Quarta-feira 15 de Maio de 2024

Ambiente e Desporto são combinação vencedora

Pan-23-02-17-FJustificar porque o desporto e ambiente é uma combinação vencedora – entre outras questões abordadas – foi uma das tónicas que Francisco Ferreira, ex-presidente da QUERCUS e actualmente a liderar a Associação ZERO, desenvolveu na conferência que o Panathlon Clube de Lisboa promoveu de parceria com o Ginásio Clube Português, em Lisboa.

Começando por passar em revista a temática das alterações climatéricas que se tem verificado nu planeta Terra, que se tem agravado desde 1970 até aos nossos dias, em que a temperatura tem subido de forma assustadora – com recordes batidos desde 2014 – para as novas gerações, co, Francisco Ferreira apresentou um conjunto de dados estatísticos de “fazer levantar o cabelo a qualquer simples cidadão” e referiu que o objectivo, com base no Protocolo de Paris, implementado no ano passado, é baixar dois graus e chegar ao grau e meio ao que actualmente se consegue, para que a população mundial, que vai continuar a aumentar, tenha um maior equilíbrio e uma qualidade de vida superior.

Se assim não acontecer, os riscos aumentam em quase todas as áreas, como a saúde, o ambiente, a economia, aguardando-se que os dezassete objectivos definidos possam ser alcançados até 2030, num plano de desenvolvimento sustentável que tem em conta as pessoas, as propriedades, a paz, as parcerias e o planeta.

Salientou que dos parâmetros definidos anteriormente (riqueza, crescimento, eficiência, insatisfação) se terá de caminhar para outros, como o bem-estar, a qualidade, a suficiência para todos, um trabalho insano e que deverá ser implantado pelos governos ou entidades especialistas na área, em todos os países, sob pena de o “cutelo” ficar mais perto das nossas “cabeças”, naturalmente no que ao ambiente sustentável respeita.

Reforçou que o desporto é crucial, dado o seu contacto com a natureza para a sensibilização de todos, aliás como também se refere no Manual de Boas Práticas Ambientais no Desporto (distribuído, no âmbito do Plano Nacional da Ética no Desporto, pelo Instituto Português do Desporto e Juventude e por ele próprio coligido), sob o chapéu da Ética Ambiental, com vista a garantir – através de um desenvolvimento sustentável – que quem vem a seguir tenha recursos maiores e melhores do que antes.

Citou também que a comunicação social tem que desempenhar um papel informação na “educação da população” para este tema em que a vida humana continua em perigo, sendo indispensável passar as mensagens que possam sensibilizar todos os seres humanos, face à gravidade do assunto.

Neste campo, sugeriu que se torna necessário:

- promover a ética ambiental para que todos os agentes desportivos possam ter comportamentos e atitudes na defesa do ambiente no desporto;

- identificar os principais problemas ambientais que motivam uma forte ligação entre o desporto, a salvaguarda do ambiente e a promoção de um desenvolvimento sustentável;

- justificar porque desporto e ambiente são uma combinação vencedora;

- focar as dez áreas-chave na abordagem de um evento ou infra-estrutura desportiva, de forma a se promover um desenvolvimento sustentável;

- sugerir indicadores que podem permitir monitorizar a performance de um evento ou infra-estrutura desportiva, principalmente em termos ambientais;

- apresentar alguns dos diferentes impactes ambientais associados a várias modalidades desportivas.

No campo global, foi referido ainda que as melhores escolhas na perspectiva de um planeta devem ser:

- preservar capital natural;

- redireccionar fluxos financeiros;

- produzir melhor;

- consumir mais cuidadosamente;

- governança equitativa de recursos;

Para uma integridade dos ecossistemas, segurança alimentar, hídrica e energética, para uma conservação da biodiversidade.

Nós estamos a desempenhar o nosso papel, ao divulgar a informação para a população.

Outros que se sigam! Há muito que fazer!

Para que tenhamos melhores condições de vida e deixemos pistas correctas para que possa ser ainda melhor no futuro, mesmo depois de 2030.

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