Quinta-feira 28 de Março de 2024

Brasil comemorou, neste 7 de Setembro, 200 anos da Independência de Portugal

200 anos brasilUma data comum a outros eventos de impacte na história de Portugal e do país irmão, porquanto, reza a história, no dia 7 de Setembro de 1822, D. Pedro I, exilado no Brasil, deu o estridente grito do “Ipiranga”, que acabou por selar a independência de um novo país na América do Sul, falando a mesma língua de Camões.

Com a presença do Presidente da Républica, Marcelo Rebelo de Sousa, as cerimónias com maior significado tiveram lugar em solo brasileiro – aliás na companhia do coração de D. Pedro I, que viajou de Portugal para o efeito – mas que não deixam de recordar outras datas significativas na História de Portugal neste mesmo dia.

Início das Comemorações do Bicentenário da Independência do

Miguel Figueiredo Lopes/Presidência da República

Como, por exemplo, os 450 anos da publicação de “Os Lusíadas”, o centenário da primeira travessia aérea do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral e os 50 anos da comemoração do ano da Dupla Nacionalidade entre portugueses e brasileiros.

E foi também há 50 anos (1972) que os Jogos Luso Brasileiros se realizaram, pela primeira vez, em três palcos do então território nacional: Angola, Moçambique e a Metrópole (Portugal Continental), no que foi a quinta edição deste evento de largo espectro sócio desportivo.

Revendo, resumidamente, os actos descritos, há que recordar – e acrescentar – ainda o então jovem Professor Universitário, hoje Doutorado e Filósofo da mais fina estirpe, como é o caso de Manuel Sérgio, que teve oportunidade, no quadro do quarto centenário (1972) da publicação dos Lusíadas, de elaborar um poema em que realça os “homens do desporto” dos dois países.

Poema que foi escrito e publicado precisamente no Programa Desportivo dos V Jogos Desportivos Luso-Brasileiros (1972), e que reza assim:

“É num poema

Que melhor vos podemos receber

Num poema

Que os nossos dois povos andam a reler

Somos homens do desporto

Que se encontram (vós e nós)

Caravelas que divisam o porto

Rio marulhante que descobre a foz

Em nossas almas palpitam velas

Nossos gestos acordam sulcos cicatrizes

Por nós Portugal e Brasil cobrem de estrelas

O silêncio nocturno das raízes

Somos homens do desporto (vós e nós)

De sonhos e de História povoados

Abraçando-nos ergamos a voz

Sobre o mesmo futuro debruçados

E que o amplexo trocado seja um laço

A cingir as duas Pátrias irmãs

Seja ele o espaço

Da imensa aleluia das manhãs.”

Além do mais, recorda-se ainda que o Dia Mundial do Fair Play também se comemorou neste 7 de Setembro, lembrando que “o Fair Play é o princípio fundamental que inspira o comportamento do homem honesto no desporto e em todas as circunstâncias da vida”.

Que se medite seriamente sobre esta problemática, a que foram acoplados, posteriormente, outros vectores como a ética, a transparência e a integridade.

Mas nem assim o Desporto Português aprende e evoluia. Como se desejaria!

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