Quarta-feira 24 de Abril de 2024

E o Sporting sagrou-se campeão em noite histórica, como que fosse a primeira vez, mas … com outros “violinos”

Paulo Alfar / CN

Paulo Alfar / CN

Bastou um golo – a sorte não esteve nem com Nuno Santos nem com Nuno Mendes, que remataram ao poste – para que o Sporting tornasse a sagrar-se Campeão de Portugal, para o caso a duas jornadas do fim da competição.

Com uma entrada “à leão” – afinal como aconteceu na maior parte dos jogos, que valeram vitórias atrás de vitórias – a formação de Ruben Amorim tentou resolver a partida o mais depressa possível, evitando o stresse de última hora, o que começou a acontecer quando (36’) Paulinho conseguiu meter a bola na baliza dos boavisteiros, no seguimento de uma jogada iniciada por João Mário, que endossou a Nuno Santos para cruzar, rasteiro, para Paulinho rematar forte e chegar ao 1-0.

Antes, Nuno Santos (5’) e Nuno Mendes (24’) remataram ao poste, dando o sinal evidente de que tinham “pressa” em marcar mas, como diz o ditado “pressa e bem não há quem”, pelo que o zero-zero continuava a “atormentar” a mente.

Depois do golo, nem por isso a equipa deixou de ter a bola na sua posse (58% no total do jogo), com 16 remates – muitos para tão pouco rendimento de golos – com o Boavista a tentar contrariar os leões, o que foi conseguindo, com 42% de posse de bola mas apenas com 4 remates, pese embora alguns perigosos, tanto que numa ou duas vezes podia ter marcado, o que, por certo, poderia ter alterado a marcha do triunfo final para a conquista do campeonato.

Com mais uma vitória, a 25ª, que se junta aos sete empates que colocam o Porto a oito pontos, a formação sportinguista mantém-se vincadamente líder ainda sem perder qualquer jogo.

Um título que o Sporting mereceu, com mérito, por vezes com demérito para outros, mas porque vai somar mais pontos do que os que se seguirão na classificação.

Paulo Alfar / CN

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A festa entrou pela madrugada, como não podia deixar de ser e, por norma, com mais alguns exageros por parte dos adeptos, porquanto continuam a não saberem comportar-se, contrariando o que a Liga queria fazer, porquanto o magote de pessoas se manteve desde cedo e foi crescendo pela noite, restando saber o que poderá acontecer face à pandemia ainda vigente.

Outro senão, juridicamente falando, não se percebe como é que o troféu foi entregue antes da competição terminar, sabendo-se que há lugar a impugnação após o campeonato terminar, de acordo com os regulamentos. E ainda faltam duas jornadas e muita coisa pode acontecer.

A não ser que a Liga já saiba que não haverá problemas, pese embora exista uma boa mão cheia de processos que ainda não estão fechados.

Na Madeira, o Benfica – que ainda acredita poder chegar ao segundo lugar – foi buscar mais três pontos (continua a quatro do F. C. do Porto) depois de derrotar (3-1) o Nacional, um triunfo que teve uma ajuda preciosa de Pedrão (defesa dos madeirenses) que, depois de abrir o activo (8’) para a sua equipa, fazendo o 1-0, fez um autogolo (78’), levando o Benfica ao empate.

Para vencer, os encarnados contaram com dois golos de Gonçalo Ramos (80 e 86’), em que fizeram 12 remates contra 10 dos visitados, numa posse de bola de 65/35% para os benfiquistas.

Em Tondela, o Belenenses SAD foi também buscar três pontos, vencendo pelo mesmo registo (3-1), com os tondelenses a abrir o marcador (3’) por Mário Gonzalez, mas com os homens de Lisboa a responderem da melhor forma e a obter três golos no espaço de quarenta minutos, respectivamente por Cassierra (20 e 59’) e Miguel Cardoso (39’).

Paulo Alfar / CN

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Com maior pendor na posse de bola (63/37%) e até nos remates (18-7), o Tondela não teve nem arte nem manha para chegarem ao triunfo.

O Santa Clara também se equiparou ao Sporting em termos de resultado (1-0), que derivou dos 15 remates feitos (7 do Rio Ave), avenses que tiveram maior posse de bola (56/44%) mas que não conseguiram contornar as dificuldades.

Carlos Júnior (52’) marcou o golo do triunfo dos açorianos.

A 32ª jornada da Liga NOS termina esta quarta-feira com o encontro Guimarães-Famalicão (20h15).

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