Quinta-feira 28 de Março de 2024

Miguel Oliveira a viver um 2020 em “voo picado” para as …estrelas, depois de vencer o GP de Portugal

miguel oliveira aip 2020 1 lugar Por muito tempo que passe, Miguel Oliveira ficou para sempre na história de Portugal por ter sido não só o primeiro piloto luso que venceu um Moto GP no país, no palco propiciado pelo Autódromo Internacional do Algarve como também, com isso, ser o recordista do circuito, neste baptismo nacional, ainda que sem público.

Depois de ter ganho a ”pool position” na qualificação para a final, o que o levou a sair do primeiro lugar da grelha de partida, Miguel já levava na “bagagem” o recorde da volta mais rápida ao circuito algarvio, que fez em 1.38,892 e que se manteve após a decisiva prova final, que venceu com todo o mérito e com uma vantagem nítida sobre o segundo classificado, o que foi pouco habitual no circuito deste ano, ainda que em situação de pandemia.

miguel oliveira almada ginjal

DR

Na final deste domingo, não houve “ventos” que o preocupassem, não havia público que o aplaudisse, mas havia, isso sim, uma força interior enorme, que ajudou a “encher” os pulmões de ar metro a metro e ganhar sempre mais “gás” aos 22 que o perseguiram.

Com a moto sempre no caminho certo, Miguel Oliveira ofereceu ao desporto português a maior dádiva do ano de 2020, independentemente da modalidade, porquanto correr durante quarenta e um minutos, 48 segundos e mais alguns milésimos, a uma velocidade de mais de 200 km/hora, é obra hercúlea e mostrou que sabe o que fez e com mestria.

Desde o sinal de partida que Miguel se manteve sempre na frente, aumentando o avanço metro a metro, sem deixar que o “picassem” demasiado e mantendo uma cadência de velocidade que mais nenhum ousou fazê-lo.

Um brilhantismo com que todo o país regozijou o motociclista luso, que prestigia a modalidade e Portugal, numa organização quase perfeita. É o que se costuma dizer: uma vitória que vale vários triunfos.

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DR / CN

Miguel Oliveira (Red Bull KTM Tech3) completou o percurso em 41.48,163 m, à média de 164,7 km/h, deixando o segundo classificado, o austríaco Jack Miller (Ducati) a 3,193 segundos, com o italiano Franco Morbidelli (Yamaha SRT) a fechar o pódio, a 3,298 segundos.

O espanhol Pol Espargaro (Red Bull KTM) foi 4º, a 12,626 segundos e o japonês Takaaki Nakagina (Honda Idemitsu) fechou em 5º, a 13,318 segundos.

O campeão mundial – o espanhol Joan Mir (Suzuki) – desistiu à 10ª volta, enquanto o sul-africano Brad Binter (Red Bull KTM), terminou à 23ª volta, ainda assim conquistando o troféu do Melhor “Rookie” do ano.

Na classificação geral, Miguel Oliveira somou mais 25 pontos mas apenas conseguiu subir um posto, acabando num extraordinário 9º posto, entre tantas “feras”, somando 125 pontos, numa altura em que vai passar para a equipa principal da KTM a partir deste domingo.

O espanhol Joan Mir, como se referiu, é campeão de 2020, com um total de 171 pontos, à frente do italiano Franco Morbidelli (158) e do espanhol Alex Rins Suzuki), com 135 pontos, os mesmos que o espanhol Pol Espargaro (KTM).

O também espanhol Maverick Viñales (Yamaha) foi 4º (132), os mesmos pontos que o austríaco Jack Miller (Ducati), seguindo-se o italiano Fabio Quartararo (Yamaha), com 127 e o português Miguel Oliveira (KTM Tech3), com 125, fechando os dez primeiros o japonês Takaaki Nakagina (Honda), com 116, dos 23 que conseguiram pontuar ao longo de 2020.

mapa 1 miguel oliveiraUma longa jornada, vários percalços, mas o desporto, para o caso o Motociclismo, venceu. E Portugal também.

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