Segunda-feira 18 de Abril de 4439

Como se pode “Dar uma hipótese à paz” face ao que a Rússia tem vindo a fazer nos dias de hoje?

COI-ThomasBach-Ucrania-Russia-15-03-2022Numa comunicação do Presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, distribuída em termos internacionais e divulgada pelo Comité Olímpico de Portugal, é salientado “Dar uma hipótese à paz”.

O Presidente do Comité Olímpico Internacional, endereçou uma comunicação em que apela para que a paz seja o caminho do mundo. Relembra que “dar uma hipótese à paz” foi um dos seus pedidos na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022 e que desejou que os líderes mundiais se inspirassem no “exemplo de solidariedade e de paz” que tinha sido dado pelos atletas durante toda a competição.

A quebra da Trégua Olímpica, condenada por todo o Movimento Olímpico, a realocação de eventos desportivos planeados para a Rússia ou Bielorrússia e a proibição de símbolos nacionais destes dois países foram as acções tomadas pelo COI de forma a “demonstrar a solidariedade com o povo ucraniano”.

Bach relembra que o COI não pode perder os seus valores e que a invasão “reforçou o comprometimento com os valores de paz, solidariedade e não-discriminação no desporto”.

Na mesma comunicação divulgada pelo COP, refere-se ainda que “Se os Jogos Olímpicos prosperarem podem tornar-se um factor essencial para a manutenção da paz universal”, frase de Pierre de Coubertin, fundador do Movimento Olímpico, que foi também recordada por Bach para destacar o poder do desporto e do Olimpismo enquanto fonte de inspiração para a paz e para o entendimento.

O Presidente do COI terminou com um apelo para que as instituições desportivas mundiais protejam a “integridade, justiça e segurança das competições”.

Palavras graciosas, atentas, a considerar. Mas a que preço?

Toda a gente se esqueceu (ou esquece) dos tempos em que a URSS – e os países que nela se reviam – promovia as actividades desportivas como factor de superioridade mundial através de meios (físicos e sociais) pouco ortodoxos, situação que o actual presidente da Federação Russa parece querer ressurgir ao invadir a Ucrânia.

Também todos se esquecem do programa de promoção da dopagem nos desportistas, o que levou a Agência Mundial Antidopagem a sancionar muitos dos atletas originários do bloco russo.

Tudo isto – o que não é pouco – a juntar à quebra da Trégua Olímpica em tempo recente, numa altura em que, como o presidente russo divulgou nos últimos dias, de que o pensamento de invadir a Ucrânia já vinha do tempo em que Trump era presidente dos Estados Unidos da América.

Afinal, falamos de quê? Quem acredita que, alguma vez, Putin terá a veia democrática para aceitar cumprir seja o que for?

Só depois de ter todo o terreno para voltar a reunir a URSS, o Império Soviético de outrora, para dominar o Mundo.

 

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