Sábado 04 de Maio de 2024

Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono

buraco_ozonoCerca de 90% do ozono na atmosfera encontra-se na estratosfera, é a chamada camada de ozono, que absorve a luz ultravioleta e protege a vida na Terra da radiação ultravioleta prejudicial do sol. O Protocolo de Montreal e a Convenção de Viena (1985) para a Proteção da Camada de Ozono, vieram alertar a comunidade internacional para a necessidade da preservação da camada de ozono e regulamentar a sua atividade através da progressiva eliminação da emissão dos gases que destroem esta camada.

A propósito da data o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon disse “Embora os HFC não destruam a Camada de Ozono, são gases com efeito de estufa muito potentes e o seu consumo tem vindo a aumentar rapidamente a medida que são utilizados para substituir os HCFC.”

Ban Ki-Moon fez ainda um apelo “instigo as partes e as indústrias para que aproveitem a oportunidade que a eliminação dos HCFC oferece para evitar a substituição com HFC se for possível. Só através da limitação da alteração climática global podemos manter a esperança de obter um desenvolvimento sustentável para todos.

O Dia Internacional para a Proteção da Camada de Ozono, foi a data que a ONU escolheu para assinalar o dia em que foi aberto para adesão o Protocolo de Montreal, em 1987.

De acordo com os últimos resultados, a espessura da Camada de Ozono no Hemisfério Norte apresenta uma aparente recuperação desde meados da década de 90 do século passado, verificando-se que, embora globalmente exista uma pequena tendência negativa desde 1979, a evolução desde o início da década de 1990 apresenta uma tendência claramente positiva, sugerindo o início da recuperação da camada de ozono, como resultado das medidas tomadas a nível mundial para a eliminação e redução de emissões de gases atmosféricos que reduzem essa camada. Estes resultados não são, no entanto, consistentes com as previsões de modelos, que indicavam que o início dessa recuperação ocorreria depois de 2015 (WMO, 2011).

Resultados semelhantes foram observados, pelo IM, na sua atividade de monitorização da camada de ozono, nas regiões da Madeira (Funchal) e Açores (Angra do Heroísmo), onde os resultados obtidos indicam que o aumento verificado desde a década de 1990 foi suficiente para praticamente anular a tendência negativa que se verificava desde 1979. No caso de Lisboa, os valores atuais da espessura da camada de ozono são equivalentes aos observados no início da década de 1980.

Apesar desde aumento observado, mantêm-se a necessidade de mais estudos e da continuada monitorização e acompanhamento do ozono estratosférico.

 

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