A perspetiva de se tornar no primeiro campeão português desde que o Lisboa Belém Open foi criado em 2017, assinalando na altura o regresso dos ATP Challenger a solo nacional, foi impossível de concretizar por parte de Henrique Rocha, que acabou vencido pelo lituano Vilius Gaubas, com os parciais de 7-6 (7-3), 3-6 e 4-6 neste torneio combinado com ITF W100 e promovido pela Federação Portuguesa de Ténis no Club Internacional de Foot-Ball.
A jogar a primeira final deste nível em casa, o número três nacional (21 anos e 171º ranking mundial), não teve tarefa fácil frente ao lituano (165º) com fortes ligações a Portugal, desde os tempos em que foi treinado no Algarve por Pedro Pereira, pai de Tiago Pereira.
Com as bancadas do CIF e todos os recantos com vista para o central do centenário clube apinhados de gente a torcer por Rocha, o portuense liderou o set inaugural por 5-3, mas depressa viu o adversário fazer-lhe o contrabreak adiando a decisão para o tie-break que deixou o recinto em euforia pelo sucesso inicial de Rocha.
O jovem Gaubas (20 anos), deixou um aviso às claques voltando a devolver o break no jogo inaugural do segundo set e, ao oitavo, não perdeu a oportunidade de se colocar na frente (5-3), equilibrando a contenda logo depois.
O campeão do Lisboa Belém Open só seria mesmo conhecido no terceiro set e o tenista que integra do Centro de Alto Rendimento da FPT quebrou o serviço ao lituano que disputava a sexta final Challenger, mal pôde. Só que o 2-0 de Rocha depressa foi anulado com um novo contrabreak e promessas de longas trocas de bola que não deixaram que alguém arriscasse perder o lugar na bancada. Com uma quebra de serviço providencial ao nono jogo, Gaubas salvou um break, mas ao primeiro match point arrecadou o terceiro título da carreira.
“Estou muito triste por não deixar o título em casa, por outro lado, tenho de olhar para este encontro de uma forma positiva, foram pequenos detalhes que fizeram a diferença, estive várias vezes por cima do jogo e do resultado, faltou um pontinho ou outro ter caído para mim, mas mantive-me sempre com uma grande atitude, grande energia e a lutar até ao último ponto. O Vilius é muito raçudo e, sem dúvida, jogámos um grande ténis”, enalteceu Henrique Rocha.
A lotação esgotada também não passou despercebida do jogador português ao longo das três horas de luta: “Acho que já não cabiam mais dez pessoas aqui. É muito bom ver que o trabalho da Federação e das pessoas envolvidas está a colher frutos, pois há cada vez mais gente a vir ver o ténis, é muito bom para nós, para o desporto em geral, que continua a evoluir e só tenho de agradecer a toda a gente”, rematou o tenista português.
Simona Waltert na lista das campeãs do CIF
De mãos no rosto a cobrir o semblante feliz, uma vez cumprido o match point, Simona Waltert (116ª do ranking mundial) celebrou a vitória na final do Lisboa Belém Open e a primeira conquista num ITF W100 da carreira, desta feita no torneio organizado no CIF pela Federação Portuguesa de Ténis em simultâneo com um ATP Challenger 100.
Uma semana após ter perdido a final do WTA 125 em Ljubljana (Eslovénia), a suíça não perdeu a oportunidade de arrecadar o troféu, o oitavo da carreira, na final diante da letã Darja Semenistaja, selada com os parciais de 6-2 e 6-1.
Com o top-100 em vista, Waltert converteu cinco das 11 oportunidades de quebrar o serviço à adversária em busca do mesmo desiderato, mas que apenas conseguiu fazer o break uma vez.
Marta Magalhães e Martim Sousa campeões da Europa
Marta Magalhães e Martim Andrade Sousa sagraram-se campeões da Europa em pares mistos, ao vencerem a final no Karteros Beach Sport Center de Heraklion, Grécia, elevando para duas as medalhas de Portugal na competição, na qual os sub-14 femininos conquistaram a medalha de prata.
A dupla formada pelos dois portugueses mais bem cotados do ranking mundial de ténis de praia – Marta é 31ª e Martim 77º – levou a melhor sobre os espanhóis Daniel Perera e Alvaro Gonzalez, em renhidos parciais de 5-4, 0-4 e 10-6.
Antes da final de pares mistos, Marta Magalhães disputou o play-off de atribuição da medalha de bronze em femininos. A dupla campeã nacional travou batalha árdua com o par formado pelas espanholas Omaira Farias e Daniel Perera, todavia, os parciais de 6-0, 6-7 e 8-10 ditaram o desaire das portuguesas que ficaram à porta do pódio, logo na quarta posição.