Sexta-feira 29 de Março de 2024

Benfica campeão escrito até … nas estrelas!

BenficaPublicoLIGA ZON/SAGRES – Benfica, 2 – Olhanense, 0

No final de contas o que conta é que o Benfica consagrou-se como Campeão de Portugal pela 33ª vez, deixando para trás das costas o que de menos positivo aconteceu ao longo de uma competição exigente e, para não variar, com alguns conflitos pelo meio.Como o final do campeonato a surgir cada vez mais perto, nem por isso a vantagem pontual que o Benfica angariou se podia considerar confortável, nem pelo lado da “pressão” nem pelo da “descompressão”, porquanto numa ou noutra situação o Benfica “sofreu” bastante. Mas a estrelinha dos campeões também andou por lá. Como é curial.

Tal como se verificou neste último jogo onde, apesar da maior pressão exercida sobre os algarvios, os homens da Luz entraram no jogo a “matar”, com relativa objectividade (como se compreende pelo nulo ao intervalo) apesar da superioridade na posse da bola, tendo encontrado um Olhanense “espadaúdo”, com força, mas com menor objectividade e posse de bola.

O Benfica entrou a tomar conta das operações, querendo “acabar” cedo com a decisão final do jogo a seu favor mas, passados os primeiros dez minutos, as coisas não deram certo porque não houve golos. E até podia ter sentido contrário, quando André Almeida perdeu a bola para Lucas Souza mas rematou ao lado, quando estava isolado frente a Oblak.

Gaitan na esquerda e Salvio na direita tentaram servir Rodrigo e Lima em condições que levasse ao golo, mas a táctica, aliada ao nervosismo e até um certo “amornar” psicológico das convicções, levou aos zero até ao intervalo, porquanto a pontaria não foi a melhor, aliando-se a um certo “egoísmo” em rematar em vez de passar a um colega em melhores condições de poder fazer golo.

Para a segunda parte, o Benfica regressou com Markovic no lugar de Salvio, que se lesionou no braço esquerdo, tendo sido engessado, um segundo azar depois de Silvio, mas ambos campeões.

E se o nervosismo pelo zero era grande, quiçá terá ficado ainda mais ”consistente” quando se começou a ouvir, na aparelhagem sonora do estádio, a voz do animador de serviço a “puxar” o público, em várias intervenções, para apoiar a equipa encarnada. Isto porque, no terreno de jogo, a força anímica do Benfica não vinha ao de cima, provavelmente porque Jorge Jesus (suspenso) também não estava no banco.

E fez efeito quase imediato. Se bem que, de forma involuntária, e por erros cometidos pelos visitantes em dois minutos apenas. O que, frise-se, em nada belisca o triunfo do Benfica no jogo e no campeonato.

Aos 57’, Lima abriu o activo ao surgir sozinho frente a Belec, depois do guardião algarvio ter defendido um forte remate de Gaitán (pela ala esquerda) para a frente da pequena área, sem que nenhum colega seu tivesse visto Lima ali plantado. Fez o que devia e o 1-0 já dava pata ter mais calma.

Mas, numa jogada conseguida dois minutos depois (59’), o mesmo Lima chegou ao 2-0, desta vez depois de Rui Duarte perder o domínio do esférico – que não despachou a bola quando o devia fazer no meio campo da sua equipa – permitiu a Lima o seu controlo, a corrida para a baliza e o remate por entre as pernas de Belec, aqui muito mal no “filme”. É preciso estar atento às oportunidades. E quem as consegue encontrar – como Lima o fez neste jogo – há que aproveitá-las.

Não se pode dizer, com isto, que o Olhanense foi um espectador atento mas que não passou pela Luz. Esteve e bem. Conseguiu dominar o Benfica na primeira parte, conseguindo parar ou não permitir grandes veleidades aos jogadores do Benfica, como se referiu, algo nervosos.

Tentou chegar à baliza de Oblak, mas fê-lo poucas vezes, com pouco perigo, quiçá mais preocupados – e porque o Benfica também não deixou que colocassem o pé em ramo verde – em defender.

Um dos poucos momentos de perigo aconteceu aos 10’, quando Lucas Souza, aproveitando um lapso de André Almeida, rematou forte mas a rasar o poste do lado contrário.

Por certo que os 63.982 espectadores que estiveram deram por bem empregue a presença no Estádio da Luz, onde viram o seu clube conquistar o título de campeão, número que aumentou exponencialmente em todos os pontos do país e do estrangeiro onde existem portugueses. Um título bem entregue.

Em relação a este jogo, Lima foi o herói benfiquista, bem acompanhado por Gaitán, Luisão, Rodrigo, Garay, André Gomes e André Almeida, enquanto no Olhanense se salientaram Belec, Ricardo Ferreira, Luís Filipe, Diakhité, Lucas Souza e Tozé.

Castro Xistra e seus pares (Luís Marcelino e Jorge Cruz), que vieram de Castelo Branco, quase passaram despercebidos, porque não houve nem criaram complicações de maior.

As equipas alinharam.

Benfica – Oblak; Maxi Pereira, Luisão, Garay e André Almeida; André Gomes, Enzo Perez e Gaitán (Djuricic, 75’); Salvio (Markovic, 45’), Lima e Rodrigo (Cardozo, 83’).

OLHANENSE – Belec; Luís Filipe, Ricardo Ferreira, Diakhité e Jander; Lucas Souza, Obodo e Rui Duarte (Tozé, 65’); Sampirisi (Bigazzi, 90+1’), Dionisi e Celestino (Femi, 74’).

Disciplina: Amarelo para Rui Duarte e Celestino (57’), Obodo (58’), Lima (60’), Sampirisi (65’), Djuricic (78’), Diakhité (82’) e Bigazzi (90+1’).

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