Terça-feira 30 de Abril de 5963

Dost imparável nas oportunidades …oferecidas

SportingFeirense_H0P3257Liga NOS – Sporting, 2 – Nacional, 0

Com um sentido de oportunidade acima da média – dir-se-á com elevada nota artística – Bas Dost elevou a fasquia ao obter mais dois golos e tornar-se o melhor marcador na Europa, pelo menos até à hora de ter terminado o jogo no Alvalade XXI.

Dos quatro remates feitos na direcção da baliza, o Sporting (Dost) conseguiu obter dois golos, o que dá uma percentagem de cinquenta por cento, o que é excelente hoje em dia, na partida frente ao Nacional, este sábado, ante um Nacional que tem uma equipa arrumadinha mas também não marca, o que lhe dá uma presença na cauda da classificação.

Num dia em que a claque Juventude leonina completou o 41º aniversário e onde também se recordou os 53 anos passados do início da conquista da Taça das Taças, com o triunfo (5-0) sobre o Manchester United (vindo de uma derrota fora de 4-1), Dost também comemorou a passagem à liderança europeia no que ao melhor marcador diz respeito.

E para a festa ficar completa Nélson Évora (campeão europeu de pista coberta) e Patrícia Mamona (prateada na mesma competição) subiram ao relvado para, com as suas vitórias, darem mais ânimo aos colegas da formação de futebol.

Estes são os factos mais salientes para o reino do leão, a que se juntou uma vitória normal frente ao Nacional na 26ª jornada, num jogo menos bom mas, como se diz, o que conta é o resultado.

Mas quem deu o primeiro sinal de perigo, ainda que relativo, foi o Belenenses, numa primeira jogada (4’) em que Agra surgiu em posição de fora de jogo e, numa segunda (8’), o mesmo Agra a chegar isolado frente a Patrício, obrigando este a sair da grande área para “defender” com a cabeça.

Não tendo entrado a “matar” para poder resolver o jogo o mais cedo possível, o Sporting deu mais liberdade aos visitantes e foi o que aconteceu, ainda que sem que isso fizesse alguma moça, atendendo a que ainda era muito cedo.

E porque (13’), Dost começou a resolver os problemas que cedo começaram a surgir, quando obteve o seu primeiro golo.

No seguimento da marcação de um pontapé de cento, excelentemente executado por Bryan Ruiz, Dost apenas teve que saltar mais do que toda a agente e, como manda a regra, de cima para baixo e anichá-la na baliza de um Adriano que, com a jogada a decorrer na sua pequena área, se esqueceu de saltar. Sem nenhum defesa a tapar o lado direito da baliza, Dost abriu o activo, no que foi o primeiro remate dos leões à baliza contrária.

Jogar rápido não significa progresso (golos), mas enquanto Gelson não deixar de ser o “dono da bola” – querendo fazer tudo a sós – por certo (apesar de essa criatividade e pujança física ser indispensável para municiar Dost ou outro), o Sporting terá muitas dificuldades em meter golos, retardando a decisão em cada jogo, o que poderá não dar “créditos” (triunfos) com maior facilidade.

Mas foi isso que acabou por acontecer, quando os leões marcaram o segundo golo – apesar da boa execução técnica de Dost – também com outro “brinde” da defesa madeirense, que não foi lesta a afastar a bola da zona da pequena área, onde surgiu o “matador” do Sporting a fazer o 2-0 (33’), com um remate forte e colocado que fez a bola passar por cima da cabeça do guarda-redes Adriano, entre o poste e a barra.

Até ao intervalo, de registar as iniciativas protagonizadas por Salvador Agra (36’) que atirou ao lado da baliza de um Patrício despreocupado, e por Aristeguieta (39’) que viu o seu remate desviado para fora.

O segundo tempo iniciou-se com os visitantes ao ataque, tendo Sequeira rematado para uma defesa fácil de Patrício.

Alan Ruiz (53’) rematou de longe, obrigando Adriano a uma excelente defesa e Gelson (65’) voltou a empolgar com um grande “sprint em slalom” para tentar ultrapassar os defesas que surgissem pela frente mas teve azar e não passou. Questiona-se: porque não joga este jovem com toda a equipa, em especial para “alimentar” Dost?

Com o 2-0, foi-se “amornando” o ambiente e (70’) muitos dos 43.167 espectadores presentes começaram a sair do estádio, quiçá pela vantagem – quase garantida porque o Nacional pouco perigo criou), num jogo sem rasgos de futebol de alto nível – que correspondeu a uma nota artística de 4 (em 10).

Ainda assim, Patrício foi obrigado a fazer a defesa da noite (74’), Agra rematou ao lado (82’), Dost ainda tentou passar a bola para Podence (86’) poder rematar mais viu a boa ser desviada da trajectócia.

Por último (88’), Gelson subiu até perto da grande, disparou e obrigou Adriano a uma excelente defesa.

Jogaram-se mais três minutos além dos noventa mas o resultado não se alterou.

No Sporting, destaque para Patrício, Bryan Ruiz, Coates, Dost, Zeegelaar, Semedo e Gelson, enquanto no Nacional se citam Adriano, Garcia, César, Salvador Agra, Washington, Tiago Rodrigues e Rui Correia.

Jorge Ferreira (árbitro do Porto) esteve bem de uma forma geral, mas no capítulo da disciplina exagerou nos amarelos, bem acompanhado pelos assistentes (Inácio Pereira e Jorge Oliveira), salientando-se este último pelo assinalar do fora-de-jogo a Dost quanto fez o 3-0

As equipas alinharam:

Sporting – Rui Patrício; Schelotto, Coates, Semedo e Zeegelaar; Gelson, William e Matheus (Bruno César, 69’); Alan Ruiz (Podence, 60’), Bas Dost e Bryan Ruiz (Palhinha, 90+2’).

Nacional – Adriano; Garcia, César, Rui Correia e Sequeira; Tiago Rodrigues, Washington e Mezga (Zizo, 72’); Salvador Agra, Aristeguieta (Cadiz, 75’) e Ricardo Gomes (Zequinha, 64’).

Disciplina: amarelo para Semedo (28’), Mezga (31’), Schelotto (45’), Cesar (54’) e Garcia (60’).

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