Sexta-feira 01 de Maio de 4995

Jonas o “relâmpago” que abriu a … Luz!

BenficaBoavista_ccosta1LIGA DOS CAMPEÕES – Benfica, 1 – Zenit, 0

Um golo de Jonas aos noventa minutos deu um pouco (ou muito – conforme o que se verificar na segunda mão) de luz para abrir caminho ao Benfica com o objectivo de chegar aos quartos-de-final, para já o primeiro passo do que o Benfica pretende.

Um resultado que se aceita pelo que os comandados de Rui Vitória fizeram no segundo tempo, depois da maior posse de bola no primeiro, com um golo aos 90+’1 numa entrada “perfurante” de Jonas ao cabecear para a parte interior do poste, sem hipótese de defesa para Lodygin – que até aí tinha defendido tudo (e não foi muito) – ficando a quase certeza de que o Zenit acusou falta de rodagem, ainda que “aguentando” o ímpeto benfiquista enquanto foi possível.

Recorde-se ainda que o golo benfiquista surgiu no seguimento de um livre marcado com precisão milimétrica de Gaitan para uma cabeçada mais que perfeita de Jonas.

Entrando a jogar num 4x4x2 ou 4x3x3 – mais o primeiro – jogando à zona e “povoando” por completo todo o meio campo, o Zenit como que obrigou o Benfica a jogar devagar, mais calculista e só avançar quase pela certa, controlando o jogo e deixando passar o, aproveitando também para tentar, de vez em quando, chegar à baliza de Júlio César, tornando-se até mais perigoso que os benfiquistas, com uma primeira oportunidade logo aos dois minutos, com Hulk a aproveitar uma falha de Eliseu e rematar à figura do guardião do Benfica.

Depois do primeiro ímpeto, o Benfica pareceu ter “adormecido”. Nem Gaitán, nem Jonas nem Mitroglou conseguiram criar perigo de maior, tendo a jogada de maior perigo surgido através de um remate (28’) forte de Jonas a rasar o poste da baliza russa.

Jogando – sempre que o Benfica abrandava – para a frente, o Zenit tinha mais espaço para progredir, mas também denotou falta de entrosamento para criar mais perigo, pese embora a kaior posse de bola da formação da luz.

O nulo ao intervalo aceita-se porque, na verdadeira acepção da palavra, não houve jogadas que criassem perigo eminente para um ou para outro lado.

No segundo tempo, o Benfica tinha que modificar o sistema de jogo e, até, aproveitar alguma quebra que viesse do lado dos russos, face à paragem (dois meses) a que foram sujeitos devido à impossibilidade de jogar na Rússia. E foi isso que se verificou.

Também porque a entrada de Jimenez, substituindo um apagado MItroglou, veio dar outra dinâmica à linha da frente, onde Gaitán e Jonas começaram a jogar mais a “sério”, porque até aí “bloqueados” pela muralha russa

Ainda que a equipa de André Villas Boas não tivesse entregue, de “bandeja” o ouro ao Benfica, já que Witsel, ainda no primeiro quarto de hora, obrigou Júlio César a ma excelente defesa.

A partir daí o domínio do Benfica veio ao de cima, com maior assertividade, ainda que sem jogadas de golo eminente mas com maior perigo, o que obrigou o guardião russo, Lodygin a brilhar por algumas vezes. Mais do que Júlio César.

O minuto 62’ foi a chave do volte face – ainda que isso só se verificasse aos 90+1’, quando Jonas marcou o golo da forma já referida – quando Jimenez entrou em jogo, rendendo um Mitroglou que se viu “grego” para dar concluir jogadas com perigo. O que fez mexer com o ”xadrez” da formação encarnada, que passou a estar mais solto para outras “atitudes” de nível táctico.

A pressão do Benfica também aumento em função do cansaço da maior parte dos jogadores russos (excepção para o guardião, que esteve muito bem e no golo nada podia fazer), o que acabou por ditar o resultado final.

Jonas e Gaitán começaram a funcionar melhor, Pizzi e, em especial, Lindelof (a defender e a atacar esteve em grande plano e só não foi o melhor jogador em campo porque Jonas fez o golo do triunfo e mereceu esse título), secundados ainda por André Almeida e Samuel (os dois laterais) ajudaram a quebrar o “gelo” produzido pelo Zenit, dentro da táctica que escolheu (ou a que foi possível ter), considerando a tal paragem de dois meses que, na alta competição, tem uma enorme influência no rendimento.

Em resumo, um triunfo justo do Benfica e meio passo dai em frente para chegar aos quartos-de-final. Resta esperar pelo jogo na Rússia.

Um pequeno parêntesis para deixar nota de que, no outro jogo efectuado esta terça-feira, o Paris Saint Germain (em casa) venceu o Chelsea por 2-1, adiando para Londres a decisão sobre quem seguirá em frente, tal como o Benfica.

Se Jonas foi o melhor jogador do Benfica, Lindelolf ficou bem perto, pela excelente exibição, salientando-se ainda Júlio César, Gaitán, Pizzi, Jardel, André Almeida, Renato Sanches, Jimenez e Eliseu.

Nos russos, o guardião Lodygin aditou o inevitável até aos descontos suplementares, foi o melhor, a quem se juntam, Anyukov, Criscito (apesar da expulsão – por segundo amarelo – que deu origem ao livre que deu o golo ao Benfica), Danny, Shatov, Javi Garcia, Witsel e Dzyuba.

A equipa de arbitragem, vonda de Itália, chefiada por Gianluca Rocchi (Elenito De Liberatore e Mauro Tonolini como assistentes) esteve à altura do jogo, com nota positiva, porquanto sem erros de palmatória e atentos ao desenrolar de todos os lances, pese embora um ou outro amarelo pudesse ter ficado na algibeira do árbitro.

Constituição das equipas:

Benfica – Júlio César; André Almeida, Lindelof, Jardel e Eliseu; Pizzi (Carcela, 70’), Samaris, Renato Sanches e Gaitán; Jonas e Mitroglou (Jimenez, 62’).

Zenit – Lodygin; Anyukov, Garay, Lombaerts e Criscito; Dany (Maurício, 86’), Javia Garcia e Witsel; Hulk, Dzyuba (Kokorin, 73’) e Shatov (Zhirkov, 80’).

Disciplina: Amarelo para André Almeida (15’), Witsel (32’), Jardel (34’), Pizzi (42’), Javi Garcia (58’), Criscito (67’+90’), tendo visto o vermelho, e Jonas (90’ – por ter despido a camisola a comemorar o golo).

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