Um dia após fazer história nos singulares, tornando-se no primeiro tenista nacional a, pelo menos, chegar à terceira ronda dos quatro Grand Slam, nos pares, Nuno Borges repetiu a segunda ronda de 2022, desta feita com o norte-americano Marcos Giron, tal como o maiato especialista de singulares, não obstante Borges também ter chegado aos quartos de final do Open da Austrália, em janeiro passado, com Francisco Cabral por parceiro, amigo com o qual conquistou o título ATP 250 no Estoril em 2022.
O tenista luso e o norte-americano superaram, em 1h31 horas, os neerlandeses Robin Haase (75.º em pares) e Jean-Julien Rojer (ex-n.º 3 mundial de duplas e atual 77.º, com os parciais de 7-6 (7/5) e 6-1.
Apesar dos pergaminhos dos adversários, Borges e Giron assinaram sete ases e revelaram-se superiores em todos os capítulos do jogo. Com 74% de êxito com o primeiro serviço, 44% de pontos ganhos com o segundo, tal como na resposta com quatro breakpoints assinados em nove possíveis, quando os neerlandeses quebraram o serviço apenas uma vez ao português e seu parceiro, que assinaram 15 winners.
Borges e Giron agendaram partida com o duo formado pelo indiano Yuki Bhambri (35.º) e o norte-americano Robert Gallowau (37.º), protagonistas da dupla 15.ª favorita.
Francisco Cabral e Lucas Miedler também entram a ganhar
Pelo quarto ano consecutivo, Francisco Cabral chega à segunda ronda de pares de Wimbledon, desta vez com Lucas Miedler por parceiro. Ao lado do austríaco com o qual firmou parceria no ATP de Marraquexe no final de março, o número um português de pares levou a melhor sobre o norte-americano Rajeev Ram e o britânico Jamie Murray, antigo número um mundial da variante e que conta com dois títulos do Grand Slam de pares (Open da Austrália e US Open) e uma final no major caseiro.
Depois de salvar setpoints no tie-break, o duo luso-austríaco, que atingiu meias-finais no ATP 250 de Estugarda e no ATP 500 de Halle, na preparação para a estreia na catedral da relva, selaram a vitória com os parciais de 7-6 (12-10) e 6-3, selados com um ás e celebrados com o portuense, 40.º mundial, a erguer o mais baixo companheiro de pares (47.º da ATP), com quem conquistou o 29.º e 30.º títulos da carreira no ATP Challenger 100 de Madrid e ATP Challenger 175 de Bordéus, ambos em terra batida.
Cabral e Miedler, que conta com 49 troféus no currículo, assinaram oito ases, foram superiores no serviço, com 37 pontos ganhos com o primeiro e 18 no segundo, tendo escapado aos dois breakpoint enfrentados e selado um dos quatro criados. A dupla luso-austríaca registou 13 winners face aos seis pontos ganhantes dos adversários. Os checos Petr Nouza e Patrick Rikl são os adversários que se seguem.
As cores nacionais ainda voltam à relva londrina, esta quinta-feira, quando Nuno Borges – um dia após ter-se tornado no único português a chegar à terceira ronda de singulares de todos os Grand Slam – entrar em court ao norte-americano Marcos Giron, 46.º mundial, para medir forças com o par neerlandês constituído por Robin Haase e Jean-Julien Rojer, este último ex-n.º 3 e campeão londrino em 2015, entre os três troféus da vitória em major (Roland Garros-2022 e US Open-2017).