Sábado 29 de Abril de 5426

Benfica arrumou AVS e rumou à final four da Allianz Cup

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Apesar de ter vencido o AVS-SAD por um expressivo 4-1, o Benfica apenas na segunda parte – e a espaços – demonstrou que pode ter categoria internacional, mas frente aos avenses não correu muito bem em termos estéticos, de classe, de campeão, em especial na primeira parte.

Ainda assim, esteve à beira de marcar (primeiro minuto) quando João Mário, na zona frontal da grande área, rematou à meia-volta e obrigou Pedro Trigueiro a voar para desviar a bola para canto.

No segundo remate (7’), a bola foi à figura do guardião do AVS.

Com a estratégia estudada, o AVS soube contrariar outras jogadas que poderiam criar perigo, fazendo um alerta que estava por tudo para se apurar, mas as meias-finais da Allianz Cup, o que, frente ao Benfica, não seria nada fácil. Como se viu!

À passagem pelo décimo minuto, os visitantes levaram a bila às mãos de Trubin e, de seguida (13’), foi Kokçu, a cerca de 40 metros da baliza, fazer um “pontapé canhão” porque quase derrubava a barra da baliza, que estremeceu por todo o lado, jogador que repetiu a dose na jogada seguinte, mas com a bola a sair a rasar o poste da baliza de Trubin.

Foi, aliás, o AVS que se colocou na frente do marcador (21’), num rápido contra-ataque, com a bola a ser “sacada” ao jovem João Neves, surgindo J. Mercado a rematar forte, por cima de Trubin e anichar o esférico na “conchinha” da rede da baliza, quando este saía para tentar fechar o ângulo de remate, o que não conseguiu.

Nesta fase, o AVS tomou conta do campo, isto porque os jogadores do Benfica fizeram mais jogo individual do que coletivo e não progrediam, perdendo tempo, apresentavam também alguma desconcentração, o que se virou pouco depois (31’) quando Di Maria, lançado por Rafa, antes de enviar para o argentino, que rematou forte para o canto contrário da baliza da zona onde se encontrava, não tendo o guarda-redes do AVS conseguido chegar à bola, chegando-se ao empate.

O Benfica despertou, podia ter feito o segundo golo (36’) mas o guardião visitante ainda foi a tempo de aliviar o esférico, pré-anunciando-se que os encarnados não tardariam avançar no marcador, porquanto o AVS dava sinais de algum cansaço, porque sempre atrás da bola.

Pelo que não foi surpresa ver chegar-se ao 2-1 (44’) quando João Mário foi mais lesto que o defesa que o cobria e rematou pela certa, parecendo ter encontrado o caminho que o levaria às meias-finais da Allianz Cup.

Face a esta vantagem, ainda que mínima, aguardava-se que a formação vestida de vermelho entrasse para o segundo tempo com outro olhar e mostrar mais e melhor futebol.

No entanto, o primeiro perigo foi causado pelo AVS, quando (48’) a equipa meteu a bola na baliza à guarda de Trubin, depois de uma jogada rápida, mas que foi de imediato anulado pelo arbitro assistente, que assinalou fora de jogo (nítido) ao jogador do AVS.

A nota mais saliente foi o do técnico do Benfica, Roger Schmidt, fazer três substituições aos 59’ – quando até só as fazia a partir dos 70’ – tirando, de uma só vez, João Mário e Rafa, entrando Gonçalo Guedes, Arthur e Tiago Gouveia, o que podia ser considerado como um “pau de dois bicos”: ou melhorava, ou piorava.

Mas acabou por ser benéfico, porquanto (65’) o Benfica chegou aos 3-1, com um golo obtido por Tiago Gouveia – o jovem que tinha entrado há cinco minutos – que recebeu a bola de Kokçu, isolou-se e quando Pedro Trigueiros saiu para tentar fechar os caminhos, levou com a bola por cima da cabeça, em forma de chapéu.

Com o AVS a perder genica, o Benfica aproveitou e elevou (67’) para 4-1, quando Antony Correia -fez um autogolo, ao desviar a bola atirada do lado direito para dentro da pequena área, traindo o seu guarda-redes, que nada pode fazer.

Ainda assim, o AVS não baixou os braços e podia ter reduzido a diferença à passagem pelos 72’, enquanto Tiago Gouveia teve oportunidade (73’) de fazer o 5-1, mas a bola saiu a rasar o poste.

O mais caricato aconteceu (76’), quando Gonçalo Guedes, a passe de Tiago Gouveia, surgiu isolado na frente ao guardião Pedro Trigueiros, tendo preferido fazer mais uma finta, porventura, para entrar com a bola pela baliza dentro, mas a verdade é que falhou um golo certo quando tinha a baliza toda escancarada.

O Benfica acabou por dominar nas principais estatísticas, com 16-10 em remates (dos quais 5-4 para a baliza), numa posse de bola de 55/45%.

Com este triunfo, o Benfica venceu o grupo B e vai defrontar o Estoril numa das duas meias-finais, enquanto o vencedor do grupo A (Casa Pia ou Sporting de Braga, que sairá do jogo a realizar esta sexta-feira), defrontará o vencedor do grupo C (Tondela ou Sporting, que ter´~a lugar no sábado).

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