Trinta e seis anos depois do último, a Argentina conquistou o terceiro título mundial de futebol ao vencer a França (4-2 nas grandes penalidades), num Lusail Stadium que vibrou de princípio a fim, com os argentinos a ganharem quase todos os prémios individuais também.
Numa partida que teve duas partes distintas, ainda que se tivesse comprovado que os argentinos lideraram sempre, até porque Messi e companhia começaram da melhor forma, obtendo dois golos nos primeiros quarenta e cinco minutos, uma vantagem folgada, mas não imperativa quanto ao resultado.
Messi (de grande penalidade) abriu o activo (23’), tendo Di Maria chegado ao 2-0 (36’), o que poderia pressupor mais calma para o segundo tempo, apesar de se prever uma reacção em força por parte dos franceses, que não conseguiram marcar no tempo inicial.
Para tentar dar a volta ao jogo, o seleccionador francês fez duas substituições que, ao fim e ao cabo, não tiveram o impacte que se esperava, até porque, apesar de algumas oportunidades, a bola continuou a não entrar na baliza dos argentinos, também por força da excelente exibição do guardião Martinez, aliás como se verificou em relação ao guardião francês.
Só a dez minutos do tempo regulamentar é que o encontro começou a mudar de figura, especialmente quando MBappé começou a acertar com a baliza, primeiro (80’) ao fazer o 2-1 e, logo a seguir (81’) chegar ao empate (2-2) num remate cruzado, após uma assistência primorosa, resultado com que terminou a partida, a caminho do prolongamento regulamentar.
Neste período, a Argentina voltou ao comando do marcador, com mais um golo de Messi (108’), tendo sido preciso esperar mais dez minutos (118’) para MBappé voltar a acertar na baliza e fazer o 3-3 – um hat trick – que acabou por ser o resultado que abriu a terceira fase: a das grandes penalidades.
No decorrer deste tempo, a Argentina rematou mais (20-10, dos quais 10-5 para a baliza), numa posse de bola de 54/46%, se bem que a França teve vantagem no menor número de passes (532) o que, teoricamente daria mais vantagem porque levou a bola mais depressa à baliza contrária, ainda que não tivesse correspondido ao desejado, tendo a Argentina precisado de 635 passes para concretizar o empate no final do prolongamento.
Nas grandes penalidades, a Argentina foi mais feliz, com maior concentração e conseguiu, finalmente, dar a volta final ao jogo, falhando apenas um pontapé contra 3 dos franceses.
Messi, como se esperava, foi considerado o melhor jogador deste Mundial, enquanto Emiliano Martinez foi designado como o melhor guarda-redes e Enzo Fernández o melhor jogador jovem. MBappé ganhou a bota de ouro (8 golos) mais um que Messi, ficando na terceira posição o argentino Álvarez e o francês Giroud, ambos com quatro.
Portugal também ficou em lugar de destaque na lista dos melhores marcadores, com Gonçalo Ramos a figurar no grupo do 5º lugar (3 golos).
Terminada a grande festa no Qatar, a Argentina rumou para cada para uma nova festa na chegada.