Quarta-feira 22 de Outubro de 2025

Morreu Francisco Pinto Balsemão

pinto balsemão

Arquivo – DR PSD

Morreu esta noite aos 88 anos, Francisco Pinto Balsemão, um dos fundadores do PPD, fundador do Expresso, em 1973 e da estação de televisão privada SIC em 6 de outubro de 1992 . 

A sua carreira política, vai desde a sua presença como deputado na Constituinte pela ala liberal de 1975 a 1976, depois com Francisco Sá Carneiro fundou o PPD, e como deputado do PPD na Assembleia da República, esteve nos anos 1979, 1980 e 1985.

Foi Presidente do PSD de 13 dezembro 1980 a 27 de fevereiro 1983.

Esteve como Ministro de Estado Adjunto no VI Governo Constitucional, com Sá Carneiro e mais tarde ficou nos destinos de Portugal como primeiro-ministro de janeiro de 1981 e junho de 1983.

Pinto Balsemão dedicou-se ao longo da vida à causa liberdade de imprensa, desde muito cedo o jornalismo vive dentro dele, após a sua formação académica – licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, e já no cumprimento do serviço militar, está ligado à redação da revista Mais Alto, órgão de comunicação da Força Aérea Portuguesa em 1961.

Em 1973, funda  o Expresso, mais tarde sai criando o Grupo de Impresa, surgindo pelas suas mãos a primeira estação privada de televisão em Portugal, a Sociedade Independente de Comunicação (SIC).

Francisco Pinto Balsemão era o único português com estatuto de membro permanente do Clube de Bilderberg.

Já esta noite o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa evoca Francisco Pinto Balsemão em nota no site da Presidência,

“Portugal perdeu, hoje, uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos. Na política, na sociedade, na afirmação da liberdade de expressão e de imprensa.

Na política, Deputado da Ala Liberal, e, nela, coautor dos projetos de revisão constitucional, lei de imprensa, lei de reunião e associação e lei de liberdade religiosas, para mudar o Portugal do final de sessenta e início de setenta.

Depois do 25 de Abril, fundador do PPD, hoje PSD, Vice-Presidente da Assembleia Constituinte, Parlamentar, Governante, Presidente do Partido e Primeiro-Ministro, durante a revisão constitucional que pôs termo ao Conselho da Revolução, com a transição para a Democracia plena, longevidade, Conselheiro de Estado.

Desde os anos 70 do século passado até ao novo século, dos políticos portugueses com efetiva projeção externa, em particular na Europa e nos EUA.

Na sociedade, integrando ou liderando causas, movimentos de opinião e instituições europeístas, euroafricanas e latino-americanas e transatlânticas.

Na afirmação da liberdade de expressão e de imprensa, militando contra a censura e o exame prévio, fundando o Expresso antes do 25 de Abril, criando um novo grande grupo de comunicação social, elaborando a primeira lei de imprensa democrática, integrando o Conselho de Imprensa, lançando a SIC, revolucionando o que era a informação no final da ditadura e no início da Democracia.

Visionário, pioneiro, criativo, determinado, batalhador, democrata, social-democrata, europeísta e atlantista, esteve em quase todos os combates de meados dos anos sessenta até hoje.

Portugal não o esquece.
Portugal nunca o esquecerá.

Marcelo Rebelo de Sousa”

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