Quarta-feira 24 de Abril de 2024

Vicente Moura defende irradiação

vicente_moura14jul_1149_101_COM_COPJO2012 – Carolina à vela

No dia em que decidiu falar pela primeira vez depois de salientar, antes da partida para Londres, que “a representação portuguesa teve a melhor preparação de sempre”, Vicente Moura defendeu a “irradiação” da velejadora Carolina Borges Mendelblatt.

Isto com base nos factos que levaram a chefia da missão a mandar cancelar a acreditação depois de a atleta, segundo se disse na altura, ter deixado de dar resposta a vários contactos e que acabou com a própria a afirmar que “estava grávida”, do que não deu conhecimento a ninguém.

Para José Manuel Leandro, presidente da federação de vela, “fomos surpreendidos com as declarações de que estaria grávida  e é só isso que eu sei. O chefe de missão fez um comunicado que me pareceu  bem, razoável e não há muito mais para dizer.”

Isto no dia em que Vicente Moura, presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP), Vicente  Moura, acusou “a velejadora de oportunismo  ao ter tentado estar nos Jogos com o marido, o velejador norte-americano Mark Mendelblatt”, acrescentando que “admite a sua irradiação, no seguimento do processo  de averiguações que será instaurado à atleta.”

Sobre esta situação, José Leandro salientou “que irá aguardar  por uma posição oficial do COP, para depois analisar, mas que, até lá, vai manter o mesmo apoio  que presta a todos os velejadores”.

O presidente da federação de vela teve oportunidade de salientar que “a Carolina nunca nos causou qualquer problema ou nos fez exigências  que não fossem normais. Falei com ela em Maio e ela referiu-se à situação  do treinador, tendo explicado que não podia ter um técnico só para ela, porque não era permitido.”

Mas deu à luz uma informação que vale a pena reflectir sobre ela.

Afirmou que “no caso dela, o apuramento já tinha sido feito fora de prazo da indicação das pessoas que poderiam estar nos Jogos, mas que iria ser acompanhada pelo treinador do João Rodrigues”.

José Leandro assumiu ainda que “a embarcação utilizada por Carolina Borges  na qualificação era dela e fez o percurso de qualificação olímpica por  conta dela, tendo gasto algum dinheiro para poder cá estar”.

Aqui está outro ponto a ter em consideração na análise do processo, questionando-se: como é que decorreu o processo se qualificação? Onde e quando conquistou a qualificação? Já tinha a dupla nacionalidade quando foi qualificada? Como é que surgiu em Portugal?

Ao ler-se a lista oficial comunicada na página do COP, verifica-se que Carolina Borges teve o seu apuramento no mundial de Cádiz (Espanha) em 23 de Março de 2011(!).

Parece que falta esclarecer mais qualquer coisa para se perceber o assunto!

 

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