Francisco Cabral e Lucas Miedler celebraram lado a lado, pelo segundo dia consecutivo, depois de se apurarem para as meias-finais de pares do Millennium Estoril Open, onde procuram o segundo título em conjunto.
Segundos candidatos ao título, o português e o austríaco (respetivamente 54º e 56º classificados no ranking de pares) venceram os polacos Karol Drzewiecki e Piotr Matuszewski por 6-1, 3-6 e 10-4.
A vitória desta sexta-feira permitiu a Cabral e Miedler vingarem a derrota de há duas semanas na final do Oeiras Open 125, que poderia ter dado ao especialista português o terceiro título mais importante da carreira.
O portuense (28 anos) persegue esse troféu no Millennium Estoril Open, onde conhece a sensação de erguer a taça — venceu a edição de 2022 com Nuno Borges.
Nas meias-finais de sábado, jogadas no Estádio Millennium, Francisco Cabral e Lucas Miedler vão encontrar os checos Petr Nouza (72º) e Patrik Rikl (69º).
O outro encontro colocará frente a frente as outras duplas cabeças de série: Ariel Behar e Joran Vliegen são os primeiros, Jakob Schnaitter e Mark Wallner os terceiros.
Entretanto, aos 20 anos, Alex Michelsen (38º ATP) celebrou esta sexta-feira um novo marco na ainda jovem carreira ao atingir, no Millennium Estoril Open, a primeira meia-final da carreira em terra batida.
No duelo que encerrou a jornada de quartos de final, o número sete dos Estados Unidos da América bateu o italiano Luca Nardi (100º) por 6-3 e 6-4 em 82 minutos.
Com uma exibição imaculada, o três vezes finalista de provas ATP (a nível Challenger tem dois troféus em quatro decisões) mostrou as principais credenciais, o serviço e a esquerda, e apareceu igualmente a bater bem a direita, mesmo perante um adversário mais confortável no pó de tijolo, Michelsen dominou o embate do início ao fim.
Além da primeira semifinal na superfície, Alex Michelsen garantiu a presença na segunda meia-final da temporada de 2025 e o opositor será exatamente o mesmo do desaire de Delray Beach, em fevereiro: o sérvio Miormir Kecmanovic. O atual 47º do ranking, finalista no Estoril em 2023, prevaleceu nesse encontro com os parciais de 7-6(3) e 6-3.
Mas como as rosas também tem espinhos – como se diz por Portugal – um ano depois, Nuno Borges voltou a ser travado nos quartos de final e deixou o quadro de singulares do Millennium Estoril Open sem representantes portugueses.
O melhor tenista português da atualidade (41º ATP) cedeu pelos parciais de 6-0, 6-7(5) e 6-4 para o sérvio Miomir Kecmanovic (47º) num duelo em que ainda salvou três match points, mas no qual pagou caro por andar sempre atrás do marcador.
Finalista em 2023, Kecmanovic recuperou melhor dos três sets jogados no dia anterior — apesar da igualdade em parciais, esteve no campo menos 1h30 do que o português. Num palco de boas memórias, o sérvio venceu os primeiros sete jogos e ainda chegou a liderar por 5-2 na segunda partida, mas Borges não deitou a toalha ao chão e contou com o apoio do público para construir a recuperação.
Um dia após vencer o embate mais longo da história do torneio, o maiato não teve a mesma frescura e falhou em momentos cruciais, nomeadamente ao desperdiçar dois volleys e cometer uma dupla falta que lhe custaram a derradeira quebra de serviço do embate, minutos após ter recuperado do primeiro break de atraso no parcial decisivo.
Neste sábado, A. Pellegrino estará na outra meia-final de singulares, frente a A. Vikic.