida aos futebolistas que actuam nas competições organizadas pela FPF é sublinhada a responsabilidade de ajudar os colegas destas provas que, por via do não profissionalismo, sentem um impacto ainda maior da pandemia COVID-19 nas suas vidas.

A Selecção nacional reitera ainda a vontade de continuar a ajudar, quer individualmente quer colectivamente, os portugueses afectados pela pandemia COVID-19.

“Se acreditamos fortemente que a solidariedade se pratica e não se exibe – refere-se na declaração assumida por todos os intervenientes – também considerámos importante dar um sinal público de que os jogadores da Seleção Nacional têm nos seus pensamentos em todos aqueles que, fazendo parte da família do futebol, sentiram um maior impacto da pandemia COVID-19 nas suas vidas pessoais e familiares”.

Adianta ainda a mensagem que “se partilhamos as mesmas inquietações em relação à saúde pública e segurança de todos os que nos rodeiam; se sentirmos a mesma vontade de regressar aos relvados, também é verdade que estamos conscientes que o futebol nos proporcionou condições de vos podermos ajudar a superar os obstáculos com que se confrontam diariamente, ao mesmo tempo que contribuímos, esperamos, para os vossos futuros sucessos”.

“Decidimos igualmente – refere também a mensagem – que não esquecemos os nossos próprios trajectos e todos os que generosamente nos ajudaram a singrar nas nossas carreiras, que estes valores serão agregados ao fundo de apoio já criado pela FPF destinado principalmente aos jogadores dos clubes de competições não profissionais”.

A missiva termina com todos os elementos a “endereçar uma palavra sentida de conforto a todos os atingidos por esta pandemia e garantindo que, quer individualmente quer em equipa, tudo continuaremos a fazer para apoiar o nosso País nesta hora tão decisiva. Estamos juntos. Somos todos Portugal”.

Esta posição da Federação Portuguesa de Futebol volta a demonstrar que está a praticar o “serviço público” que lhe compete, até por força do que está regulamentado no Estatuto de Utilidade Pública que outorgou com o governo de Portugal.

Em contra linha, mantêm-se a Liga Portugal (que coordena o quadro da competição profissional) que teima em tentar seguir “a solo” – para daí retirar possíveis dividendos – se bem que o “tiro tenha voltado a sair pela culatra”.

O exemplo mais flagrante – segundo o jornal Record desta segunda-feira – é a Liga ter enviado, directamente, correspondência à Secretaria de Estado da Juventude Desporto sem antes ter consultado a Federação Portuguesa de Futebol, com Fernando Gomes, presidente federativo, a ficar com as “orelhas a arder”, por um lado por ter tido conhecimento do assunto por via dos serviços da citada Secretaria de Estado e, por outro, porque o tema respeita a todo o futebol nacional e não apenas ao profissional.

Num mar em “revolta” (devido ao Covid-19) há sempre alguém que tenta chegar primeiro ao “pote”.

Olvidar qual o caminho ético e de integridade global a seguir sem dúvida que não dá resultados tão positivos, para não dizer pouco positivos ou mesmo negativos.

Mas … há mar e mar, há ir e voltar!

 

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