Derrotando os respetivos adversários (Alverca e Famalicão), o FC Porto e o Benfica mantiveram-se nos lugares do pódio da Liga Betclic, enquanto se aguarda o encerramento da 15ª jornada com a partida entre o Vitória de Guimarães e o Sporting nesta terça-feira (20h45).
No Estádio da Luz, muito bem composto (57.894 espetadores) e iluminado, o Benfica, apesar de ter tido “tudo” na mão, acabou por vencer por um inexpressivo 1-0, de grande penalidade que, desta vez, não demorou muito tempo a decidir pelos responsáveis da arbitragem, o que marcou uma certa desinspiração da equipa de José Mourinho – sem ninguém para ser diferente de todos.
Do lado contrário, o Famalicão vendeu cara a derrota, tendo apresentado um futebol de apoio entre os vários sectores, mas que não deu resultado porque ninguém rematava para a baliza de Trubin.
Os representantes benfiquistas encontraram, desde o início e até o final do encontro, uma grande reserva de força mental, provinda dos jogadores famalicenses, concentrados em não deixar o Benfica mover-se com facilidade por todo o campo e junto dos apoiantes, situação que levou alguns jogadores de Mourinho a optarem, mais vezes do que se poderia esperar, por entrar em jogadas individuais, com fintas e mais fintas e passes laterais e para a retaguarda, que não ajudaram a manter uma maior pressão sobre a baliza de Carevic, que apenas foi batido na grande penalidade que deu o triunfo ao clube lisboeta.
Em conjunto com o esforço individual de cada um veio ao de cima a “velha” tática de queimar tempo, conquistar a mostragem de cartões ao adversário, como se viu nalguns casos em que os jogadores benfiquistas, nitidamente, davam a entender o que pretendiam com esse sistema.
O Benfica foi criando oportunidades, a espaços, que deram em 12 remates (seis dos quais para a baliza), ainda que apenas tenha sido marcado um golo, o que redundou em jogadas sem efeito final.
Quando o relógio marcava meia hora de jogo, a bola foi lançada para o centro da grande área do Famalicão, um jogador desta equipa e criou uma falta, ao “tocar num defesa que com ele saltou, com um toque negligente”, segundo as palavras do árbitro.
Quatro minutos passaram para conhecer a decisão e Pavlidis (34’) rematou pela certa para o fundo da baliza do Famalicão.
Que não se sentiu menos bem e voltou à “carga” para tentar mudar o rumo dos acontecimentos, jogando com virilidade, e indo ao choque para desarmar os adversários, ainda que sem a tal maldade que, por vezes, se nota facilmente, bem que alguns jogadores do Benfica forçassem as quedas, como que pedindo a marcação de faltas e, até, a mostragem de cartões, no que o árbitro André Narciso não alinhou muito, para haver maior verdade e menos tempo perdido.
Na segunda parte, pouco ou nada se modificou, com bola cá e lá e os guarda-redes a brilhar (Trubin a defender um remate forte aos 57’; Aursnes a aproveitar um deslize da defesa, mas para obrigar Carevid a defender, aos 65’) foram dois exemplos da luta pelo aumento da vantagem ou do empate.
A melhor jogada do desafio verificou-se (78’) quando a equipa do Benfica promoveu uma jogada de princípio a fim, com a bola a girar por cinco jogadores, levando o perigo até à grande área do Famalicão, com a bola a ser chutada para a baliza, mas a ser desviada para canto, de que nada resultou.
Foi mais um triunfo do Benfica, rasgadinho, numa partida viva e bem mexida, onde apenas faltou mais um ou outro golo.
No outro encontro desta segunda-feira, o FC Porto foi a Alverca passear a supremacia que manteve (pelo menos até se conhecer o resultado do Guimarães-Sporting desta noite), vencendo a equipa ribatejana por um 3-0 que diz da vantagem portista.
Borja abriu o marcador (29’) e fechou a conta (69’), enquanto Alan varela (57’) fez o segundo golo, realçando-se o bis do jogador portista.

