Segunda-feira 01 de Maio de 2733

Como é tão fácil marcar golos e … vencer!

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Carlos Palma / Celta Images

Mais seis golos – o que é excelente para um jogo apenas – vieram demonstrar que, afinal, é tão fácil marcar golos. E se a isso aliarmos o facto de a formação leonina ter ido à “oficina” para mudar de óleo, foi ouro sobre azul, conquistando a primeira vitória na prova.O carácter, a forma de jogar, o correr menos e o passar a bola mais vezes com a assertividade que tem faltado nalguns jogos (como em Guimarães) por certo que foram a base para o triunfo do Sporting e da melhor quarta-feira europeia para o futebol nacional, onde os três emblemas lusos presentes triunfaram, com o F. C. Porto a ser o único a estar já apurado para os oitavos-de-final.

Resta saber o que vai passar-se a seguir – mas não será para já – tendo presente a posição pública divulgada pelo presidente Bruno de Carvalho depois do jogo da cidade do fundador do país.

Fica, no entanto, a excelente exibição obtida frente aos alemães – que demoraram a perceber que podiam fazer melhor mas quando tentaram não conseguiram, porque foram apanhados em contrapé, quando Slimani levou o Sporting a “desforrar-se” dos 4-3 da primeira volta e do golo madrugador que marcou na sua própria baliza, ao fazer o quarto tento do desafio e da segurança quanto à vitória.

Com o meio campo a funcionar bem e tendo em Carlos Mané e Nani dois rápidos transportadores de bola para a baliza contrária, o Sporting esteve sempre mais perto do golo, com Slimani a não conseguir atingir a baliza num remate feito aos 7’ e ao endossar a bola a Cédric (15’) que rematou à figura do guardião alemão.

Dois minutos depois foi o “balde de água fria”. Num centro para a pequena área dos leões, Slimani elevou-se mais alto do que Choupo-Moting para afastar a bola, introduzindo-a na sua baliza. Um 0-1 que, psicologicamente, podia ter deitado a equipa toda por terra. Mas não foi assim.

Depois de os alemãs, “quentes” pelo golo de vantagem”, terem marcado dois cantos, sem resultados práticos, o Sporting começou a “encarreirar” e o empate surgiu (25’) com um belo golo obtido por Sarr, de cabeça, antecipando-se a toda a defesa germânica, desviando a bola vinda de Jefferson, na marcação de um livre, deixando (25’) o guardião belga pregado ao chão.

Criando maior empatia, foi ainda o Sporting que teve mais oportunidades de marcar, mas William, Slimani e Carlos Mané não deram o melhor caminho ao esférico.

E o intervalo chegou com um 2-1, resultado que podia ter sido mais dilatado.

Recomeçado o jogo, a dinâmica sportinguista apareceu ainda mais afinada, tanto que o dois 2-1 surgiu em poucos minutos (52’), com Jefferson a apanhar toda a gente de surpresa e rematar, a cerca de trinta metros da baliza, e a marcar um excelente golo, até parecendo que ninguém tinha percebido que fora golo. Até o próprio guarda-redes, que nem se mexeu, porque não esperava.

A perder, os alemães começaram a abrir um pouco mais o jogo, deixando a via defensiva na procura do golo – o que podia ter acontecido quando (65’) Rui Patrício roubou nitidamente a bola dos pés de Obasi e evitou o empate.

Em vantagem, o Sporting continuou a brindar os 35.472 espectadores presentes com uma boa exibição, com a bola a correr por quase todos e a demorar menos tempo do que é costume, que redundou no terceiro golo (72’), marcado por Nani, que se limitou a empurrar a bola para dentro de uma baliza que estava toda escancarada, depois de uma extraordinária jogada de Carrillo – que acabara de entrar em jogo há cinco minutos – e que pegou na bola na linha de meio campo, avançou até quase à linha final e centrou para o lado contrário onde estava Nani sem ninguém pela frente, marcando o golo com toda a naturalidade.

Mas o 3-1 ainda não era fiável de todo. Como se comprovou aos 80’, quando os alemães reduziram para 3-2, com um golo de Aogo, que ganhou a bola na grande área e chutou para a baliza à guarda de Patrício, que não teve hipóteses de fazer o que fosse para “desviá-la” do “selo” que levava.

Mas o Sporting estava calmo e, com serenidade, chegou ao 4-2 desejável no início do tempo extra (de 4 minutos), com Slimani, a toda a velocidade, a arrancar para a baliza com um defesa à ilharga mas a libertar-se a e rematar imparavelmente para o quarto golo sportinguista, depois de a bola se anichar na baliza à guarda de Fahrmann. A segunda teve mais quatro minutos de compensação.

Patrício, Jefferson, Slimani, William, Carlos Mané, Sarr e Nani foram os melhores no Sporting, enquanto nos alemães o destaque vai Fahrmann, Meyer, Aogo, Choupo-Moting, Fuchs, Huntelaar e Neustadter.

A equipa de arbitragem comanda pelo italiano Paolo Tagliavento (que começou com vontade de “estragar” jogo com quatro amarelos mostrados acabou por estar à altura do jogo e não tendo registado falhas por aí além. Nota positiva também para os assistentes Lorenzo Manganelli e Mauto Tonoli

O próximo jogo do Sporting é frente ao Maribor, em Alvalade (25 deste mês de Novembro), onde poderá ficar definido o apuramento para os leões para a fase seguinte (oitavos de final).

As equipas alinharam:

Sporting – Patrício; Cédric, Sarr, Paulo Oliveira e Jefferson; Adrien, William e João Mário (Rosell, – 82’); Nani (Capel, 89’), Slimani e Carlos Mané (Carrillo, 67’).

Schalke 04 – Fahrmann; Uchida, Howedes, Neustader e Fuchs (Kirchhoff, 77’); Choup-Moting, Hogher, Aogo e Obasi (Sidney Slam, 68’); Meyer (Boateng, 64’) e Huntelaar .

Disciplina: amarelos para Huntelaar (14’), Sarr (16’); Fuchs (19’), João Mário (40’) e William (78’)

Artur Madeira

 

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