Terça-feira 23 de Abril de 2024

“Olímpicos – Os Jogos dos Deuses e do Diabo”, o novo livro de Vítor Serpa

Vítor Serpa, Director do Jornal “A Bola”, lançou o quarto livro do seu caminho pela narrativa de temas diversos, que estará disponível nas livrarias a partir do dia 25 de Março corrente, publicação que tem 176 páginas e está em pré-venda no site da Cultura Editora, que assegura a edição, e nas lojas online Wook e Fnac.

COP-VitorSerpa-16-03-2021A informação foi divulgada pelo Comité Olímpico de Portugal no respectivo site, sendo líquido que, pelo título, a abordagem tem a ver com a causa olímpica – nas múltiplas vertentes do olimpismo – e considerando a proximidade da realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio (Julho e Agosto deste ano), como uma oportunidade de trazer à liça outros aspectos vividos.

Enviado especial a Barcelona 1992, Atlanta 1996, Sydney 2000, Pequim 2008 e Londres 2012 – segundo a mesma nota de informação – Vítor Serpa faz uma volta ao mundo dos Jogos Olímpicos em 20 anos, enquadrando-o nas suas várias dimensões, para além da desportiva, estando focada nos atletas e na História que foram ajudando a construir.

Condecorado pelo Presidente da República com o grau de Comendador da Ordem de Mérito, em 2020, Vítor Serpa, nascido em Lisboa (1951), fez carreira profissional no jornalismo a partir de 1969, no Diário Popular. Em 1974 passou a integrar os quadros de A Bola, cuja direcção assegura desde 1992.

Antes de “Olímpicos – Os Jogos dos Deuses e do Diabo”, publicou três títulos de ficção: “Salão Portugal” (2008), “Tanta Gente em Mim” (2010) e “O Segredo dos Pássaros” (2012). Mais recentemente, em 2019, lançou os livros de crónicas “Há Vida nas Estrelas” e “Golos de Letras”.

Segundo adiantou a mesma nota, o autor “explica-nos como nasceu a sua mais recente obra e o que possui dentro dela, num trabalho que tem entre os seus objectivos desvendar “a mística” dos Jogos Olímpicos”.

O autor adiantou ainda que “nada se compara aos Jogos Olímpicos. Não falo, apenas, na sua grandeza universal, mas na dimensão maior que eleva o Desporto à sua condição superlativa, que envolve o social e o político, o económico e o cultural. O Desporto maior, que oferece do Homem a visão mais exacta das suas virtudes e dos seus defeitos, que o aproximam metade de Deus e metade de Diabo”.

Referiu Vítor Serpa que “ao longo da minha vida de cinquenta anos de jornalismo, acompanhei os mais importantes acontecimentos desportivos. Fiz, para A Bola, a cobertura de oito campeonatos do mundo de futebol, vários campeonatos da Europa, Voltas nacionais e internacionais de ciclismo, Mundiais de diversas modalidades e vivi, por dentro, cinco Jogos Olímpicos, que me levaram à volta do Mundo: Barcelona-92, Atlanta-96, Sidney-2000, Pequim-2008 e Londres-2012. Falhei Atenas, porque, em 2004, se realizou o Europeu de futebol em Portugal, o que não me permitiu sair de Lisboa e abandonar o centro nevrálgico da redacção do jornal. Nada me fascinou tanto, do ponto de vista humano e do ponto de vista profissional, como os Jogos.”

Acrescentou também que “atrevo-me a dizer que todos os jornalistas com alguma dimensão e talento não deveriam falhar, pelo menos, a cobertura de uns Jogos Olímpicos. Nada como os Jogos para se conseguir ver o mundo numa cidade, para se descobrir, do mais privilegiado ponto de observação, a natureza complexa e diversa das sociedades, através do tempo.”

Explicando as razões do novo trabalho, o jornalista salientou que “por tudo isto, quando o dr. José Manuel Constantino, presidente do Comité Olímpico de Portugal, me desafiou a publicar um livro sobre a minha experiência olímpica, achei a ideia irresistível. Concluída a missão, vejo-a como uma satisfação pessoal, sim, mas essencialmente como um legado que, sem pretensiosismos, desejo deixar às novas gerações. Tem, assim, uma componente essencial de sedução e de esperança, mas não deixa de evidenciar a minha mais amarga preocupação sobre o futuro do jornalismo em Portugal, país pobre e periférico, com um povo desencorajado de leituras e que a lei da sobrevivência mediática das audiências vai tornando perigosamente dissonante da natural evolução das sociedades dos países mais ricos”, tendo concluído que “espero, com este livro, conseguir dar, a cada um dos seus leitores, uma imagem próxima do mito e da mística dos Jogos. Da festa e da comunhão de raças, de credos, de culturas. E, acima de tudo, do milagre do seu acontecimento”.

O presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, deu “testemunho das características que fazem de Vítor Serpa um “homem das ideias” capaz de pensar o próprio desporto nacional”, adiantando que “Vítor Serpa é justamente o herdeiro de uma brilhante geração de pioneiros do jornalismo sobre o desporto. Entre esses pioneiros está o seu próprio pai, Homero Serpa.”

Salientou ainda que sendo um “Homem das ideias, ourives da palavra, engenheiro do pensamento, senhor do seu tempo, Vítor Serpa cultiva ao longo de muitos anos uma escrita limpa, acutilante, simples e ao mesmo tempo profunda, podendo ser justamente considerado como alguém, e não são muitos, que pensaram e pensam o desporto nacional. Em Olímpicos – Os Jogos dos Deuses e do Diabo, demonstra-o de forma exemplar, contando as histórias de quem acompanhou cinco edições dos Jogos Olímpicos. Uma leitura que ajuda a compreender uma parte da historiografia do movimento olímpico nacional”.

NR – Este modesto escriba, tem tido oportunidade de ler e acompanhar, em várias latitudes – incluindo no dirigismo dos jornalistas de desporto – a carreira deste Maior do jornalismo português e internacional, porquanto também estive em múltiplos campeonatos do Mundo e da Europa, ainda que no Atletismo (depois de ter sido atleta), tendo iniciado a minha carreira no jornalismo em 1970 (em Angola).

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