Sábado 04 de Maio de 2024

Nani sobre “brasas” mas … resolveu o jogo

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Liga – Sporting, 3 – Penafiel, 2

Com dois golos em três minutos e contra o último classificado, não erraremos muito se dissermos que todos os 25.495 espectadores que estiveram no Avalade XXI pensaram várias coisas deste tipo: está no papo, vai ser como “limpar o rabo a meninos” (sem qualquer cariz depreciativo para a formação combatente, como se viu, do Penafiel), mais um menos um isto vai ser uma “cabazada”.

Mas, mais uma vez, a própria equipa sportinguista encarregou-se de “tirar do sério” os seus adeptos e quase ia provocando um “terramoto”, bem patente até aos três minutos finais complementares, não fosse Rui Patrício, desta vez, safar o remate de Bruninho aos 90+2’.

William abriu o activo aos 5’, quando aproveitou um ressalto de bola, no seguimento de um pontapé de canto, para rematar pela certa e sem defesa para Coelho.

Em maré “cheia” – e com a defesa penafidelense ainda “atarantada” – o Sporting continuou a pressionar e três minutos depois chegou ao 2-0, com Slimani a marcar, dando seguimento a um passe milimétrico de Jefferson para os pés do egípcio que apenas empurrou a bola para dentro da baliza, porque colocado a pouco mais de trinta centímetros da linha de golo.

Mas o “sofrimento” comum do Sporting a jogar em casa voltou ao de cima e, passados apenas dois minutos, o jovem Tobias cometeu um erro de palmatória, rasteirando Guedes que, entretanto se tinha isolado a caminho da baliza de Patrício, a “passe” de Slimani, pelo que foi expulso de imediato dado que era uma jogada com perigo eminente de golo. Bem o árbitro Bruno Esteves.

Embora reduzido a dez elementos, acreditava-se que isso não faria mossa, mesmo quando, na marcação do livre directo provocado por Tobias, Braga, com um remate muito forte, rasteiro e com direcção, reduziu para 2-1, aproveitando outra falha, esta da barreira, que saltou toda ao mesmo tempo e deixou Patrício sem qualquer hipótese de defender.

A partir dos 10 minutos e apenas com 10 jogadores, o Sporting não foi capaz de aguentar a estratégia de pressão produzida pelo Penafiel, não arriscando também muito para chegar à frente, tentando manter a vantagem de um golo. Os visitantes passaram a ser mais afoitos, com a bola a correr e não os jogadores – como aconteceu no Sporting e com Nani na linha da frente a tomar “conta” da bola, detendo a bola mais tempo mas sem proveito algum – o que foi prejudicial para os leões, aliado ao facto de, especialmente, Nani se fazer mais à falta e ao cartão do que jogar em conjunto. Daí também a apresentação, pelo árbitro, de dez cartões amarelos (um exagero), quatro deles transformados em vermelhos, com o Penafiel a terminar com nove.

E o segundo golo do Penafiel não escandalizou. Aproveitou a superioridade numérica para forçar mais no ataque, com maior celeridade do que o Sporting, tendo surgido o empate, de novo, com um defesa sportinguista a estar envolvido na jogada.

Pela esquerda, Quiñones fez uma autêntica ”cavalgada” até à linha final, tentou centrar para a área mas a bola foi desviada por Paulo Oliveira directamente para os pés de Vitor Bruno que, de fora da grande área, sem ninguém pela frente, rematou forte, rasteiro, com a bola a quase lamber o poste mas ora do alcance de Patrício. O empate ai estava, a quatro minutos do final da primeira parte.

No tempo, o Sporting parecia disposto a resolver depressa o resultado a seu favor, com Nani, na marcação de um livre, a rematar mas para as mãos do guardião Coelho, tendo o Penafiel criado perigo aos 68’, com a bola a ser afastada para canto, do qual nada resultou.

Marco Silva fez entrar (60’) Carrillo para o lugar de Carlos Mané e dez minutos depois o Sporting resolveu o jogo, cum um golo de Nani a, centro largo de Carrillo, cabecear para o fundo da baliza, numa jogada em tudo se conjugou para dar golo.

E o Sporting teve uma oportunidade flagrante (82’) de poder marcar e descansar – conseguiu apanhar a defesa do Penafiel em contra pé e colocar quatro avançados na linha da frente, que foram lentos a mexer-se e quando Jefferson rematou estava lá Coelho para negar o golo.

Mas três minutos para jogar em tempo complementar e o Penafiel esteve á beira de empatar, não fosse São Patrício salvar.

É verdade que a expulsão de Tobias teve grande influência na manobra do Sporting, mas esperava-se que o Sporting apresentasse uma estratégia para não “sofrer” tanto. Valeu o rasgo de Carrillo e o facto de Nani estar na posição ideal. O que nem sempre acontece (u). Mas o triunfo sportinguista, apesar de não ter jogado bem, aceita-se sem problemas.

No Sporting, realce para Jefferson, William, João Mário, Tobias, Slimani, Nani e Carrillo na meia hora em que jogou, enquanto no Penafiel se destacaram o guardião Coelho, Pedro Ribeiro, Guedes, Braga, Rafa, Romeu Ribeiro, Tiago Valente e Vitro Bruno.

Bruno Esteves (Setúbal) pecou muito na exagerada mostragem de cartões, alguns não justificados, se bem que no aspecto técnico não teve problemas de maior, tendo boa presença dos assistentes Rui Teixeira e Valter Pereira.

As equipas alinharam:

Sporting – Patrício; Cédric, Paulo Oliveira, Tobias e Jefferson; João Mário, William e Adrien (Ewerton, 45’); Carlos Mané (Carrillo, 60’), Slimani e Nani (Rosell, 84’).

Penafiel – Coelho; Dani, Tiago Valente, Pedro Ribeiro e Nelson Lenho (Vitor Bruno, 20’); Rafa, Romeu Ribeiro (João Martins, 37’) e André Fontes; Braga (Bruninho, 77’), Guedes e Quiñones.

Disciplina: Amarelos para Guedes (14’), Romeu Ribeiro (22’), Carlos Mané (23’), Dani (35’ e 83’, viu vermelho), Tiago Valente (46’), Bruninho (79’), Pedro Ribeiro (55’ e 89’, também viu vermelho) e William (81’). Tobias Figueiredo teve vermelho directo (10’).

 

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