Sábado 27 de Abril de 2024

Táctica de sofrimento para … ganhar!

SportingNacional_H0P4520É evidente que as escolhas e as tácticas empregadas pelos técnicos podem dar ou não dar certo. Mas quem não arrisca não … petisca, como se diz na gíria.

Mas também corre perigos se não o fizer. Por isso, o Sporting sofreu. E fez sofrer a massa associativa.

Da forma como os leões entraram no jogo, mais parecia que o tal ponto que faltava para garantir o terceiro lugar podia ser conseguido com o zero-zero. Só que os pontos também faziam falta ao Nacional para não descolar da luta por um lugar na Europa.

Daí, foram os visitantes que mais calafrios causaram ao Sporting, pondo Patrício à prova por três vezes (12, 15 e 28’), safando sofrer qualquer golo do jogo, o que, a confirmar-se, podia complicar a vida dos leões, que não atinavam ante um Nacional muito bem arrumado.

Sempre mais rápido com a bola, em especial no contra-ataque, Tiago Rodrigues obrigou, primeiro, Patrício a defender a soco e, depois, a desviar, instintivamente com a palma da mão e por cima da barra, uma bola que levava o selo de golo.

Jefferson (18’), num canto directo, também obrigou Gottardi a socar a bola para longe e Carlos Mané (35’) rematou contra a defesa dentro da área madeirense, no que foram os momentos mais perigosos que o Sporting criou.

Com Carrillo e Adrien de fora, Rosell e Capel não se entendiam e a produção leonina foi fraca, o que originou os tais calafrios e que obrigou Marco Silva a rectificar na reentrada para a segunda parte, colocando Carrillo e Adrien nos devidos lugares. O que foi a salvação.

Foi notória, de imediato, uma nova dinâmica de jogo, que acabou por dar frutos aos 56’, quando Montero, a passe de Carrillo e num toque subtil, introduziu a bola na baliza de Gottardi, que ainda tocou no esférico mas sem conseguir desviar a trajectória vitoriosa.

Golo que foi muito festejado pelos 31.169 espectadores, teoricamente nenhum do Nacional, porque a bancada à disposição das claques nem um espectador continha.

O Nacional sofre o “toque”, tentou reequilibrar-se a si próprio e ao jogo, mas encontrou um Sporting mais “desperto” e que não permitiu tantas veleidades, ao mesmo tempo que, até cerca dos 80’ de jogo, andou quase perdido animicamente por força da perda de algum “gás” devido ao desgaste (improdutivo) tido no primeiro tempo, também pelo golo sofrido e, ainda, porque os leões aumentaram a “agressividade” atacante.

A partir dos 61’, o Nacional ainda acreditou que seria capaz de se recompor, com a entrada de Soares (depois de Christian, que reforçou a equipa aos 45’), factos que levaram o perigo junto de Patrício, mas sem efeitos práticos, pese embora, em cima aos 88’, Marco Matias sofreu falta junto da linha da grande área do Sporting sem que tenha sido marcada, aproveitando os leões, por intermédio de Carlos Mané, contra-atacar e levar o perigo para a baliza de Gottardi, que defendeu de forma incompleta o remate de Mané e surgiu Montero (90+2’) a fazer o mais fácil, que foi empurrar a bola para a baliza deserta, fixando o resultado em 2-0.

Pelas estatísticas do jogo, o Sporting foi superior em tudo (61/39% na posse de bola; 9/6 em remates; 10/5 em cantos e por aí fora), com 80% deste resultado conseguido no segundo tempo, pelo que o triunfo sportinguista se aceita perfeitamente. Para haver mais verdade desportiva no que concerne ao jogo jogado, o 2-1 seria o mais correcto.

No Sporting, realce para Patrício, Jefferson, Carrillo, Adrien, Paulo Oliveira, Montero, Carlos Mané e Cédric, enquanto no Nacional a grande figura foi Gottardi, seguido de perto por Marco Matias, Tiago Rodrigues e João Aurélio e ainda de Marçal, Boubacar e Zainadine e Lucas.

Cosme Damião (Braga) somou uma boa mão cheia de erros sem prejuízo de maior, quer no campo técnico quer no disciplinar (por falta de mostragem de dois ou três cartões amarelos), embora tenha tido boa colaboração dos assistentes Inácio Pereira e Alfredo Braga.

As equipas alinharam:

Sporting – Patrício; Cédric, Paulo Oliveira, Ewerton e Jefferson; André Martins, Rosell (Adrien, 45’) e Capel (Carrillo, 45’); Mané, Montero e Tanaka (João Mário, 79’).

Nacional – Gottardi; João Aurélio, Zainadine, Freire e Marçal; Tiago Rodrigues (Soares, 61’), Boubacar (Camacho, 79’) e Campos (Christian, 45’); Luís Aurélio, Lucas e Marco Matias.

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