Quinta-feira 29 de Abril de 6184

Gaitán na génese da vitória !

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Foto: Carlos Costa

Desta vez Gaitán, ajudou em muito ao triunfo conquistado ante o Boavista se bem que numa exibição não muito conseguida, em termos de jogo jogado, ao longo de grande parte do jogo, embora tenha dominado o encontro, porquanto o Boavista não causou perigo eminente em momento algum.Importa, no entanto, salientar que, em termos de desporto de alto rendimento, o mais importante é vencer atendendo a que, numa priva de regularidade, todos os resultados tem um peso significativo no deve e haver final. E foi isso que o Benfica fez, embora com algumas dificuldades.

Com um “novo” estilo de “orientação”, Gaitán deixou de ser, na maior parte das vezes, o egoísmo que tem apresentado noutros jogos, passado de “dono da bola” a “passar a bola a todos”, o que trouxe benefícios em termos de equipa que, por seu lado, não soube encontrar soluções para chegar depressa e bem (marcando golos) junto da baliza boavisteira.

Aliás, o Boavista fechou muito bem as “investidas” que foram surgindo por parte dos jogadores benfiquistas que, como se referiu, não souberam ver e “interpretar” a posição assumida pelo número dez encarnado. Que foi de “bombear” a bola para a área para alguém rematar ao cabecear, o que não se verificou por falta de “leitura” apropriada.

A primeira oportunidade, se assim se poderá classificar, surgiu quando Sílvio (9’), de muito longe, fez a recarga a uma bola rechaçada pela defesa boavisteira, mas o remate foi à figura de Mika, para se seguir Gaitán (12’) a rematar para o mesmo Mika defender para canto. Dois minutos despois, Gaitán centrou para Raul Jimenez cabecear à figura do guardião visitante.

Jonas, muito apagado, só teve um rasgo (20’) quando, na marcação de um livre frontal, atirou contra a barreira, o mesmo sucedendo a Gaitán (36’) também num livre, isto numa fase em que o Boavista começou a dar sinais de algum cansaço face ao esforço feito em manter uma linha de corte, por antecipação.

Na sequência da maior pressão, o Benfica chegou ao golo (38’). Gaitán, sempre ele, “congelou” a bola na pequena área e, com visão, fez um passe para trás e onde surgiu Gonçalo Guedes, com jeito e força qb, a aproveitar a “aberta” e rematar em arco ao ângulo esquerdo, com Mika sem hipóteses de nada fazer.

No segundo tempo, a primeira jogada de perigo (60’) surgiu por parte de Jonas, que sozinho, rematou forte para levar a bola ao poste e perder-se pela linha de cabeceira.

Nesta altura, o Boavista “confirmou” que estava a perder força anímica e física, permitindo ao Benfica passar a dominar, pese embora isso não fosse aproveitado para aumentar a vantagem que desse o sossego indispensável.

Jonas (74’) teve nova oportunidade nos pés para poder chegar ao 2-0 mas, no último instante, deu um toque a mais e perdeu a hipótese de poder “fuzilar” a baliza de Mika.

Altura em que se soube que estavam 46.362 espectadores na Luz, um número excelente, que teve o peso significativo com a presença das representações do Benfica espalhados por Portugal e pelo mundo.

Dois minutos depois foi Talisca que, na sequência de um livre directo, rematou contra a barreira e a bola foi bater no poste e seguir para anto, do que nada resultou.

O golo da tranquilidade (88’) foi obtido por Carcela, que entrara minutos antes, depois de uma jogada conduzida por Gaitán, que centrou para a cabeça de Jardel enviar a bola à barra e o jovem benfiquista a fazer a recarga à vontade. Com o 2-0 o jogo ficou resolvido porquanto faltavam dois minutos para o final.

Duas bolas ao poste e uma à barra, confirmam não existirem dúvidas sobre a supremacia do Benfica.

Realce para as exibições de Gaitán, o melhor no Benfica, a par de Jardel, Luisão, Eliseu, Gonçalo Guedes Sílvio e Talisca. No lado dos axadrezados, Mika, Paulo Vinicius, Afonso Figueiredo, Anderson Carvalho, Tiago Mesquita, Idris e Uchebo foi os que mais se destacaram.

Bruno Esteves (Setúbal) não teve trabalho por aí além, pese embora marcasse algumas faltas que não o foram e também um ou outro fora de jogo que não foi assinalado pelos assistentes, em especial Venâncio Tomé, com Rui Teixeira mais atento.

Constituição das equipas:

Benfica – Júlio César; Sílvio, Luisão, Jardel e Eliseu; Gonçalo Guedes, Talisca e Samaris; Jonas (Carcela, 79’), Raul Jimenez (Mitroglou, 54’) e Gaitán (R. Sanches, 90+3’)

Boavista – Mika; Tiago Mesquita, Henrique, Paulo Vinicius e Afonso Figueiredo (Renato Santos, 54’); Tengarrinha, Idris e Anderson Carvalho (Bukia, 76’); Luisinho, Uchebo (Zé Manuel, 68’) e Anderson Correia.

Disciplina: Amarelo para Afonso Figueiredo (52’), Anderson Carvalho (72’), Idris (77’ e 90+2’, tendo sido expulso por vermelho) e Samaris (85’).

Artur Madeira

 

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