Quinta-feira 25 de Abril de 2024

DE ESPANTAR! FADU quer “louros” de Londres

fadu_logoÉ o Portugal das “quintinhas” a sobrepor-se à ética, ao fair play, ao desportivismo que deve presidir a uma representação nacional nuns Jogos Olímpicos.

Vem isto a propósito da FADU (Federação Académica do Desporto Universitário) ter emitido um comunicado que intitulou de “14 Internacionais Universitários na Missão Olímpica”, numa clara alusão ao facto destes atletas estarem a representar o “desporto universitário” em Londres.

É o que se chama “puxar a brasa à sua sardinha” sem que para a obter tenha feito seja o que for.

Convém esclarecer que a maior parte (se não a totalidade) dos atletas universitários estão inscritos nas respectivas federações nacionais, seguem toda a programação delineada quer pelas federações quer pelos clubes onde estão filiados, que são nas competições por estas organizadas ao longo do ano que se preparam para as competições do desporto universitário e por aí fora.

Em cada ano/época, a FADU trata de pouco mais do que organizar a as comitivas para esses eventos internacionais. Não tem meios (a não ser disponibilizar, via Ministério da Ciência e da Educação, as infra-estruturas desportivas para treinos e competições) materiais, humanos e muito menos financeiros, pelo que não se percebe esta tomada de posição.

Os atletas, no seu percurso de vida, também passam pela universidade. Mas é no seio de clubes, associações e federações que tratam do seu “cabedal” com vista à obtenção de resultados de excelência.

E lá vem à liça – no comunicado da FADU – e “na linha da frente”, a Sara Moreira, “que participou em três universíadas (Banguecoque, Belgrado e Shenzhen), conquistando duas medalhas de ouro em 2009 e uma medalha de prata em 2011 e em Belgrado (Sérvia) a atleta do Instituto Politécnico do Porto fixou o recorde na prova de 3.000 metros obstáculos, para além de ter estado presente no Mundial Universitário de Corta-Mato, onde se sagrou Campeã Mundial Universitária em 2010”, para falar na mais medalhada.

Mas são ainda referidos atletas como Nelson Évora, Jéssica Augusto, Alberto Paulo, Patrícia Mamona, o ginasta Manuel Campos e outros.

É caso para questionar: Que papel tem a FADU para isso e para se arrogar que 14 estão em Londres? Com que objectivos?

LUIS DIREITO

 

 

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