Jaime Faria, o lisboeta de 21 anos, precisou de 2h25 horas para poder abrir as portas do All England Club, após os parciais de 7-5, 4-6, 6-3 e 6-2 diante do francês Kyrian Jacquet, 151º da hierarquia ATP que vencera Nuno Borges no quadro de Roland Garros.
Curiosamente o primeiro Grand Slam em que o 117º mundial entrou diretamente na prova maior.
Autor de 13 ases, o tenista fez do serviço a sua habitual arma mais forte, com 90 pontos ganhos e criou 15 oportunidades de quebrar o serviço ao gaulês, sendo bem-sucedido em seis delas, enquanto o adversário ganhou três breakpoints. Jaime Faria registou ainda 48 winners, mais do que Jacquet, compensando os 47 erros não forçados.
Ajoelhado na relva do court 12 do Complexo Universitário de Roehampton, Jaime Faria celebrou a vitória consumada ao quinto match point com um winner de direita e a consequente entrada no quadro principal de Wimbledon, o terceiro Grand Slam da temporada e também o da carreira do número dois nacional.
Jaime Faria será, assim, o terceiro português a disputar o quadro principal de Wimbledon, este ano, pois Nuno Borges teve entrada principal no quadro de singulares e no de pares, no qual Francisco Cabral também vai competir.
Matilde Jorge recebeu Heart Award e doou prémio aos Bombeiros de Guimarães
Com 64% dos votos, Matilde Jorge foi a tenista eleita do Grupo 1 da zona Europa/África da Billie Jean King Cup para receber o Heart Award. Recorde-se que a atual número um nacional foi uma das jogadoras da Seleção Nacional feminina que conduziu Portugal aos Play-Offs de acesso aos Qualifiers de 2026, pela segunda vez na história do ténis nacional.
A vimaranense ganhou quatro dos cinco encontros de singulares e um de pares na eliminatória de abril último. Depois de superar a Letónia e a Áustria na fase de grupos, Matilde e as demais comandadas de Neuza Silva – Francisca Jorge, Angelina Voloshchuk e Inês Murta – garantiram a vitória levando a melhor sobre a Eslovénia na ronda de promoção.
“Estou muito contente por receber este prémio. Jogar com a bandeira do meu país ao peito faz com que o meu coração bata ainda mais rápido”, declarou a internacional lusa, de 21 anos, que se tornou na primeira portuguesa a integrar a lista de galardoadas com este prémio.
“É um privilégio jogar pelo meu país, especialmente ao lado das minhas colegas de equipa, que ajudam a tornar tudo mais empolgante. Sinto-me muito orgulhosa por ser portuguesa e o espírito que mostramos dentro e fora de court é o que me motiva a ir mais longe nos momentos decisivos”, acrescentou Matilde.
Este galardão foi acompanhado de dois mil dólares que as eleitas doam a instituições. Matilde Jorge escolheu os Bombeiros Voluntários de Guimarães. “Há muitas instituições de beneficência que me vieram à mente, mas decidi doar o prémio a uma da minha cidade natal, os Bombeiros Voluntários de Guimarães. Admiro verdadeiramente a sua coragem e entrega na hora de ajudar o próximo quando é necessário e de forma voluntária. É preciso ter coração para sair e salvar pessoas, pondo a própria vida em risco. E isso é o que fazem melhor”, rematou a tenista portuguesa.