Quinta-feira 09 de Maio de 2024

Fabuloso Ederson ou o herói encantado

BenficaDortmund_H0P0939LIGA DOS CAMPEÕES – Benfica, 1 – Borussia Dortmund, 0

Se o Benfica saiu do Estádio da Luz com um triunfo, ainda que pela diferença minimia, sem dúvida que pode agradecer à magnifica exibição do guardião Ederson, que defendeu tudo o que havia por defender, apesar de outras falhas por ele cometidas noutras ocasiões, que podiam ter virado o resultado ao contrário.

Nas defesas feitas por Ederson até está uma grande penalidade (mal marcada por Aubameyang, que falhou nitidamente) e que o levou a ir de “castigo” para o banco dos suplentes poucos minutos depois, isto a seguir-se a uma excelente jogada que também podia dar golo.

Depois de uma entrada de rompante por parte de um Benfica, assente num 4x2x4, em marcar cedo para ganhar mais confiança, a verdade é que nada surtiu efeito.

Por duas vezes (2 e 4’), Salvio teve oportunidade de criar perigo na área dos alemães mas não teve a calma que se pedia para medir nem os passes nem os remates, todos bem longe da baliza. Isto nos primeiros três minutos por uma dupla arremetida de Aubameyang, que quase chegou ao golo.

Cerca de um quarto de hora de jogo, o Benfica começou a denotar falta de condição físicaBenficaDortmund_H0P1354 porquanto foi nítida a quebra após o primeiro quarto-de-hora de jogo. Daí ter valido a exibição de Ederson, se não podia chegar-se a um resultado final algo longe da positividade de um golo que o Benfica alcançou, o que quer dizer que o Benfica tem de jogar muito melhor na segunda-volta, na Alemanha, a oito de Março próximo.

Com tanta facilidade, o Borussia criou muito mais perigo – ainda por inércia grupal do Benfica, onde ninguém fazia a diferença que era preciso conseguir -

Dembélé (22’), num remate frontal à baliza mas que Ederson defendeu, obrigando ainda Ederson a safar a bola para meio campo, antecipando-se a um atacante alemão, domínio que os comandados de Rui Vitória não conseguiam desfeitear.

Aos 37’, novo golo à vista e para os alemães. Raphael Guerreiro cruza para Aubamaeyan que obrigou Ederson a desviar a bola.

Dois minutos depois, saindo da baliza até junto da linha da grande área (mas fora dela), Ederson acerta em Dembelé e o árbitro nada assinala o que, no mínimo, poderia ser um amarelo a virar para o vermelho e um livre perigoso bem junto à linha da grande área.

Em cima dos 45’ foi Raphael Guerreiro a criar perigo ao fazer um cruzamento para a pequena área, onde Ederson voltou a brilhar a grande altura.

Três minutos foram jogados para além dos primeiros 45, e nada de novo se passou, a não ser que o Borussia teve uma posse de bola de 62 contra 38% do Benfica, criou mais oportunidades de golo

O templo complementar iniciou-se com a saída de Carrillo (nada tinha feito) e entrada do jovem Filipe Augusto que deu outra movimentação no seio da formação benfiquista, chegando o primeiro golo do desafio e para o Benfica.

Na sequência da marcação de um pontapé de canto (48’) para a área alemã, Luisão saltou mais alto e cabeceou para baixo e para Mitroglou, que estava só, apanhou a bola e mergulhou-a no fundo da rede à guarda de Burki, isto porque um defesa alemão se encontrava dentro da baliza, o que obstou à marcação de fora-de-jogo.

Os alemães retomaram a toada inicial e foram à procura do empate, no mínimo, tendo Aubameyang, com a baliza toda aberta, falhado um golo de forma incrível, ao mandar a bola por cima da trave (52’).

E três minutos depois, o mesmo jogador, fazendo jogada com Reus rematou forte para obrigar Ederson a desviar a bola para canto depois de um voo bem largo.

No minuto seguinte, Fejsa, no chão, vê a bola bater-lhe no braço, dentro da área, levando o árbitro italiano Nicola Rizzoli a assinalar a grande penalidade.

Chamado à concretização, Aubameyang atirou à figura de Ederson, muito concentrado e que nem se mexeu.

Aos 56’, Piszczek também obrigou Ederson a uma grande defesa, depois de um remate forte, enquanto Dembélé (65’) passou a Schmelzer para atirar a rasar o poste.

Luisão voltou a estar em foco ao desarmar no momento próprio Schurrie, numa altura em que foi anunciado que estavam no Estádio da Luz 55.124 espectadores, o que foi excelente.

Nos últimos minutos, Ederson, por duas vezes, voltou a ser o “abono de família” para o Benfica – visto por 55.124 espectadores – continuando o Borussia a tentar dar a volta ao resultado, sem o conseguir.

Um triunfo que, pela diferença mínima, não dá muitas garantias para o jogo da segunda mão, mas que até pode funcionar.

No Benfica, Ederson foi o esteio principal da vantagem obtida por Mitroglou, com Luisão também em grande estilo, seguindo-se Lindelolf, Pizzi, Fejsa e Salvio.

No Borussia, Piszczek, Burki, Durm, Raphael Guerreiro, Dembélé, Reus e Aubameyang e Schmelzer foram os melhores.

A equipa de arbitragem chefiada por Nicola Rizzoli (assistentes Elenito Di Liberatore e Riccardo Di Fiore) esteve à altura do jogo, com nota positiva, num jogo em que nada de especial aconteceu.

Constituição das equipas:

Benfica – Ederson; Nélson Semedo, Luisão, Lindelof e Eliseu; Sálvio, Pizzi, Fejsa e Carrillo (Filipe Augusto, 45’); Rafa Silva (Cervi, 66’) e Mitroglou (Raul Jimenez, 74’).

Borussia – Burki; Piszczek, Papastathopoulos, Bartra, Schmelzer e Durm; Dembélé, Weigl e Raphael Guerreiro (Gonzalo Castro, 81’); Reus (Pulisic, 81’) e Aubameyang (Schurrle, 62’).

Disciplina: Amarelo para Fejsa (62’), Schmelzer (74’), Pulisic (81’) e Bartra (90’)

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