Quarta-feira 15 de Maio de 2024

Pavilhão João Rocha a nova jóia da coroa leonina

IMG_1557O Pavilhão João Rocha, um sonho desde que a Nave do antigo Estádio Alvalade foi abatida ao activo, passou a ser uma realidade a partir desta quarta-feira, quando foi inaugurada com pompa e circunstância.

A este “corte-de-fita”, juntou-se ainda a homenagem, consubstanciada com a atribuição dos nomes de “Rotunda Visconde de Alvalade” (com uma estátua de um grande leão na parte central), enquanto fundador do Sporting, e de “Rua Prof. Moniz Pereira”, ao Mestre e homem que, durante mais de cinquenta anos, lutou para conseguir que um atleta português – para o caso o campeoníssimo Carlos Lopes – chegasse ao mais alto lugar do pódio olímpico, ou seja, conquistar o primeiro ouro para Portugal nuns Jogos Olímpicos.

Leonor Moniz Pereira, filha do grande herói dos êxitos do atletismo português, teve oportunidade de agradecer a distinção ao pai e salientou uma coisa que Moniz Pereira dizia, com prioridade, que “a pista que o Estádio José Alvalade dispõe é um laboratório de investigação na descoberta de novos valores para o atletismo”, o que foi uma certeza absoluta pelas medalhas alcançadas pelo atletismo português aquém e além-fronteiras.

Na passada – iniciada no Multidesportivo – a comitiva foi descendo até ao novo pavilhão e, pelo meio, inaugurou dois campos de futebol de cinco/futsal e um de futebol de sete, a que foram atribuídos os nomes dos futebolistas Fernando Peyroteo (o melhor marcador de sempre do Sporting), Luís Figo (o grande capitão à sua época) e Cristiano Ronaldo (o melhor futebolista nacional e internacional de sempre).

No “passeio da fama” ficaram as “marcas” de vários expoentes nacionais que representaram o Sporting, espaço que será aumentado com as novas estrelas do futuro, seguindo-se o corte-da-fita correspondente à inauguração do pavilhão propriamente dito, “a mais moderna arena desportiva do país”.

Na formalidade, Bruno de Carvalho salientou que “esta é mais uma data histórica vivida no Clube. A 21 de Junho de 2017, precisamente 15 anos depois de aberta a Academia de Futebol (Alcochete) e 13 depois de demolida a mítica Nave de Alvalade, é inaugurado o Pavilhão João Rocha, a nova casa das modalidades leoninas, completando assim a Cidade Sporting”.

Cerca de três mil associados, dirigentes, técnicos, atletas, adeptos e convidados presenciaram o acto de inauguração, para não perder um único instante do que todos sabiam ser o dia que ficará gravado na história e que contou, igualmente, com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, que, já dentro do pavilhão, falou à família leonina.

“Não há que ter medo das palavras. Vivemos um momento histórico para esta grande Instituição, logo, para a nossa cidade”, recordando “que tenho memória daquela que foi a melhor equipa de sempre de hóquei em patins: Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho, Chana e Livramento.

Formação base da Selecção Nacional. O imaginário dos adeptos leoninos está recheado de inúmeras figuras importantes das modalidades. Um grande Sporting é imprescindível ao desporto português”.

Margarida (Magy) Rocha, filho do antigo Presidente leonino, disfarçando um certo embargo na voz, salientou que “onde quer que esteja, o meu pai volta a ver o eclectismo do Clube reforçado para os desafios que lhe espera”.

IMG_1562 IMG_1563 IMG_1567‘Deus quer, o homem sonha, a obra nasce’, referiu Bruno de Carvalho, tendo acrescentado que “é assim que começa o poema Mar Português. Nesta obra-prima da literatura portuguesa, o poeta, um dos maiores de sempre, propõe-se a analisar o sacrifício de todos os portugueses durante a era dos Descobrimentos. Tudo o que o nosso Povo fez para conquistar o Mar. Para que tivéssemos um dos maiores impérios de todos os tempos. Normalmente é assim: quando queremos muito algo, sabemos que é preciso sacrifício”, concluiu o presidente leonino.

Na estátua do Leão, cuja base, para além de conter os pilares do Clube “Esforço, Dedicação, Devoção e Glória”, tem também a conhecida frase do fundador e uma outra, da autoria de Bruno de Carvalho: “O talento é necessário, mas só com muito trabalho diário, superação constante, vontade, atitude e compromisso com os objectivos do Clube é que se formam campeões”, salientou Bruno de Carvalho.

Uma grande verdade para “a maior potência do Desporto em Portugal”, concluindo-se o acto com o tradicional corte da fita, que contou com a presença das personalidades que mais directamente intervieram na obra, a que se juntou o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.

 

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